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Drukpa: resenha, o budismo

Por:   •  23/10/2018  •  2.234 Palavras (9 Páginas)  •  331 Visualizações

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"Verificamos que as resistências ao debate sobre a questão racial e, particularmente, à questão do negro no âmbito dos cursos de formação de professores e no conjunto das políticas educacionais em curso ainda é muito grande. Porém, por meio desse entendimento, acreditamos que o caminho não é somente o de convencimento das pessoas para que mudem de ideia, mas, sim, o convite ao debate, à reflexão e à ação." (PAULA, 2009, pg. 177)

"No que se refere à ação reflexiva, destacamos a importância da pesquisa com os professores nas suas unidades escolares, a qual busca compreender como eles têm se posicionado na nessa realidade socioeducacional à qual foram convocados. Porém, a nosso vr, devemos ressaltar que o nosso olhar pode ir além da prática dos professores e, prioritariamente, pode residir nas situações específicas em que os docentes se encontram, perante o desafio de trabalhar o novo." (PAULA, 2009, pg. 177)

"A Lei Federal n. 10.639/2003 é, em si, um instrumento legal que define a obrigatoriedade do cumprimento daquilo que há muito tempo vinha sendo solicitado por militantes do movimento negro, educadores e ativistas da luta antirracista no Brasil: determina a construção de uma educação antirracista, por meio do combate a práticas discriminatórias contra os negros e seus descendentes no meio escolar e, de forma mais ampla, no contexto educacional brasileiro." (PAULA, 2009, pg.178)

"Essa operação, por si só, é um passo importante da lei, mas não garante a efetividade da criação de uma educação antirracista, antidiscriminatória e inclusiva em relação e afrodescendentes, porque muitos estabelecimentos de ensino podem fazê-lo de forma deturpada e discriminatória, perpetuando, assim, as relações raciais desiguais." (PAULA, 2009, pg. 180)

"Quanto à educação básica, vemos que as limitações de recursos didático-pedagógicos, dentre os quais os livros didáticos e paradidáticos, a perpetuação de um currículo escolar homogêneo de base eurocêntrica e a falta de informação e formação que auxiliem o professor, contribuíram para que a implementação se tornasse uma tarefa mais difícil." (PAULA, 2009, pg. 181)

"No que diz respeito às instituições de ensino superior, principais alvos do caput da lei, "o colonialismo" intelectual e teórico de base eurocêntrica que permeia os conhecimentos dos professores e pesquisadores, o racismo implícito nas insituições e seus agentes e, em alguns casos, o discurso prepotente das instituições, associado à inércia conivente das Faculdades de Educação e dos Cursos de Pedagogia e Licenciaturas, formam o clico e o "circo armado" de desrespeito à toda legislação federal." (PAULA, 2009, pg. 182)

"No tocante ao material didático, particularmente, os livros didáticos e paradidáticos específicos e paradidáticos específicos, muito pouco ou quase nada se realizou até hoje. O material distribuído pelo MEC, em sua maioria, destina-se ao debate sobre o assunto ou comete o equívoco de ser produzido, no meio acadêmico, por pesquisadores, para leitura de seus pares. Assim, muito pouco serve para auxiliar os professores, alunos, pais e demais profissionais do ensino na tarefa inadiável de implementação do disposto na lei." (PAULA, 2009, pg. 182-183)

"Por fim, a questão da pesquisa, que poderia auxiliar-nos nessa tarefa necessária, obrigatória e árdua. Apesar da existência de dezenas de grupos de pesquisa espalhados por inúmeras instituições de ensino superior no Brasil com foco nos estudos afro-brasileiros e africanos, nenhuma ação-específica, dentre as quais, o lançamento de editais voltados para esse tema foi adotada pelos principais órgãos de fomento no país" (PAULA, 2009, pg. 183)

"Essas iniciativas foram importantes e apontam para o compromisso do governo federal para com o cumprimento da lei. Porém, até hoje, essas medidas ficaram muito mais no campo da intenção que no da efetivação, pois não constituíram um plano nacional de implementação. Muitas das ações empreendidas se limitam ao financiamento de projetos em parceria, transferindo, sobretudo, para as organizações do movimento negro e, da sociedade civil comprometidas com o estudo da temática racial e para os Núcleos de Estudos Afro-brasileiros das Universidades – NEABS, a responsabilidade pela implementação das ações de efetivação da lei." (PAULA, 2009, pg. 185)

"Com a criação da SECAD, houve alguns avanços no tratamento da temática, porém, a meu ver, foram medidas genéricas. Considero que, até hoje, ainda não foi possível reunir uma equipe de especialistas capazes de formular um projeto sólido e consistente para a implementação de um programa nacional de implementação do disposto da Lei Federal n° 10.639/2003, na resolução CNE/CP 03/2004 e na resolução CNE/CP n° 01/2004." (PAULA, 2009, pg. 186)

"O programa de ações afirmativas para a População Negra nas Instituições Federais e Estaduais de Educação Superior (UNIAFRO) foi criado, ainda no ano de 2005, para dar suporte financeiro às ações dos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros – NEABS-, que são voltados para a pesquisa, extensão e apoio, presentes em diversas universidades estaduais e federais, constituídos por pesquisadores das relações étnico-raciais e da educação." (PAULA, 2009, pg. 186-187)

"Os NEABS e, nestes últimos anos, têm sido o principal instrumento de efetivação e expansão das ações de implementação da Lei 10.639/03 e, consequentemente, do Parecer CNE/CP n° 03/2004 nas instituições escolares privadas e públicas. Porém, além dessas iniciativas, exige-se maior envolvimento e comprometimento não só dos sistemas de ensino, mas também das Secretárias Estaduais e Municipais da Educação, dos Conselhos de Educação e do próprio Ministério da Educação (MEC). (PAULA, 2009, pg. 187)

"Em razão desse movimento, o MEC criou, em 2008, uma comissão especial de trabalho com a função de elaborar esse plano. Uma das suas primeiras ações foi a coordenação de "Diálogos Regionais", com a participação de inúmeros setores da sociedade envolvidos com a temática, cujo resultado foi a elaboração do primeiro Plano Nacional de Implementação da Lei Federal 10.639/2003, intitulado "Contribuições para a Implementação da Lei 10.639/2003" (Brasil, 2008)." (PAULA, 2009, pg. 187)

"Recém-lançado o documento, ainda é prematuro fazer uma avaliação dele, posivita ou negativa mas podemos ressaltar que a sua efetividade, depois de seis anos de aprovação da

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