Os Desafios de uma escola moderna e inclusiva para jovens e adultos
Por: Ednelso245 • 21/12/2018 • 1.311 Palavras (6 Páginas) • 475 Visualizações
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A sua aplicação na cidade de Nova Andradina e o encantamento de professores, sobre os resultados positivos que apresentaram ao longo do programa, nos fazem refletir sobre as políticas públicas e sua real eficácia, pelos relatos foi um programa que na cidade de Nova Andradina realmente fez a diferença, para os alunos que pelo programa passaram. Porém, segundo os idealizadores do Projovem em Nova Andradina, o programa não existe mais desde o ano de 2016.
Para que possamos refletir sobre essa perspectiva, resta-nos dessa forma os questionamentos: O que nós estamos buscando? Realmente uma educação de qualidade? Se tínhamos um programa que produzia resultados positivos em um nível de educação tão complicado, porque o programa foi cortado?
Visualizando todos os lados da construção, podemos pensar que talvez a solução seja desistir do processo, já que sentimos a falta de seriedade nas transições políticas, programas ruins tendo grandes investimentos e programas que apresentaram resultados não tendo investimento nenhum. Será? Diante das dificuldades e desafios da educação de jovens e adultos, diante da falta de sensibilidade dos órgãos públicos, certamente seria o mais fácil.
Porém, enquanto educadores que somos, enquanto serem humanos que somos, não podemos virar as constas para um assunto tão delicado e simplesmente ignorar, por mais dificuldade que encontramos, por mais complicado sejam os entrelaces políticos, que estão longe de realmente atender os anseios da população.
Como lembra Freire: “Não se pode falar em educação sem amor”
Sendo assim, nos cabe pontuar as situações sejam elas positivas ou negativas e a partir desse levantamento, tentar construir um novo conceito de EJA, baseado sim na andragogia e principalmente, dosando um pouco do empirismo.
Levando em conta todo esse processo de busca, vejo que esse nosso público de EJA ou PROEJA, necessita de uma educação acolhedora, que busque realmente suprir a sua necessidade de cidadão, inserido em uma comunidade.
Seja esse mesmo sujeito, um aluno que depende de series iniciais ou esteja procurando o ensino profissional, precisamos trabalhar de forma a inclui-lo na sociedade, mostrando de forma lúdica a importância da cultura e da política, que ele possa se sentir parte da instituição de ensino, assim como parte da sociedade e da comunidade em que vive.
Ao se tornar parte da instituição, temos que entender a sua realidade e tentar inclui-lo no processo, seja na forma de aconselhamento, seja simplesmente mostrando que ele é importante para instituição. Para que isso se torne possível, precisamos pensar “fora da caixa”, os professores, precisam gostar dessa metodologia, os envolvidos precisam se sentir parte importante do processo e principalmente temos que sempre buscar ideias novas, para tornar cada dia interessante, para que eles possam querer voltar, todos os dias.
Depois desse longo processo, acho que chegamos à conclusão de que não existe uma receita ou um padrão único, precisamos partir do contexto local e dos anseios de cada turma e trabalhar de forma única e diferente a cada novo encontro.
Referências
APOSTÓLICO, Cimara. Andragogia: um olhar para o aluno adulto. Augusto Guzzo Revista Acadêmica.n.9. jul/dez.2012. Disponível em . Acesso em: 17 jan. 2015.
FREIRE, Paulo. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003
STRELHOW, Thyeles Borcarte. Breve história sobre a Educação de Jovens Adultos no Brasil.revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.38, p. 49-59, jun.2010.
VENTURA, F. C.; CAVALCANTE, I. F. A inclusão dos estudantes do proeja: a percepção de professores e alunos do campus natal zona norte. Holos, v.2, p. 130- 147, 2012
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