Apologia da História ou Oficio do Historiador Capítulo II
Por: Carolina234 • 23/3/2018 • 1.142 Palavras (5 Páginas) • 392 Visualizações
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- Os testemunhos
Nesse segundo capítulo, Bloch inicia apresentando fragmentos escritos por Heródoto e exemplos sobre guias de viagens egípcios para ilustrar sobre dois tipos de testemunhos: os voluntários e os involuntários, os quais são tidos como grande importância para a investigação histórica.
No entanto, a importância de saber utilizar tais testemunhos é o ponto crucial para um bom rendimento da investigação histórica. Para Bloch, saber perguntar e extrair as informações de um testemunho ou documento possui uma importância infinitamente maior do que simplesmente tê-lo. Chama-nos atenção, também, para da necessidade de traçar um roteiro de buscas e pesquisas mesmo que, por vezes, não será possível o seguir com fidelidade.
Sob seu ponto de vista, os testemunhos históricos são compostos por uma diversidade quase infinita, apontando-nos em alguns exemplos, referências de pinturas, rituais e mobílias que podem nos dizer tanto quanto um testemunho escrito ou oral.
Novamente chama atenção para a importância entre a interdisciplinaridade para uma compreensão maior do fato histórico assim como, indiretamente, nos passa a ideia de que testemunhos voluntários, corriqueiramente poderão ser um relato inverídico ou com alterações pontuais para que deixem uma marca na história da maneira que gostariam de deixar, com floreios e recortes, criando, assim, uma subordinação ao passado. Em contrapartida, diz que os testemunhos involuntários, muitas vezes nos trarão bons vestígios para o desenvolvimento da investigação.
Sendo assim, Bloch nos mostra a importância de interrogar as fontes, mas além disso, mediar cada uma delas para que haja um diálogo entre elas para que se crie, por fim, uma pesquisa histórica.
- A transmissão dos testemunhos
“Reunir os documentos que estima necessários é uma das tarefas mais difíceis do historiador” (2002, p. 82). Assim, Bloch inicia o terceiro tópico deste capítulo, nos passando a ideia de da dificuldade ímpar que recai sobre o historiador e seu ofício. No entanto, Bloch assinala algum de suma importância para a transmissão dos testemunhos, já que nem sempre o cenário será propício para sua revelação ou divulgação. Nesse ponto, somos colocados em uma visão da necessidade da “queima de arquivo” para que não seja possível a transmissão de muitos desses testemunhos, mas assinala que, em muitos casos, apenas a atitude já é suficiente para nos dizer algo.
Em suma, Bloch nos mostra que nem sempre é cabível confiar inteiramente em suas fontes ou documentos analisados, e muito menos desconfiar. É necessário se conhecer e entender o objeto ou sujeito que se estuda a fim de interpreta-lo, mas principalmente, saber cativar para que seja possível a transmissão do conhecimento adquirido, para que desperte o prazer na investigação e na análise o fato histórico a fim de sempre interrogar e aperfeiçoa-los.
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