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Gestão escolar

Por:   •  17/9/2017  •  2.773 Palavras (12 Páginas)  •  593 Visualizações

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5 REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 A importância da inclusão digital no ambiente escolar

O caminho da inclusão digital é longo, não podemos negar, desafios são normais e imprescindíveis para sermos motivados e para que, a cada ultrapassagem de obstáculos consigamos ser, de fato, a diferença em um processo inclusivo.

Para apresentarmos a conceitualização de inclusão digital, a dimensão da proposta de inclusão, citamos as palavras de Teixeira onde ressalta que:

[...] Assim, propõe-se o alargamento do conceito de inclusão digital para uma dimensão reticular, caracterizando-o como um processo horizontal que deve acontecer a partir do interior dos grupos com vista ao desenvolvimento de cultura de rede, numa perspectiva que considere processos de interação, de construção de identidade, de ampliação da cultura e de valorização da diversidade, para a partir de umapostura de criação de conteúdos próprios e de exercício da cidadania, possibilitar a quebra do ciclo de produção, consumo e dependência tecnocultural. (TEIXEIRA, 2010, p. 39).

Através deste entendimento, percebe-se a dimensão acerca da apropriação dos recursos tecnológicos, seja no âmbito escolar ou mesmo no cotidiano do aluno. É necessário saber que incluir digitalmente é disponibilizar a tecnologia e fazer dela um instrumento de ensino e até mesmo de possibilidade de inclusão social. Com isso podemos dizer que além de englobar uma questão sociopolítica cultural, o acesso à internet possibilita extrapolar os muros da escola em busca de conhecimento, que se caracteriza pela preocupação em organizar ações buscando a melhoria do ensino aprendizagem.

Almeida (2000: 79), estudioso do assunto, refere-se ao computador como “uma máquina que possibilita testar ideias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e interação entre as pessoas.” Sendo, por conseguinte, um equipamento que assume cada vez mais diversas funções. Como ferramenta de trabalho, contribui de forma significativa para uma elevação da produtividade, diminuição de custos e uma otimização da qualidade dos produtos e serviços. Já como ferramenta de entretenimento as suas possibilidades são quase infinitas.

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5.2 Desafios do professor com a inclusão digital

Está ocorrendo um processo de transformações no mundo, que torna indispensável a introdução do computador nas escolas. Esse uso da tecnologia exige, mais que nunca, um professor preparado, dinâmico e investigativo, pois as perguntas e situações que surgem na classe fogem do controle preestabelecido do currículo. Essa é a parte mais difícil quando se implanta tecnologia da informação no processo ensino-aprendizagem.

Se os professores esperarem passivamente a iniciativa dos poderes públicos, podem ficar cada vez mais distantes do mundo que os rodeia e dos anseios e necessidades deles próprios e dos discentes. Ainda que se tenha um excelente projeto de utilização de computador na educação seu sucesso depende da formação dos recursos humanos, principalmente dos educadores.

Isso nos aponta para a formação de um novo educador deste século que deve saber orientar os educandos sobre onde colher, como tratar e como utilizar informação obtida. Como diz GADOTTI: O professor “deixará de ser um lecionador para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem (...) um mediador do conhecimento, um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador”. (2002, p.32).

Isso quer dizer que o professor deve procurar ser isso, ainda que em sua escola não haja recursos tecnológicos. Esse educador será o encaminhador da autoformação e o conselheiro da aprendizagem dos alunos.

SILVA (2001) assegura que a tecnologia propõe mudanças, mas é a sociedade que vai fazer uso dessas tecnologias, logo, não se deve ter uma expectativa muito elevada quanto à mudança porque a velocidade da mudança social é mais lenta que a mudança tecnológica. A mudança social não acontece aleatoriamente, é fruto de uma construção. Pela sua função e polo seu papel na educação, o professoré fundamental nessa construção, tanto para avaliação dessas mudanças, de forma a adotá-las ou rejeitá-las, como para poder ver o mundo com mais clareza.

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5.3 Mudanças que devem ocorrer no processo ensino aprendizagem através da tecnologia

Segundo VALENTE (1993, 06) a chegada das tecnologias no ambiente escolar provoca uma mudança de paradigmas, a informática educativa nos oferece uma vastidão de recursos que, se bem aproveitados, nos dão suporte para o desenvolvimento de diversas atividades com os alunos. Todavia a escola contemporânea continua muito arraigada ao padrão jesuítico, no qual o professor fala o aluno escuta, o professor manda, o aluno obedece. A chegada da era digital coloca a figura do professor como um “mediador” de processos que são, estes sim, capitaneados pelo próprio sujeito aprendiz.

A democratização do acesso a esses produtos tecnológicos é talvez o maior desafio para esta sociedade demandando esforços e mudanças nas esferas econômica e educacional. Para que todos possam ter informações e utilizar-se de modo confortável as novas tecnologias, é preciso um grande esforço político, como as tecnologias estão permanentemente em mudança, a aprendizagem contínua é consequência natural do momento social e tecnológico em que vivemos, a ponto de podermos chamar nossa sociedade de sociedade da aprendizagem.

Queremos frisar, contudo, como argumenta Kenski (1998), que o fato de vivermos a era digital e enfrentarmos os desafios constantes, oriundos das novas tecnologias no cotidiano de nossas vidas, não significa que queiramos professores adeptos incondicionais – ou deoposição radical – ao ambiente eletrônico. Ao contrário, significa nos apropriarmos de conhecimentos tecnológicos que permitam dominar a máquina, criticamente, conhecê-la para saber de suas vantagens e desvantagens, riscos e possibilidades, para poder transformá-la em ferramenta útil, em alguns momentos, e dispensá-la em outros.

105.4 Mecanismos para tornar a inclusão digital mais ativa no ambiente escolar

Diversos são os tipos de aplicativos que o professor pode escolher, dependendo dos objetivos da disciplina, conteúdo, características dos educandos e proposta pedagógica da escola. Cortelazzo

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