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O Egito Antigo

Por:   •  3/4/2018  •  3.355 Palavras (14 Páginas)  •  494 Visualizações

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Depois da expulsão dos hicsos, o Egito teve o seu período de maior grandeza militar. Tutmés III, o verdadeiro fundador do Novo Império e soberano conquistador, invadiu a Ásia e chegou até o rio Eufrates, onde viviam dois grandes povos assírios e os caldeus. Foi ele o primeiro soberano egípcio a reconhecer a importância do mar para manter as conquistas e, por isso, construiu poderosa frota que protegia a consta asiática do Mediterrâneo.

Com o faraó Amenófis IV houve grandes reformas no Egito: os estrangeiros foram tratados em condições de igualdade com os egípcios e puderam ocupar altos cargos; respeitavam-se as leis e os costumes dos vencidos. Estabeleceu ainda a crença num só deus ou o monoteísmo, mas o seu sucessor, Tutancâmom, restabeleceu a politeísmo, que é a religião de muitos deuses.

Outro faraó notável foi Ramsés II, além de grande conquistador, lutou contra os hititas na batalha de Kadesh construiu monumentos, palácios, templos (Karnak e Luxor) e canais.

Depois de Ramsés II começou a decadência do Egito, invadido pelos etíopes e, em seguida, pelos assírios. Mas o faraó Psamético I expulsou estes últimos invasões e, estabelecendo a capital em Saís, inaugurou o período saíta.

O filho de Psamético I, o faraó Necao, procurou desenvolver o comércio e ordenou aos fenícios fizessem uma viagem em torno da África, partindo pelo Mar Vermelho e regressando pelo Mediterrâneo.

No reinado de Psamético III o rei dos persas, Cambises, conquistou o Egito, na batalha de Pelusa (525 a.C.). Mais tarde. Alexandre, rei da Macedônia (país ao norte da Grécia), após vencer os persas, submeteu o vale do Nilo ao seu domínio. Esse soberano fundou, nas margens do rio, Alexandria, ainda importante cidade do Egito.

Depois da morte de Alexandre, o Egito recuperou sua independência mas, durante o reinado da rainha Cleópatra, foi conquistado pelos romanos. Durante a Idade Média, fez parte do Império Romano do Oriente, seguindo-se a invasão dos árabes e dos turcos. Atualmente é país soberano depois de haver sido durante muito tempo, protetorado da Inglaterra.

Civilização dos egípcios:

Nenhum povo do antigo Oriente deixou tantos monumentos como os egípcios. Para as grandes construções tiveram que transportar pesados blocos de pedra, de várias toneladas, procedentes das montanhas da Líbia ou das que ficavam na costa do mar Vermelho (Cadeia Arábica). Sem os recursos técnicos do nosso tempo, deviam os egípcios despender esforço imenso para leva-los até o vale do Nilo.

Os egípcios, com o propósito de despistar ladrões e profanadores, construíram no interior das pirâmides complicados corredores que nem sempre conduziam à câmara mortuária onde eram depositados, com a múmia do faraó, riquíssimos tesouros. Esses corredores terminavam muitas vezes em beco sem saída ou eram interrompidos por enormes pedras. Ainda assim quase todos os túmulos haviam sido saqueados.

Junto as três grandes pirâmides, de Quéops, Quéfrem e Miquerinos, ergue-se a esfinge, colossal monumento de granito, de vinte metros de altura, com corpo de leão e cabeça humana. Quando foram retiradas as camadas e areia, que já cobriam grande parte do monumento, encontraram entre as duas patas uma porta e por meio desta descoberta a escada que conduz a uma sala situada na cabeça da esfinge.

Também na arquitetura religiosa os egípcios construíram obras monumentais. O templo egípcio possuía além do santuário, onde ficava a estátua da divindade, uma grande sala, chamada hipostílica, isto é ornamentada de colunas, e destinada às festividades religiosas. Os árabes, seguidores da religião de Maomé (Islamismo), depois que ocuparam o vale do Nilo, na Idade Média, adotaram o estilo egípcio das salas hipostílicas na construção dos seus templos ou mesquitas.

Outro tipo de arquitetura religiosa dos egípcios é o obelisco, monumento monolítico, isso é de uma só pedra. Os obeliscos tinham a forma de gigantescas agulhas, chegavam a atingir a altura de 40 metros, e simbolizavam a materialização do raio solar.

Das ciências cultivadas no antigo Egito distinguiram-se a matemática, a astronomia e a medicina. Admite-se ter sido o Egito o país onde surgiu a geometria, indispensável ao cálculo das enchentes e da extensão das terras inundadas. Na medicina, favorecidos pela prática de embalsamar os mortos, alcançaram notável progresso conheciam numerosas doenças e possuíam médicos especialistas.

As pinturas murais e as estatuas, que se conservam até nosso tempo, revelam o tipo de vestuário e habitação do antigo Egito. As crianças andavam despidas; a gente pobre, servos e camponeses, contentavam-se com uma simples tanga, amarrada à cintura. A mulher, quando pertencia à classe inferior, trazia um vestido simples colado ao corpo, sustentado por duas alças, que passavam pelos ombros.

Nas classes nobres eram comuns as jóias e as cabeleiras postiças. As mulheres usavam cremes para o rosto, pintavam as unhas, os lábios e os olhos. Com o enriquecimento do Egito o uso das jóias atingiu as classes populares e o brinco tornou-se ornamento até mesmo dos homens, que furavam as orelhas.

Os egípcios distinguiram-se na indústria dos tecidos, dos metais preciosos e do vidro. Do papiro, planta do vale do Nilo, faziam além do papel, cordas, esteira e até sandálias.

Em cada cidade havia embalsamadores profissionais. Seu trabalho consistia em transformar o cadáver em múmia, pois acreditavam os egípcios que a alma voltava buscar o corpo, o qual por isso, devia ser conservado.

Religião:

Politeísta: vários deuses.

Antropomórfica: deuses com forma humana.

Antropozoomórfica: deuses com formas humanas e animais.

Livro dos Mortos: com ensinamentos morais e religiosos.

Praticava-se também, a zoolatria, ou seja, a adoração de animais como o cão, o gato, o crocodilo, o touro sagrado Apis, etc. acreditavam na ressurreição.

Monoteísmo: O Faraó Amenófis IV implantou, no seu governo um culto monoteísta ao deus Aton e mudou o seu nome para Akhenaton (aquele que serve a Aton 18º Dinastia), representado pelo disco solar. Após a morte do governante reformador, os sacerdotes conseguiram restaurar a prática religiosa politeísta.

Principais deuses:

Rá: o sol.

Osíris

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