Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD

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Na visão de Antônio Flávio um currículo flexível é importante pois responde às demandas emergentes da sociedade, mas também responde a interesses que surjam do próprio estudante. Acrescenta ainda que no fundo de toda teoria de currículo encontra-se uma questão de identidade, pois o aluno passa um período razoável de sua vida na escola. A escola planeja para esse aluno todo um ambiente, no qual ele viverá relações com os seus colegas, com os seus professores; no qual ele ouvirá, muitas vezes, como deve proceder: o que é certo e o que é errado. Desta forma, todos esses aspectos, presentes no processo curricular, afetam este aluno, fazendo com que ele se transforme num dado homem ou numa dada mulher; o que faz com que constantemente haja uma reflexão sobre: que identidades estão formando na escola e que identidade se deseja formar na atual sociedade.

Sobre propostas curriculares para elaboração de currículos, ele defende uma questão: de quem são os conhecimentos usualmente escolhidos? A quem eles beneficiam, e a quem eles prejudicam? E acredita que a partir daí se tem um norteador para as decisões que o professor venha a tomar em sua sala de aula em relação aos conhecimentos. O professor deve selecionar conhecimentos relevante que contribuam para o desenvolvimento pessoal do aluno, o capacitando para ampliar seus horizontes e ir além dos limites impostos, se tornando um indivíduos reflexivo, atuante e critico dentro da sociedade.

As características de um currículo que contribua de fato para uma escola de qualidade, necessária no momento atual, para Antônio é um currículo flexível que esteja aberto para atender a mudanças ou na sociedade, ou na escola, ou na própria sala de aula; um currículo que proporcione ao aluno uma compreensão mais precisa do mundo em que vive, como já visto acima.

Por fim, Antônio Flávio Moreira diz que o papel do professor é fundamental neste cenário. Ele precisa estar permanentemente refletindo sobre o currículo, sobre os conhecimentos que ele está selecionando, sobre como organizar esses conhecimentos, sobre como melhor trabalhar com esses conhecimentos na sala de aula, que experiências deve organizar, como deve desenvolver o processo de avaliação. Ele é alguém que reflete, que concebe, e que decide. E acrescenta que a sociedade atual é plural e essa pluralidade se manifesta a cada dia no noticiário, nos conflitos que se estabelecem e etc. Ela está presente na sala de aula, portanto, é importante que todos os que trabalham na escola, todos os que ajudam a construção do currículo reflitam que resposta dar na escola a essa diversidade e que a escola lhes deem subsídios para que possam contribuir para tentar desestabilizar um pouco essas relações de poder, que têm sido responsáveis por tantas injustiças, e por tanta dor para tantas pessoas.

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Na dinâmica curricular, o papel do professor é interferir como mediador na aquisição, assimilação e construção de conhecimentos por parte do aluno.

O professor não pode enxergar o aluno como indivíduo sem conhecimentos, ele deve considerar suas experiências anteriores e entendê-lo como sujeito construtor de sua história e seus próprios conhecimentos. Ele deve buscar compreender o aluno de forma integral identificando suas necessidades de desenvolvimento no nível intelectual, físico, emocional, social e principalmente, cultural; conhecendo a realidade do aluno, da sua família e da comunidade em que a escola e estes estudantes estão inseridos.

O professor deve acolher as diferenças, reconhecendo que cada estudante é único, aprende de uma forma diferente e vive em um contexto individual.

A partir de todas estas características o professor deverá organizar o currículo e assim, ser um facilitador do conhecimento, provocando o aluno a aprender a partir de seus próprios questionamentos.