Jogos e Recreação - Reaprender a brincar
Por: Rodrigo.Claudino • 7/10/2018 • 1.551 Palavras (7 Páginas) • 286 Visualizações
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Esse projeto justifica-se por trazer uma melhor compreensão sobre a importancia das brincadeiras na infância para uma melhor qualidade de vida, e a necessidade urgente do "Reaprender a brincar", do reestimular os reforçadores positivos intrínsecos que muitas vezes são silenciados pelos movimentos contrários à ele no convívio desta criança no meio onde vive.
OBJETIVOS
Geral
Melhorar a relação das crianças de comunidades carentes e violentas com as brincadeiras, reaprendendo a brincar, ressocializando e melhorando a qualidade de vida.
Específicos
1) Definir a brincadeira como fonte de reeducação e ressocialização na primeira infância de crianças de comunidades carentes;
2) Estimular os jogos como meio de reeducação para a vida em sociedade e para melhorar a qualidade de vida.
METODOLOGIA
De acordo com Piaget “quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua intenção com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui” (PIAGET, 1971, p. 97).
A partir deste pensamento, Piaget coloca o meio assimilado pela criança como ponto de partida para definição de suas brincadeiras, o que é feito à sua maneira. Em meio saudável, a criança possui um mundo de encantamentos que pode se dissociado da realidade de acordo com a função atribuida. Em meio turbulento, a brincadeira pode tornar-se um monólogo tímido, ou recriação dos atos presenciados.
O contar histórias a uma criança traz o retorno desse mundo imaginário para sua realidade infantil. Instala mil possibilidades de brincadeiras a partir de um estímulo saudável.
Muitas brincadeiras podem ser pensadas a partir deste primeiro estímulo; reaprender o pega-pega, jogo da velha, as cirandas e todas as brincadeiras de contato físico que ressocializa e cria vínculos amigáveis. Círculos de conversa são utilizados como meio de aliviar as tensões trazidas para o ambiente escolar.
Em contraponto às brincadeiras, os jogos chegam para criar regras de convívio, o reeducar para viver em sociedade. O fazer fila é um jogo que estimula a paciência e o repeito melhorando as relações extenas e tranzendo bem estar. O abraço como contato físico necessário, faz parte de uma metologia que cria vínculos entre o professor e seus alunos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é realizada através da observação do cotidiano escolar da criança. O resultado do estímulo dado deverá ser a diminuição da violência durante as brincadeiras, a melhora do ato de compartilhar sem medo de perder e a brincadeira sem buscar a auto-defesa. A percepção de que o meio violento que influência as brincadeiras, está diminuindo seu espaço de poder dentro do universo infantil.
REFERENCIAL TEÓRICO
Ao refletimos sobre o mundo infantil, devemos respeitar esse processo no desenvolvimento infantil.
Para Vygotsky (2005), o imaginário é o mundo em que a criança se caracteriza, onde seus desejos irrealizáveis podem se tornar possíveis através da brincadeira. A imaginação seria um processo psicológico novo para a criança em desenvolvimento, representando uma forma humana de atividade consciente.
Lopes (2005), fala que a criança, independente de sua época e civilização, sempre brincou. Trata-se de uma forma de sentir prazer em fazer.
Shudo (2002), explica que o lúdico direcionado as crianças, proporciona o desenvolvimento de suas habilidades contribuindo no processo de aprendizagem.
Podemos perceber, diante dos estudos de Kishimoto (2011), que o lúdico engloba a proposta de jogos, brinquedos e brincadeiras, tendo em vista a grande responsabilidade do educador para alcançar a aprendizagem do educando, fazendo-se a integração dos conteúdos curriculares propostos com o lúdico, mas sem negar que todos têm o direito de aprender e aprender com prazer. Já é comprovado que os resultados são positivos, como é conferido nos trabalhos de grandes estudiosos como Bomtempo (2011), Lopes (2005), Piaget (1989), Vygotsky(1998), Shudo(2002) e outros autores que abordam a temática da ludicidade e o desenvolvimento da aprendizagem.
Knappe (1997), diz que numa atividade lúdica, existe a finalidade que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido à ação. As atividades lúdicas promovem ou restabelecem o bem estar psicológico da criança.
Dra. Yvonne Bezerra de Mello, criou o método Uerê que transforma o aprendizado em uma condição orgânica do ser humano e identifica bases neurofisiológicas do aprendizado. O método torna como urgente a identificação precisa do problema da criança para, só então, conseguir desenvolver estratégias que tornem possível solucioná-lo. Uma criança não consegue aprender por Bloqueios cognitivos;Má alfabetização;Traumas constantes;Estado de saúde (visão, etc.);Condições emocionais;Contexto social e familiar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando a criança está brincando, ela está aprendendo, combina diferentes ações motoras entre si, divertindo-se em repetir várias vezes os mesmos esquemas, além de exercitar a aprendizagem motora, social e cultural.
Os jogos contribuem no desenvolvimento e aprendizagem e no o relacionamento da cultura da criança, para que a mesma tenha prazer em apreender conhecimentos ligados a sua realidade. Espera-se que a escola facilite a aprendizagem, utilizando-se de atividades lúdicas que propiciem um ambiente, dentro dos padrões do universo infantil, para favorecer o processo de aquisição da autonomia e de aprendizagem
Estudar as relações entre as atividades lúdicas e a aprendizagem, é uma tarefa complexa, pois envolve também entender os
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