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A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

Por:   •  26/10/2018  •  2.584 Palavras (11 Páginas)  •  409 Visualizações

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Artística, de Literatura e História do Brasil (BORGES, 2010).

O conhecimento histórico vai além de medidas de tempo, o importante é que a criança compreenda mudanças e permanências existentes em diferentes sociedades humanas, construindo a narrativa ou explicação histórica, pois ao realizar esta narrativa a criança estará recuperando uma realidade (CABRINI, 1994).

Em relação às atividades de leitura, a escolha dos textos se dava pela necessidade de o educando entrar em contato com textos-modelo, reveladores do emprego adequado da linguagem, na arte de bem falar e, depois, do bem escrever. Além disso, o objetivo primeiro das atividades de leitura era exercitar a oratória e a interpretação é entendida como única, dada pelo mestre (hoje, certamente, substituída, em grande parte, pelas respostas, colocadas pelo autor dos livros didáticos, no Manual do Professor).

Esta concepção, linguagem como instrumento de comunicação, é constituída pelas ideias estruturalistas, as quais defendem ser a linguagem constituída por um sistema de códigos, conjunto de signos que se combinam conforme regras que permitem a transmissão de mensagens. Segundo Travaglia (2005), esses códigos devem ser dominados pelos falantes para que a comunicação aconteça.

Para essa concepção, a língua é um sistema articulado, ou seja, “estabelecemos comunicação porque conhecemos as regras da gramática de uma determinada língua” (COSTA, 2008, p. 115). Porém, deixamos claro que essas regras não são as instituídas pelos gramáticos, mas sim as internalizadas pelos falantes, manifestadas na fase de aquisição da linguagem, adquiridas por meio do contato social.

Os interlocutores e a situação de uso como determinante das unidades e regras que constituem a língua, não são considerados (TRAVAGLIA, 2005). Por esse motivo, nesta concepção, o indivíduo foi afastado do “processo de produção, do que é social e histórico da língua” (TRAVAGLIA, 2005, p. 22).

Neste sentido, a língua só tem existência na interlocução e no interior do seu funcionamento, o que é possível observar por meio da análise dos gêneros discursivos. O ensino por meio dos gêneros possibilita desmascarar as relações de poder existentes nos mais variados textos. O aluno passa a perceber que ler ou produzir um texto não é mais uma atividade mecânica, mas sim um diálogo entre os interlocutores.

Marcos Silva e Selva Fonseca (2007) defendem que a construção de uma proposta curricular temática e multiculturamente orientada, de uma perspectiva crítica e transformadora, depende muito mais que uma reforma nos textos das diretrizes curriculares. Depende, entre outros fatores de políticas de formação e profissionalização docente. E exige dos professores sensibilidade, postura crítica e reflexão sobre nossas ações, sobre o cotidiano escolar, sobre as relações sociais e culturais que experiências no século XXI.

A atual política curricular atribui ao ensino o papel de formar um novo cidadão, capaz de compreender a história do país e do mundo como resultante de múltiplas memórias originárias da diversidade de experiências humanas em oposição ao entendimento, até então dominante, de uma memória unívoca das elites ou de um passado homogêneo. Assim os PCNs demonstram sensibilidade em relação à diversidade das culturas, argumentando a favor de rupturas com uma história autocentrada no nacional, na Europa e na cultura branca. Assim, a alteridade e o respeito às diferenças constituem pilares centrais da formação das identidades das novas gerações e das finalidades do ensino (SIMAM, 2005).

2.1 Situações de Aprendizagem Interdisciplinares

Objetivo geral:

 Reconhecer a diversidade de grupos indígenas da América Latina.

 Promover atividades teóricas e práticas concernentes ao dia escolhido para homenagear o Índio.

Objetivos específicos:

 Conhecer os tipos de brincadeiras indígenas.

 Comparar o próprio modo de vida com o de crianças indígenas.

 Desenvolver o raciocínio-lógico, a expressão oral e a corporal, a coordenação motora, a percepção auditiva e visual da criança;

 Estimular a imaginação e a criatividade;

 Diferenciar a cultura indígena das demais culturas;

 Estimular a comemoração do "Dia do Índio" de forma significativa.

Conteúdos:

 Povos da América Latina.

 Diversidade cultural.

Percurso metodológico: Um pouco de história

19 de abril – Dia do índio - O Dia do Índio é comemorado em 19 de abril no Brasil para lembrar a data histórica de 1940, quando se deu o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O evento quase fracassou nos dias de abertura, mas teve sucesso no dia 19, assim que as lideranças indígenas deixaram a desconfiança e o medo de lado e apareceram para discutir seus direitos, em um encontro marcante.

Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem alguma. "O indígena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas vezes, aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém índio se permanecer daquele modo. É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós, ’brancos’".

Cultura Indígena - O esforço das autoridades para manter a diversidade cultural entre os Índios pode evitar o desaparecimento de muita coisa interessante. Um quarto de todas as drogas prescritas pela medicina ocidental vem das plantas das florestas, e três quartos foram colhidos a partir de informações de povos indígenas. Na área da educação, a língua tucana, apesar do pequeno número de palavras, é comparada por linguistas como a língua grega, por sua riqueza estrutural - possui, por exemplo, doze formas diferentes de conjugar o verbo no passado.

Ritos e Mitos - No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. Tais ritos se ligam à gestação e ao nascimento, à

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