A Geografia Pragmática
Por: Jose.Nascimento • 29/12/2017 • 1.112 Palavras (5 Páginas) • 308 Visualizações
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Em uma concepção mais global de Geografia, há a necessidade de um olhas mais atento a proposta de Milton Santos, proposta em seu livro “Por uma Geografia nova”. Em sua obra Milton argumenta que é necessário discutir o espaço social, e entender a criação do espaço como o objeto, toda sua proposta será então uma tentativa de apreendê-lo, de como estudá-lo.
Milton Santos relata que todo trabalho produtivo do homem implica na modificação do ambiente ao qual está inserido, numa criação de novas formas, de forma que criar ao mesmo tempo implica em recriar o espaço, que a organização do espaço é determinada pela tecnologia, pela cultura e pela organização social, que a administram. Na sociedade capitalista, a organização espacial é imposta pelo ritmo de acumulação. Na verdade, está representa uma dotação diferencial de instrumentos de trabalho, na superfície do planeta, uma fixação de capital no espaço, obedecendo a uma distribuição “desigual e combinada”. Diz que, desta forma, os lugares manifestam uma combinação de capital, trabalho, tecnologia e trabalho morto, expresso nas “rugosidades”. Entretanto, uma das perspectivas, convivendo, no seio da Geografia Crítica, com outras, que lhe são diferenciadas e mesmo antagônicas em alguns pontos.
A Geografia Crítica é uma frente, que obedecendo a objetivos e princípios comuns, convivem propostas desiguais. A unidade da Geografia Crítica manifesta-se na postura de oposição a uma realidade social e espacial contraditória e injusta. É uma unidade de propósitos dada pelo posicionamento social, pela concepção de ciência, por uma aceitação plena e explícita do conteúdo político do discurso geográfico.
Há uma diversidade que se trona benéfica em certo sentido pois estimula o confronto de ideias e ideais e traz o avanço das colocações. Onde há discussão há vida, onde há debate aflora o pensamento crítico, onde há polêmica há espaço para o novo, para a criação. A Geografia na atualidade estimula a reflexão; a queda das “verdades” age nesse sentido. Novos caminhos surgem no horizonte, se questiona certas verdades, já não tão certas assim, tentam-se novas formas de ver a sociedade e de como interagir com ela. Existe um enorme mundo pela frente, na elaboração dessa Geografia nova, ainda há bastante a se fazer.
Podemos dizer que a geografia critica se tornou um movimento de renovação, atualmente em curso, ela reproduz, o embate de ideias, reflexo, no plano da ciência, da luta de classes na sociedade. Mesmo os geógrafos críticos assumem a perspectiva popular, a da transformação da sociedade com um todo. Buscam uma Geografia mais ampla e um espaço mais justo, que seja fundamentado em função dos homens em sociedade.
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