A Expansão marítima .

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Em 12 de outubro de 1492, Colombo avista terra, e a batiza com o nome de São Salvador. As terras são apropriadas em nome da coroa e começa o longo processo de descobrimentos e colonização do continente americano.

As interpretações históricas sobre a chegada dos europeus ao continente são inúmeras. Nelas, Colombo tanto pode ser visto como um desbravador quanto como um conquistador, que iniciou o processo de aniquilação das culturas indígenas americanas. Mas seja qual for a interpretação, sua importância para o processo e inegável. Mesmo o termo descobrimento tem sido largamente questionado e tem caído em desuso, desparecendo dos livros de história e do currículo escolar. As novas pesquisas sobre o assunto entendem que não há uma descoberta, pois já existiam povos que habitavam as terras, mas sim, um encontro entre duas culturas muito diferentes.

A própria ideia de descobrimento remete a uma visão eurocêntrica, já que as terras eram desconhecidas pelos europeus e não pelos indígenas, o que contribuiu para que o termo tenha sido deixado de lado. Há um esforço constante da historiografia em recuperar a memória dos povos indígenas, que foram dizimados pela presença europeia na América.

Colombo não chegou ao continente. A tarefa coube ao navegante italiano Américo Vespúcio, de onde o continente ganhou seu nome atual, América. Mas mesmo essas evidências têm sido questionadas e o papel, tanto de Colombo quanto de Vespúcio tem sido tema de diversos estudos sobre o assunto.

Entretanto, sem o projeto de Colombo, provavelmente a Espanha teria levado mais tempo para fazer uma expedição tão arriscada. Como competia com Portugal pelo domínio dos mares, esta espera poderia ter sido desastrosa e talvez a Coroa Espanhola não tivesse constituído na América o gigantesco império que rendeu ao reino uma enorme fortuna com a exploração das minas de prata de Potosí e a próspera empresa colonial que foi montada no continente ao longo dos séculos.