A História de Mato Grosso
Por: SonSolimar • 5/2/2018 • 3.567 Palavras (15 Páginas) • 446 Visualizações
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do século: A saída para a comunicação (Oeste-Leste) foi através do Rio Paraguai (Cone Sul) passando pelo Rio da Prata e depois São Paulo. O problema era fazer com que a República do Paraguai aceitasse os navios brasileiros em suas águas.
Tentativas diplomáticas
Missão Leverger - Augusto Leverger se encontrou com o governador Francia, no Forte Olimpo, mas a possibilidade da abertura ficou prejudicada pela oposição do governo paraguaio.
Missão Pimenta Bueno - José Antônio Pimenta Bueno, estabeleceu diálogos com Carlos Francisco Lopes (Governador do Paraguai), mas também não teve sucesso.
Missão Paranhos - Até José Maria da Silva Paranhos (Barão de Mauá) não obteve sucesso em ampliar as fronteiras mercantis do Brasil.
Rusga
Após o processo de independência, o cenário político nacional se viu fragmentado em dois setores maiores que disputavam o poder entre si. De um lado, os políticos de tendência liberal defendiam a autonomia política das províncias e a reforma das antigas práticas instauradas durante a colonização. Do outro, os portugueses defendiam uma estrutura política centralizada e a manutenção dos privilégios que desfrutavam antes da independência.
Com a saída de Dom Pedro I do governo e a instalação dos governos regenciais, a disputa entre esse dois grupos políticos se acirrou a ponto de deflagrar diversas rebeliões pelo Brasil. Na região do Mato Grosso, a contenda entre liberais e conservadores era representada, respectivamente, pela “Sociedade dos Zelosos da Independência” e a “Sociedade Filantrópica”. No ano de 1834, as disputas na província de Mato Grosso culminaram em um violento confronto que ganhou o nome de Rusga.
Antonio Correa da Costa;
João Poupino Caldas (houve dupla governança);
Antônio Pedro de Alencastro;
Antônio José Pimenta Bueno;
Características:
Quanto a Escravidão: Defendia a manutenção do trabalho escravo como base da organização produtiva provincial;
O álibi dos revoltosos: era dito que os saques, assassinatos e roubos estavam sob anistia por dois meses (adotivos);
Questão racial: os revoltosos (mulatos e crioulos) exigiam a morte dos adotivos ou caramurus - a prova era a orelha da vítima;
A Guerra do Paraguai durou seis anos. Teve seu início em dezembro de 1864 e só chegou ao fim no ano de 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.
Causas
Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López.
Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses.
Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança.
Guerra do Paraguai
Ao final da guerra, o Imperador entregou o título honofífico à Augusto Leverger de Barão de Melgaço, e as ruas cuiabanas parassaram a receber nomes alusivos a guerra: 13 de junho (retomada de Corumbá), Antônio João, Barão de Melgaço e etc.
A Varíola
Após o fim da guerra em 1867, os soldados que retornaram trouxeram para esta região, a Varíola, também conhecida como "bexiga".
O contingente de pessoas que vieram a óbito foi extremamente elevado. A doença se espalhou para outras cidades. Joaquim Mourtinho(1869) chegou a afirmar que os corpos se juntavam aos montes e eram comigos por corvos e cachorros e a cidade exalava um mau cheiro devido a putrifação dos corpos.
Trajetos fluviais e Economia de MT
Com o término da guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai, foi frnqueada a navegação pelo rio Paraguai, beneficiando e tornando mais fácil a comunicação de Mato Grosso com a Argentina, Uruguai, com o litoral brasileiro e até mesmo com a Europa. De 1870 a 1930, essa navegação foi initerrupta e por ela entraram em MT muitas mercadorias, novos moradores (imigrantes/nacionais) e ideias.
Cone Sul-Corumbá-Cáceres e Cuiabá era a principal entrada de mercadorias e pessoas.
Cenário mercantil e produtivo:
Importação:
Com a liberação da navegação pelo rio Paraguai, após a guerra, a província de Mato Grosso abria-se para o capital internacional, integrando novamente ao comércio.
Mercadorias importadas da Europa:
Tecidos, adornos pessoais, adornos de casa, alimentos, máquinas a vapor, ferramentas, remédios e produtos.
Exportação:
Matérias-primas, produtos em estado bruto:
Couros secos; sebos; crinas; penas de aves; cascos de animais, latex manufaturado, erva-mate.
Eram produtos de grande aceitação nos mercados europeus e norte-americanos. Eram comercializados em primeira mão. Somente o mate era comercializado pela Companhia Mate Laranjeira diretamente com as indústrias argentinas.
Essa movimentação, estimulou a entrada de imigrantes e a entrada de capital internacional estimulando os investimentos da Província. O comércio vigora nas cidades portuarias.
Considerando o comércio, muitas Casas Comerciais faziam o papel de bancos com o intuíto de sustentar seus negócios e como a entrada e saída de produtos utilizavam o sistema fluvial, essas casas montaram seu próprio transportes para suprir o fluxo regular.
Essas empresas possuíam extensões de terras sob arrendamento para a extração da poaia,
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