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Educação e diversidade na pedagoga

Por:   •  19/9/2018  •  1.941 Palavras (8 Páginas)  •  300 Visualizações

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fazendo uma atividade com um grupo de crianças de 5 a 10 anos, usando bexigas para o desenvolvimento desta. Começamos a encher os balões e uma das brincadeiras consistia em estourá-los. Um garoto do grupo começou a chorar com medo do barulho que se fazia ao estourar as bexigas; as demais crianças começaram então a fazer chacotas e rir do menino, dizendo que “homem não chora”. A primeira atitude que tomamos foi acalmá-lo e explicar que não havia problema chorar, porém que não era necessário, e mostrar a ele que poderia superar seu medo. Logo após sentamos as crianças do grupo em uma roda e conversamos sobre o ocorrido, sobre os medos de cada um, e enfatizamos que homens podem sim chorar, e mostrar seus medos.

Concluindo, em situações semelhantes devemos procurar uma solução pratica e eficiente,levando as próprias crianças a refletirem sobre isso.

Gênero e sua influência no desempenho escolar dos alunos

As relações entre os gêneros e também as desigualdades entre eles são muito discutidos, principalmente sobre as relações sociais.

Na escola essa diferença reflete no desempenho dos estudantes dentro e fora da sala de aula, por exemplo, quando o desempenho das meninas é melhor que o dos meninos. Esses conceitos comuns em nosso cotidiano expressam estereótipos sobre masculinidade e feminilidade, que por sinal são heranças culturais transmitidas pela sociedade, o que acaba por inconscientemente fazer os professores tratarem alunos e alunas de formas diferentes.

É papel dos professores romperem essas barreiras, pois a escola é o lugar onde jovens personalidades estão começando a se formar, correm o risco de serem adultos difusores de preconceitos. Ao falar dessas diferenças entre os sexos, não significa que os meninos estejam em vantagem, pelo contrário, eles também são discriminados; a começar pelas series iniciais, quando letra bonita e caderno caprichado são sinônimos de bom aluno, ou na opinião de vários professores, boa aluna. Essas características são muito comuns às meninas e os pequenos acabam rotulados como desorganizados. E essa convicção segue até os últimos anos escolares, quando se tem a desculpa de que, esse desleixo seria sua presença no mercado de trabalho, já que as maiorias desses meninos com desinteresse escolar são de camadas populares e então, largariam o estudo para ajudar a economia familiar.

Dados comprovaram que esse não seria o motivo para evasão escolar, pois os mesmos apontam que, meninas participam das tarefas domesticas em suas próprias casas e ainda sim, são a maioria estudante nas escolas.Sendo assim,a explicação que encontramos seria que -novamente citando os pensamentos da sociedade – essas intolerâncias são praticadas por todos nós sem que percebamos; por exemplo, quando um garoto que vai bem na escola e é elogiado pela professora, é chamado de “mulherzinha” e zombado pelos colegas, e para afirmar sua masculinidade acaba por recorrer ao mau comportamento e desempenho escolar,e nos silenciamos diante da situação, estamos incentivando esse tipo de discriminação.

Entretanto, vale lembrar que nesse “ir bem ou mal na escola” entra a questão racial, pois em pesquisar constatou-se que metade das crianças que estavam o reforço são de renda mais baixa, e classificados como negros ou pardos.Crianças avaliadas como “bons alunos” em sua grande maioria são brancos e em evidencia as meninas, pois estariam ligadas a um certo perfil de feminilidade; daquelas que tem cadernos impecáveis, são organizadas, estudiosas, sossegadas e submissas.

Em contrapartida, a pesquisa feita por Molly Warrington e Michel Younger (2000), mostra que exatamente por essas características, professores (as) preferem ensinar os garotos, pois são mais originais, estimulantes e com opinião própria. E como já indicado, por este fato, para eles é complexo ser “másculo” e ao mesmo tempo bom aluno, acabando por desenvolver o que chamamos de “masculinidade de protesto”, que consiste, maiormente em quebrar regras, para tal construção.

Portanto, é necessário não somente, mas a escola onde se constrói diversas feminilidades e masculinidades, que os educadores e educadoras frente a essas relações, tentem acabar com estereótipos, para alcançarmos uma educação justa, e uma sociedade igualitária.

ANEXO 3 e 4

ANEXO 5 e 6

ANEXO 7

Estereótipos de gêneros presentes do cotidiano da escola

Pelas diferenças de sexo, acreditamos que isto afeta o desempenho do aluno: meninas são caprichosas e meninos são desleixados. Embora essa não seja a verdade absoluta é assim que se costuma enxergar as crianças em sala de aula.

Traçamos um perfil masculino como desinteressado, bagunceiro e relaxado e o tratamento que os meninos levam são a altura dessa convicção; por exemplo nas divisões de tarefas que são realizadas em sala de aula: somente meninas ajudam a professora a apagar a lousa, a vigiar a sala enquanto estão sozinhos, a buscarem algo na direção, a serem representantes de sala; enquanto os meninos nada mais fazem do que

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