Um Ensaio sobre o Islamismo
Por: Evandro.2016 • 27/2/2018 • 978 Palavras (4 Páginas) • 462 Visualizações
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No segundo capítulo, Religião e Sociedade, são abordados os questionamentos mais prosaicos relativos aos costumes e práticas habituais do islamismo, tais como o uso de véus pelas mulheres e a sua posição na sociedade, a degola de animais, o consumo de álcool e a proibição de imagens. Trata-se aqui principalmente de apresentar dados e recorrer a trechos das escrituras sagradas e da literatura no sentido de ilustrar que se tais proibições e obrigações existem, são em decorrência de pragmatismo e bom-senso, quase sempre em conformidade com os ensinamentos do Corão, com ligeiros desvios de interpretações, segundo algumas circunstâncias geográficas, históricas ou étnicas.
O terceiro capitulo do livro, O Islã e o Mundo Moderno, trata de questões já abordadas no primeiro capítulo, a saber: o despertar do Islã e do fundamentalismo e a posição do Irã frente aos movimentos fundamentalistas, a dificuldade de ser muçulmano no Ocidente, os direitos humanos no Islã, a incompatibilidade islâmica com o Estado laico e o Islã que não se integra à modernidade.
Sobre essas idéias preconcebidas pode-se dizer que os estados islâmicos passam por fases problemáticas de governança, em função de acirrados debates entre os modernistas liberais e os fundamentalistas muçulmanos, polêmicas que não se limitam ao campo verbal, culminando com a divisão profunda que o atentado de 11 de setembro causou entre as tendências envolvidas. A severidade com que o Alcorão trata os delitos humanos gera controvérsias sobre a conveniência de suas leis serem aplicadas literalmente.
Grandes poderes trazem grandes responsabilidades. A se acreditar nos números surgidos das analises das variações e movimentações demográficas, os muçulmanos não tardarão a superar os cristãos e tornar-se-ão a principal religião do mundo. Essa futura poderosa religião precisa promover um amplo leque de reformas internas que a coloquem em sintonia com a modernidade, com a qual a presença na Europa dos vários muçulmanos bem-integrados e laicizados pode muito contribuir.
Balta, nesta obra que é praticamente um manual para leigos sobre o Islã, mostra ao neófito as nuances das afirmações consagradas a respeito do mundo islâmico, verdadeiros clichês, que todos reproduzem mas não conhecem os fatos como eles são. Não chega a desmentir todas elas, mas as explicita de maneira correta.
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