Relação da Viagem ao País dos Tapuias

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Bastante interessante também é a relação estabelecida entre Roloux Baro e os tapuias. A partir da leitura do documento fica claro que Baro é visto pelos indígenas apenas como um elo de ligação entre holandeses e tapuias, diferentemente da relação que eles possuíam com o antigo interprete Jacob Rabbi . Aparentemente a relação com este último era de maior proximidade.

O domínio que os holandeses tinham em relação àquela região também é uma questão que pode ser percebida através desta crônica de Roulox Baro.

Percebemos também o processo de aculturação, principalmente por Baro quando alimentos e a própria alimentação que o mesmo consome.

A visão acerca dos hábitos dos indígenas é algo que podemos nos atentar. Neste quesito podemos observar as relações entre os povos indígenas, rituais funerários, “batismo indígena”, hábitos alimentares que incluíam peixes, mel silvestre e ratos por exemplo. A “consulta ao demônio” e “corrida das arvores”.

Apesar de serem intitulados como índios bárbaros, eles não ganham no relato de Baro a alcunha de selvagens. Todo o ódio que os tapuias supostamente tinham em relação aos portugueses, não se tornam tão aparentes no texto.

Expansão holandesa, domínio do trono português no Brasil, relações entre indígenas e europeus, e o processo de aculturação são alguns dos temas com que este documento vem a dialogar, e podemos formular propostas de pesquisa associada a esses itens.

Enfim, devido a todos os detalhes apresentados esta obra inegavelmente possui um grande e riquíssimo valor histórico, pois nos apresenta um panorama da relação de conflito entre portugueses e holandeses e o papel que os povos indígenas desempenharam neste cenário. Além disso, nos apresenta diversos elementos da cultura do povo local, o que nos possibilita um maior conhecimento sobre este período de nossa história.