Cerrado e suas características
Por: Juliana2017 • 26/3/2018 • 1.835 Palavras (8 Páginas) • 394 Visualizações
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Solo
Os solos do Cerrado são, geralmente, profundos, apresentando cores avermelhadas ou amareladas, porosos, permeáveis, e bem drenados. Sua textura é de areia, argilae silte, sendo arenosos, areno-argiloso, argilo-arenosos ou argilosos. Possui baixa capacidade de reter água.Geralmente, o teor de matéria orgânica é baixo, variando de 3 a 5%. Devido ao clima Sazonal a decomposição do húmus é lenta. Possuem alto pH, alterando de 4 a cerca de 5, consequentemente tornando algumas plantas agrícola tóxicas, devido a rica presença de Alumínio, Ferro, e também do Mn. Portanto, dentre outras características os solos do Cerrado são indiciados impróprios para a agricultura, porém devido a correção do pH e também a adubação, alguns solos podem tornar-se férteis e produtivos, como determinadas regiões produtoras de soja e frutíferas, por exemplo, solos de Cerrado de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, além de outras. Em algumas regiões do Cerrado o solo pode exibir concreções ferruginosas, o que dificulta a penetração de água, consequentemente o desenvolvimento de vegetações.
Fauna Flora
O Cerrado possui uma rica flora possuindo cerca de três mil espécies, constituindo mil do estrato arbóreo-arbustivo e dois mil do herbáceo-subarbustivo, destacando as Leguminosas, entre as Lenhosas, e as Gramíneas e Compostas, entre as herbáceas. Dentre suas riquezas, o Cerrado, possui, ainda, uma heterogeneidade de sua distribuição, pois, oferece espécies diversificadas, da região Norte, Centro-Oeste, Sudeste, etc. A fauna do Cerrado, embora pouco conhecida, caracteriza-se por ser rica, evidenciando, principalmente, animais invertebrados, destacando o grupo dos insetos. Em relação aos animais vertebrados, os mais encontrados são: Jiboia, Cascavel, espécies de Jararaca, Lagarto Teiú, Ema, Seriema, ave Curicaca, algumas espécies de Urubus, como, Urubu comum, Urubu Caçador, Urubu-rei, além de Araras, Tucanos, Papagaios, Gaviões, espécies de Tatu; Tatu Peba, Tatu Galinha, Tatu Canastra, Tatu-de-rabo-mole, e ainda Tamanduá Bandeira, Tamanduá Mirim, Veado Campeiro, Cateto, Anta, Cachorro do Mato, Cachorro Vinagre, Lobo Guará, Jaritataca, Gato Mourisco, e em casos mais extremos Onça Parda e Onça Pintada. Segundo dados do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) o bioma do Cerrado oferece cerca de 67 espécies de mamíferos, 837 de aves, 120 de répteis e 150 de anfíbios.
Rios
Existem muitos rios que cortam o Cerrado, e ainda, alguns nascidos em regiões do Bioma. Conhecidas como grandes bacias hidrográficas, os rios localizados no Cerrado são agrupados em três: Rio Tocantins, Rio São Francisco e Rio da Prata.Porém, apresar da existência desses importantes rios, não é garantido um recurso visivelmente abundante, pois as reservas hídricas são encontradas em camadas profundas do solo, ou seja, o grande reservatório de água do Cerrado são os lençóis freáticos, assim, as plantas podem retirar água para sobrevivência nos períodos de seca.
Fisionomia Vegetal
Atravessando vários estados, como Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, o Cerrado possui vegetação de pequenas árvores retorcidas, em meio de gramíneas. Durante períodos chuvosos, no verão, a vegetação apresenta-se bastante verde, porém no inverno a vegetação já se apresenta com cores mais amareladas e secas, e quase todas as árvores e arbustos trocam a folhagem, porém não ao mesmo tempo. Embora no período de seca, ainda é possível encontrar vegetação verde no Cerrado, no estrato arbóreo-arbustivo, caracterizando a vegetação como semi-caducifolia. Em geral, a fisionomia do Cerrado, não é considerada como única em sua extensão, apresentando diversificadas expressões, desde formas campestres abertas, como campos limpos de Cerrado, até formas densas, florestais como Cerradões.Assim, na natureza o Bioma do Cerrado apresenta-se como um mosaico de formas fisionômicas, ora manifestando-se como campo sujo, ora como cerradão, ora como campo cerrado, ora como cerrado s.s. ou campo limpo. Quando percorremos áreas de cerrado, em poucos km podemos encontrar todas estas diferentes fisionomias. Este mosaico é determinado pelo mosaico de manchas de solo pouco mais pobres ou pouco menos pobres, pela irregularidade dos regimes e características das queimadas de cada local (frequência, época, intensidade) e pela ação humana. Assim, embora o Bioma do Cerrado distribua-se predominantemente em áreas de clima tropical sazonal, os fatores que aí limitam a vegetação são outros: a fertilidade do solo e o fogo. O clímax climático do Domínio do Cerrado não é o Cerrado, por estranho que possa parecer, mas sim a Mata Mesófila de Interflúvio, sempre verde, que hoje só existe em pequenos relictos, sobre solos férteis tipo terra roxa legítima. As diferentes formas de Cerrado são, portanto, pedoclímaces ou piroclímaces, dependendo de ser o solo ou o fogo o seu fator limitante. Claro que certas formas abertas de cerrado devem esta sua fisionomia às derrubadas feitas pelo homem para a obtenção de lenha ou carvão. De um modo geral, podemos distinguir dois estratos na vegetação dos Cerrados: o estrato lenhoso, constituído por árvores e arbustos, e o estrato herbáceo, formado por ervas e subarbustos. Ambos são curiosamente heliófilos. Ao contrário do caso de uma floresta, o estrato herbáceo aqui não é formado por espécies de sombra, umbrófilas, dependentes do estrato lenhoso. O sombreamento lhe faz mal, prejudica seu crescimento e desenvolvimento. O adensamento da vegetação lenhosa acaba por eliminar em grande parte o estrato herbáceo. Por assim dizer, estes dois estratos se antagonizam. Por esta razão entendemos que as formas intermediárias de Cerrado - campo sujo, campo cerrado e cerrado s.s. - representem verdadeiros ecótonos, onde a vegetação herbácea/subarbustiva e a vegetação arbórea/arbustiva estão em intensa competição, procurando, cada qual, ocupar aquele espaço de forma independente, individual. Aqueles dois estratos não comporiam comunidades harmoniosas e integradas, como nas florestas, mas representariam duas comunidades antagônicas, concorrentes. Tudo aquilo que beneficiar a uma delas,prejudicará, indiretamente, à outra e vice-versa. Elas diferem entre si não só pelo seu espectro biológico, mas também pelas suas floras, pela profundidade de suas raízes e forma de exploração do solo, pelo seu comportamento em relação à seca, ao fogo, etc., enfim, por toda a sua ecologia. Toda a gama de formas fisionômicas intermediárias parece-nos expressar exatamente o balanço
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