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Resenha Entre o sagrado e o profano: o lugar social do Professor

Por:   •  19/9/2017  •  1.363 Palavras (6 Páginas)  •  887 Visualizações

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sagrado e o que é profano, aquilo que é próprio aos homens e aquilo que é além dos homens. Eles podem criar representações coletivas ou individuais a cerca de um determinado assunto fixado historicamente no ambiente em que habita, ou de algum assunto que surgiu na atualidade. A religião e parte importante no processo do imaginário social, dos conhecimentos fixados na humanidade e o modo como esse foi produzido. Desse modo o “sagrado” e o “profano” são categorias de origem religiosas impostas a nossa inteligência, e fixadas nas representações coletivas de um povo, marcam as ciências e tudo que foi construído e continua construindo no imaginário social. Nessa concepção o sagrado é tudo aquilo que é incomum, e o profano é tudo aquilo que é comum, igual. E no meio desses dois mundos está a limiar, o lugar paradoxal que consegue uma comunicação com o sagrado e o profano, onde parece o lugar que o professor passou a ocupar na atualidade.

Capitulo III

Entre o Sagrado e o Profano

O autor comenta que este capítulo foi dividido em três subtítulos para melhor compreensão dos leitores, o primeiro expõe a história do magistério como profissão sagrada, segundo concepção de o sagrado ser algo diferente, incomum, como ele era visto no imaginário social da época. Ele era visto com uma posição de destaque, como um profissional que tinha a grande missão de educar as pessoas, que realizava a “grande obra da educação”. Esse profissional ganhou um dia do ano em sua homenagem, o dia do mestre. Casar-se com uma professora era algo de aspirações supremas para os homens. A imagem do professor era relacionada sempre com “dom”, “missão nobre”, “sacrifício”, “vocação”, era comparados a anjos, deuses, por ser uma imagem muito divina, algo quase intocável.

O segundo subtítulo vem com uma pergunta: “sagrado ou profano?”. Conta que a partir da década de setenta, o magistério começou a cair na escala social. O professor começou a ter uma imagem limiar, onde não era mais atividade sagrada, agora existiam também pessoas que falavam ser uma atividade profana. Então o professor começou a ter sua imagem modificada no imaginário social, onde reinvindicações por melhores salários e melhores condições de trabalhos, circulam a imagem antes sagrada, vista como sacrifício e missão nobre, ele passa a ser visto como o humano mortal que precisa ser alimentar, vestir e morar. Muito longe da imagem divina, pois ele agora passa a não aceitar ser reconhecido desse modo.

O magistério e o profano é o terceiro e último subtítulo desse capítulo. O conteúdo abordado nele é a profissão docente sendo representada, definitivamente, como atividade profana. O magistério perde sua posição de prestígio, seu status de destaque na sociedade. Ele agora é o capaz de trabalhar só por idealismo, onde a busca por melhores salários e condições de trabalho melhores ofuscaram a imagem de santo, de sagrado, passando a ser visto como uma profissão desvalorizada, esta pelos próprios profissionais, os professores.

Capítulo IV

A Profanação do Magistério

Ele comenta nesse capítulo que as primeiras “pistas” de desvalorização da profissão docente se constituiu entre a oposição de dois períodos de transição, o passado onde o professor era prestigiado, era valorizado, e o presente onde a profissão é desvalorizada socialmente, não tem o status social de tempos atrás. Por ter essa oposição passado/presente, o magistério passa a ser desvalorizado pelo modo como os professores era vistos no imaginário social para o modo como a sociedade está vendo na atualidade. O docente passa a ser motivo de “chacotas” em programas de televisão e rádio, símbolos e bordões criados por esses programas, começam a fazer parte da rotina do imaginário social. A incansável luta por melhores salários faz com que a sociedade crie uma imagem de “pobre profissão” ou por morar “embaixo da ponte”. O professor é o sujeito da sua própria profanação, essa que está nas mídias, nas literaturas, nos depoimentos de alunos e até nos adesivos de automóveis.

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