O Eucalipto e o Cerrado

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O Cerrado é o segundo maior bioma do País, com biodiversidade que pode chegar a 5 mil espécies de plantas vasculares, sendo 80% de porte herbáceo ou arbustivo. Mas nem só de vegetação rasteira vive a chamada Savana brasileira. A paisagem do Cerrado possui uma grande variação entre a quantidade de árvores e ervas. O resultado é um cenário variado, que vai desde o campo limpo, com a vegetação dominada por gramíneas e sem a presença de elementos lenhosos, passando pelo cerrado fechado, o cerradão, que se assemelha com uma floresta, com grande quantidade de árvores e aspecto florestal. A enorme biodiversidade do Cerrado abriu as portas para a exploração dos recursos vegetais. Plantas são usadas como alimentos, remédios e ornamentos. Entretanto, esse rico ecossistema também dá lugar, de maneira cada vez mais intensa, aumento das áreas de pastagem, lavouras, plantação de eucalipto para a produção de carvão mineral.

Algumas áreas de plantação de eucalipto atingem regiões de ecossistemas em risco, o que acaba transformando a paisagem do local, perdendo estas características peculiares, também parte de sua tradição. Estes ecossistemas estão sendo muito ameaçados, já que o poderio econômico acaba transformando a paisagem natural das regiões de cultivo. As florestas de eucalipto são cultivadas priorizando somente um retorno econômico. Assim sendo, não são cultivadas juntamente outras espécies de vegetais, o que diminui a diversidade vegetal da região de floresta, já que a mesma também impede que gramíneos e pequenos arbustos cresçam e se desenvolvam, embora quando estejam pequenas, as árvores do eucalipto, não forneçam um bloqueio radiação solar como quando estão grandes. Outro problema é a falta da diversidade da fauna, já que os únicos animais que conseguem sobreviver nesses tipos de florestas são “formigas e caturritas (aves predadoras de lavouras que usam as árvores de eucalipto como abrigo, mas não se alimentam delas).A modificação do bioma cerrado pela expansão do plantio de eucalipto, causa grandes impactados ambientais. O Cerrado é um conjunto de áreas do planeta com alta biodiversidade e que se encontram ameaçadas, carecendo de maiores atenções a fim de manter a sua preservação. Espera-se que, em um futuro próximo, a devastação desse importante domínio natural seja totalmente interrompida e ao menos algumas partes de sua vegetação sejam reflorestadas e recuperadas.

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Estrutura do Projeto

O projeto apresentado é composto por quatro capítulos. O primeiro capítulo compõe-se da introdução, onde é apresentado o desmatamento do cerrado e suas consequências no Centro-norte de Minas Gerais, bem como os objetivos inerentes ao projeto e a sua justificativa.

O segundo capítulo trás o referencial teórico onde serão apresentadas as teorias que darão sustentação ao projeto de pesquisa.

O terceiro capítulo trata-se da Metodologia onde são descritas as formas de pesquisas.

Por fim, no quarto capítulo é apresentado o Cronograma relacionando as etapas de pesquisa, definindo o tempo de realização do mesmo.

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REFERENCIAL TEÓRICO

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O Eucalipto e o Cerrado

O eucalipto é uma planta originaria principalmente da Austrália e do continente da Oceania. Sua implantação em outras regiões do globo se deu somente no século XIX, começando pela Europa, passando pelo Estados Unidos e chegando ao Brasil na segunda metade do século XX, onde foi amplamente utilizada depois da descoberta do seu vão econômico, e hoje é utilizada como principal fonte de alimentação da indústria de celulose no Brasil, e no caso da região centro-norte do Estado de Minas Gerais é utilizada em larga escala na indústria siderúrgica, depois na construção civil, nas propriedades rurais. Esse ‘’Ouro Verde’’ acabou por ocupar uma parte considerável do bioma cerrado, acabando por ocasionar grandes discussões e ate mesmo conflitos entre proprietários de terras plantadas com eucalipto e a grande massa de militantes sem terra. Uma das grandes vantagens do eucalipto e sua rápida difusão é o fato de a planta ser capaz de se adaptar aos mais diversos tipos de clima, desde locais quentes e secos como norte de minas, até climas muito úmidos e frios como no sul do Brasil.

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O Processo (Eucalipto) na sua Plenitude

É sabido por todos que o cultivo de eucalipto enquanto saída econômica para parte da população da região centro-norte de minas não é mais uma realidade, pois o processo na sua plenitude esta extremamente mecanizado, impedindo assim o acesso do trabalhador braçal que quase sempre não tem a qualificação técnica necessária para preencher as poucas vagas que são ofertadas; isso leva a outra discussão, por que então ocupar grandes extensões de terra sem dar a possibilidade ao trabalhador rural de se fixar nela com qualidade de vida? Cabe aqui também outro raciocínio, o cerrado, retirado para dar lugar ao eucalipto, em teoria, poderia fornecer naturalmente algumas fontes de recursos, como alimentos, madeira e outras fontes de renda, algumas sazonais outras perenes, mas de qualquer forma seria um estimulo para o trabalhador rural de essas regiões terem a oportunidade e as garantias necessárias para se fixar na terra e não enfrentarem a triste realidade de uma migração desordenada para as periferias das cidades próximas. Outro fator que tem importância nessa discussão é o fato dessa cultura (eucalipto) ser capaz de absorver enormes quantidades de água, não pela espécie propriamente dita mas sim pela quantidade de mudas e a extensão das áreas cultivadas, podendo ate mesmo ressecar rios e outras fontes hídricas existentes no entorno dessas grandes plantações. Como exemplo disso pode ser citado: o riacho do Taquara no município de Inimutaba, o ribeirão de Cabeceira Grande no município de Montes Claros e tantos outros que podem chegar facilmente a mais de cem cursos d’agua.

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METODOLOGIA

Como faz notar, Silva (2003) aponta que o método utilizado na pesquisa pode ser definido como “etapas dispostas ordenadamente para investigação da verdade, no estudo de uma ciência para atingir determinada finalidade, e técnica como o modo e fazer de forma mais hábil, segura e perfeita alguma atividade,