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O Enigma de Kaspar Hauser

Por:   •  13/3/2018  •  918 Palavras (4 Páginas)  •  324 Visualizações

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pessoas que também não estivessem se sentindo a vontade com aquelas roupas, mas não as tirariam.

O fato de ter ficado sozinho boa parte de sua vida, onde deveria estar se desenvolvendo, deixou sequelas. Ele não desenvolveu-se como poderia, não chegaria a ser como os da sua idade. Pode-se por ai perceber a necessidade de convivência social, seja para a partir do amadurecimento já existente se criar conhecimento ou para amadurecer e produzir conhecimento.

No filme dá para se perceber também a forma como se pensa o ser humano, dizem que Kaspar não é da nobreza, pois não tinha porte nobre. Como se tal coisa estivesse no DNA das pessoas. Logo se percebe que terão uma certa dificuldade para o compreender, e então o ajudar.

Ele mostra um rápido aprendizado em música, mais rápido que nas outras coisas. Mas, embora seu aprendizado seja rápido, ele o julga demorado, se pergunta porquê não toca como respira.

O que me chamou muito minha atenção no filme, foi a fase dos “por ques”. Nele ela pareceu mais acentuada, parecia que suas perguntas eram mais complexas. Tomo como exemplo os que já citei, “para que as mulheres servem?” e “por que não toco piano como respiro?” Podem ate parecer perguntas simples, mas não vejo crianças as fazendo, nem as compreendendo.

O espectador é levado a perceber como a sociedade age com os “estranhos”, e devemos nos perguntar: ainda somos assim? Essa ainda é nossa atitude? Infelizmente, nossa sociedade ainda não está pronta para lhe dar com o diferente, para tratá-lo de forma apropriada, não como “um estranho”, mas como mais um ser humano, que assim como os “normais”, são diferentes.

E o que de mais importante, para mim que pretendo ser professor, é que nele percebemos que as pessoas são diferentes; que tiveram vidas diferentes; e que o contato social é individual e diferenciado. Logo é preciso, tanto para mim como para qualquer outro, tentar entender o aluno, não ter preconceitos quanto a ele. Pois se não tentar conhecê-lo, entendê-lo, meu papel como professor não será bem exercido.

Referências

DAVIS, Claudia; OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia na Educação. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

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