MEMORIAL DE KELLY CRISTINA COELHO LIMA, ME APRESENTADANDO E CONHECENDO O CURSO MULTIMEIOS DIDÁTICOS

...

Ao ficar sabendo sobre a inscrição do curso Profuncionário no ano passado fui logo pesquisar o que era esse curso e me inscrevi na expectativa de mais conhecimento e troca de experiência. Notei que é um curso que vem aprimorar habilidades não trabalhadas no nosso ambiente de trabalho e cada curso ofertado é muito importante para a melhoria do trabalho realizado por cada funcionário dentro da instituição.

As atividades propostas em cada disciplina são riquíssimas e não tive dificuldade para executá-las, pois na nossa turma nos dividimos em grupos e as dificuldades apresentadas eram logo sanadas. A linguagem está bem adequada ao público que se destina que é a educação à distância, apesar de que para muitos a palavra AVA soou um tanto estranha e as demais ferramentas virtuais também, mas para mim, a educação a distância já faz parte do meu dia a dia, por já ter feito inúmeros cursos à distância e somente senti um pouco de dificuldade em conseguir profissionais para responder as entrevistas, pois muitos alegavam não terem tempo disponível para isso.

Entrevistando duas funcionárias que atuam na educação há mais de 20 anos fiquei encantada com os profissionais escolhidos, Maria das Graças Antunes, recém aposentada como auxiliar de serviços da educação básica, atuando basicamente na cozinha, que teve formação de magistério nível médio e Neide Maria Coelho, habilitada em magistério nível médio, mas que atuou de forma leiga nos primeiros anos de trabalho na educação e que durante sua carreira aprimorou seus conhecimentos cursando a faculdade de Pedagogia e pós graduando em psicopedagogia e hoje também é recém aposentada como professora alfabetizadora da rede municipal de Belo Horizonte. Ambas relataram que tiveram as melhores experiências de formação profissional dentro de uma unidade escolar, mesmo no início de suas carreiras com toda dificuldade e falta de experiência, conseguiram aprofundar seus conhecimentos e se tornarem excelentes profissionais com apoio da equipe escolar e diversos cursos na área de atuação. Segundo a professora alfabetizadora que trabalhou em sua carreira, inicialmente com o antigo Mobral, alfabetizando adultos, de forma leiga, mas se apaixonou mesmo por alfabetizar crianças, ajudá-las a vencer as dificuldades e que acima de tudo a maior responsável pela escolha de atuar na alfabetização de crianças se deve a sua professora do primeiro ano primário, que segundo ela foi o seu espelho, o conteúdo que mais gostava de aprender sem dúvida era o português, adorava ler histórias, saber como escrever corretamente.

Já a auxiliar de serviços básicos, estudou e concluiu o magistério de segundo grau e depois iniciou sua trajetória de trabalho na escola como professora, mas com o passar do tempo notou que não tinha afinidade com esse tipo de trabalho e começou a atuar na cantina da escola e após concurso público o gosto pelo trabalho foi se tornando ainda maior. Segundo ela sua experiência de formação profissional foi acontecendo através da própria curiosidade, através da troca de informações com as outras colegas de trabalho e tudo foi ficando mais fácil porque amava o que fazia. Ela também fez o curso Profuncionário em Alimentação Escolar antes de se aposentar, o que contribuiu mais ainda para que seu trabalho se tornasse melhor.

Após a entrevista com os funcionários de mais de 20 anos de trabalho fui entrevistar três profissionais da educação: um professor, um pedagogo e um funcionário com a seguinte pergunta: “quando você lê a expressão profissionais da educação, em que tipo de trabalhadores você pensa?”

O primeiro profissional entrevistado foi a professora Wilma, que segundo ela, profissionais da educação são todos os profissionais que exercem suas funções na escola, desde o porteiro até o diretor. O segundo profissional entrevistado foi a pedagoga Kelly Fernandes e segundo ela, profissionais da educação são todos os profissionais que trabalham na educação, na realidade, a aprendizagem, principal função social da escola na perspectiva da formação cidadã envolve a aquisição de um conjunto de informações, habilidades e valores, todos socialmente relevantes. A democratização das escolas, junto com as mudanças ocorridas no processo educativo ao longo das últimas décadas acarretou uma mudança organizacional na forma de gestão da escola, onde a gestão administrativa e pedagógica das escolas não se concretiza apenas na figura do diretor e sua equipe, mas em colaboração de todos os envolvidos no processo educativo, ou seja, docentes e não docentes. Nesse patamar todos os funcionários da escola passam a ser considerados também educadores. Nesse sentido entende-se que todo e qualquer funcionário de qualquer escola passa a ter uma função formativa diante do trabalho desempenhado dentro da escola. A terceira entrevistada foi a auxiliar de educação básica Beatriz que definiu profissional da educação como sendo apenas o professor. No meu ponto de vista o profissional da educação entrevistado, de acordo com seu nível de escolaridade, tem maior entendimento sobre as mudanças ocorridas nos últimos tempos e sobre a responsabilidade de todos os profissionais de educação dentro da sua função em uma instituição escolar e vejo que ainda se tem a falta de conhecimento por alguns, de que todos os profissionais existentes em uma instituição educacional são funcionários da educação, todos tem função educativa e formativa da educação de todos os alunos presentes na instituição, desde o porteiro até o diretor. Ensinando a se comportar, como entrar e sair de um ambiente, como se alimentar corretamente, como solicitar um documento ou um material específico e muito mais, em cada ação há aprendizagem e cada ator envolvido é responsável por isso.

Eu me senti muito valorizada, feliz e realizada em ter me tornado uma aluna do curso Técnico em Multimeios didáticos e tenho a certeza que mesmo sendo um curso a distância, com alguns encontros presenciais, terei dificuldade para manter tempo disponível para dedicar-me ao curso, mas sei