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Por:   •  17/4/2018  •  5.377 Palavras (22 Páginas)  •  281 Visualizações

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Portanto, a confrontação teórico-prática se estruturou da seguinte forma:

Capitulo I – Leitura e escrita: uma construção humana – aborda o histórico da leitura e da escrita;

Capitulo II – Pesquisa-A defasagem da leitura e escrita no contexto escolar – relata a pesquisa de campo aplicada em duas escolas da rede estadual da cidade de Goianira - Go, com alunos de 3ª e 4ª série do Ensino Fundamental;

Capitulo III – Discussão fundamentada sobre os resultados da pesquisa – análise da defasagem da leitura e escrita do alunado de 3ª e 4ª série do Ensino Fundamental e a possível solução para sanar esse problema que deu origem à pesquisa.

Com objetivos de Encontrar as prováveis causas da defasagem do processo da leitura e escrita nas escolas, conduzindo o sujeito através da leitura e da escrita á autonomia, e emancipação e possibilitar ao aluno uma condição de cidadão ativo no contexto social em que está inserido.

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Revisão Bibliográfica

LEITURA E ESCRITA NO CONTEXTO ESCOLAR

O homem é um ser eminentemente social e sua história evolutiva é permeada pelo seu desenvolvendo biopsicossocial. Já nos primórdios de sua existência sua tendência aflitiva associada às suas complexas necessidades em confeccionar e utilizar instrumentos de trabalhos promoveu a aquisição da linguagem e permitiram a ele desenvolver uma atividade consciente que o diferenciou desde então das demais espécies animais (LURIA, 1979).

A partir da aquisição da consciência, numa relação histórico-dialética, o homem buscou meios para se comunicar através da linguagem oral e escrita, ou seja, quanto mais encontrava formas de se expressar oral e graficamente, mais desenvolvia sua consciência, também chamada por Vygotsky (2000), de “funções psicológicas superiores”.

A escrita adquirida pela humanidade (alfabética ou não) desenvolveu-se através da capacidade semântica, que foi evoluindo com o passar do tempo. De objetos com valores simbólicos, desenhos representando fatos da natureza até a escrita alfabética, o trajeto foi muito longo.

Historicamente, parece que o primeiro uso da escrita surgiu de se controlar quantidades (rebanho ou colheita). Isso era feito através de impressões em argila ou talhos em cajados (SILVA, 1994, p.14).

Para superar as limitações próprias da intercomunicação oral (a fala se desenvolve no tempo e desaparece) e a necessidade de tornar a comunicação duradoura no tempo e no espaço foram os fatores, dentre vários, que levaram à invenção dos sistemas de escrita. Entretanto, o mais importante desses fatores foi à leitura. Ela deve ter dado origem à escrita e impulsionado o seu desenvolvimento. A necessidade de explicar a mensagem contida nos desenhos gerou o primeiro ato de leitura (SILVA, 1994, p. 14).

Todavia, a escrita surgiu quando os povos deixaram de ser nômades, as tribos já possuíam uma larga tradição oral transmissora do conhecimento vivenciado, do modo empírico de viver. As impressões de imagens nas cavernas já não davam conta de expressar e transmitir as novas formas de viver do homem agrário e estavam em processo de esquecimento. A escrita, então, veio salvar o registro da memória e cada povo passou a se utilizar sinais gráficos e a adotá-los como medida da memória e do conhecimento do homem.

A oralidade deixou de ser importante para uma série de histórias, e depois para uma série de procedimentos das ciências. Esta última, no seu rigor de fundamentação, adquiriu ainda o preconceito contra a oralidade, esteja esta ao nível da linguagem em que estiver inserida no discurso humano.

A língua fundamentou-se na oralidade, e a comunicação humana ganhou novas áreas com a escrita: registros, leis, contratos; tudo isso se multiplicou vertiginosamente, principalmente depois que Gutenberg (1399-1498) inventou a Imprensa. Esta multiplicação criou sistemáticas de registro que antes só era possível devido ao trabalho dos monges copistas, que em sendo monges e abades copiavam a temática teológica, em seus mais diversos ramos.

No Ocidente, assim como no Oriente, a linguagem encontrou formas de se preservar, e quando os copistas deram lugar à imprensa, o conhecimento se espalhou pelas universidades, e o homem desenvolveu estratégias para que o mesmo não se perdesse.

Quando o conhecimento passou a ser transmitido formalmente nas escolas, por intermédio das aulas, a oralidade continuou sendo útil, mas agora contava com armazenamento de informações, dados, cômputos, lições, conhecimentos.

A leitura é uma construção humana em que o indivíduo intera-se do mundo globalizado e conquista sua emancipação, e “o ato de ler é extremamente complexo e envolve problemas não só semânticos, culturais, ideológicos (...) É uma atividade de assimilação de conhecimento, de interiorização e reflexão” (CAGLIARI, 1995, p. 149).

Entretanto, para Cagliari (1995), a leitura é uma manifestação lingüística que o indivíduo realiza para recuperar um pensamento formulado por outro e exposto em forma de escrita, podendo ser ouvida, vista ou falada. E assim ocorrerá a leitura oral, realizada não somente por quem lê, mas também, por outras pessoas, que “lêem” o texto apenas ouvindo-o, além da leitura silenciosa.

O sujeito ao ler, tem a possibilidade de ser permeado pela leitura, numa interação entre ele e o texto, assim sendo, proporcionando-lhe uma fonte de informação que o conduzirá a uma determinada realidade.

Conforme Smith (1989), a leitura não representa uma atividade abstrata, sem finalidade, que não pode ser separada do leitor e de suas conseqüências sobre ele. Com isso não deve ser desvinculada da escrita e do pensamento.

A leitura tem que ir além de experiência agradável, interessante e informativa. Ela possui conseqüências que podem ser típicas de qualquer experiência que o indivíduo possa ter.

As conseqüências gerais das experiências de leitura são o aumento da memória e do conhecimento específico, além de gerar emoções, se não só o texto, mas o contexto permitir.

A leitura pode tornar-se uma atividade desejada ou indesejada, dependendo da forma que é conduzida. E assim podem existir leitores atuantes ou não, mesmo quando são capazes de ler

Segundo Martins (1994), a leitura

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