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Seminário de Biogeografia: Cerrados

Por:   •  27/10/2018  •  2.198 Palavras (9 Páginas)  •  300 Visualizações

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que

condiciona o cerrado.

O topoclima pouco influencia a formação vegetal do cerrado, já que esta

em geral, ocorre em terrenos mais planos, onde as diferenciações climáticas

são mínimas.

Para determinação do macroclima, usa-se principalmente o fator

umidade, verifica-se, portanto, que o mesmo não exerce papel decisivo na

determinação da vegetação. Deste modo, o cerrado ocorre indiferentemente

nos vários tipos climáticos: quente e úmido, com estação seca pequena; quente

e úmido, com estação seca pronunciada de inverno; tropical de altitude, com

verões frescos e estação seca de inverno; subtropical, com verões quentes e

sem estação seca e subtropical, com verões frescos e sem estações secas.

(Camargo, A.P., 1963)

Geomorfologia

Nos interflúvios elevados dos “chapadões”, onde predominam formas

topográficas planas e maciças e solos pobres, aparecem os cerrados,

cerradões e campestres, os quais via de regra descem até a base das

vertentes, cedendo lugar no fundo aluvial dos vales as florestas galerias, em

geral largas e contínuas.

Os cerrados revestiram parcial ou totalmente até mesmo os

compartimentos mais baixos do relevo do Brasil central. Os capões de matas

situados em interflúvios, consistem em pequenos quadros morfo-climáticos,

geo-pedológicos e hidrológicos, suficientemente capazes de comportar

condições ecológicas para a implantação de “ilhas” ou núcleos de florestas, de

invasão muito recente. Não se conhece bons relictos de caatingas nos

domínios dos cerrados, mas são muito freqüentes relictos de cerrado nodomínio das caatingas. Assim como são comuns relictos de cerrado em zonas

de matas, zonas de cocais, araucárias e pradarias de altitude. (Ab’Saber,1963)

Pedologia

Os solos sob cerrrados possuem baixa fertilidade e de um modo geral,

apresentam boa topografia, pois são bastante planos ou levemente ondulados.

Profundos e destituídos quase por completo de pedras, facilitando o uso de

máquinas agrícolas, embora, existam áreas onde a presença de canga

(Hidróxido de Ferro) na superfície ou a pequena profundidade, impeça o

aproveitamento agrícola.

Os horizontes dos solos dos cerrados encontram-se enquadrados nas

seguintes classes texturais: areia, areia-barrenta, barro-arenoso, barro argiloarenoso, argila-arenosa, barro-argiloso, e argila. Sendo mais frequentes os

solos areno-argilosos ou argilo-arenosos, também chamados de latossolo, com

razoáveis graus de permeabilidae, porosidade e arejamento. Segundo seus

componentes, os solos mais encontrados são chamados latossolos vermelhoescuros e latossolos vermelho-amarelos, sendo a coloração dada neles pelo

teor de sesquióxido de ferro. ( Rizzini, et al. 1988)

Algumas das características químicas que determinam a pobreza

nutricional dos solos do cerrado são: acidez elevada, baixa capacidade de troca

catiônica (capacidade do húmus e das argilas de permutarem íons positivos

com a solução aquosa do solo), baixa soma de bases e alta saturação por

Alumínio. Este componente, que é muito tóxico para as espécies cultivadas,

pode ser corrigido pela adição de calcário e adubação.

A flora não apresenta sinais de deficiência nutricionais, estando

adaptada a solos pobres, ditos distróficos ou oligotróficos, pois, certamente

dispõem de mecanismos eficientes que lhes permitem absorver o que é

essencial para sobreviver. O subsolo dos cerrados é um enorme reservatório

natural de água, nele chegam as raízes das plantas permanentes, o que lhes

fornece um contínuo suprimento de água. Estas condições são a marca

registrada do cerrado, a superfície encontra-se seca na maior parte do tempo, e

o subsolo contém água em abundância durante o ano todo.

Os solos de cerrados são caracterizados pela presença marcante do

fogo, seja ele originado por causa naturais, ou ação antrópica. Os principais

efeitos do fogo no solo são: destruição da matéria orgânica superficial,

empobrecendo-o; redução da capacidade de absorção da água, acabando

assim, por endurecê-lo; esterização da superfície, eliminando a microflora e a

fauna edáficas.Em contrapartida, mesmo com efeito tão prejudiciais, num ecossistema

de solos pobres, a deposição das cinzas, após as queimadas, representa

preciosa fonte de nutrientes. E o alumínio iônico, prejudicial as plantas

cultivadas, desaparece das camadas superficiais do solo, logo após a

passagem do fogo, reaparecendo lentemente depois de 40 dias.

Por este motivo, queimadas em rodízio, em pequenas parcelas e com

regimes adequados,

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