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Classe Media - Artigo modelo INTERCOM/EXPOCOM

Por:   •  2/4/2018  •  2.164 Palavras (9 Páginas)  •  417 Visualizações

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- DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

- MUDANÇAS NA HISTÓRIA DO BRASIL

Ainda é difícil classificar a classe média num só perfil. Não é todo representante desse grupo que, por exemplo, reside em área de risco ou passa por dificuldades na hora de se locomover, tendo que usar transporte público pelo contrário, há integrantes da classe média que se beneficiaram do desenvolvimento local para abrir seu próprio negócio, ou fez uso da internet para vender seus serviços enfim, muitos moram em cidades pequenas ou na transição entre periferia e bairro nobre das grandes metrópoles, entretanto, estão muito satisfeitos com sua condição e reconhecem as benfeitorias de sua vida.

A nova classe média é o termo que referente à parte da população anteriormente classificada como classe de renda D e que, na segunda metade da década de 2000, ascende à classe de renda C. Neste trabalho, não será focado na antiga classe média uma vez que não faz mais parte dos estudos em questão e sim da nova, que compreende a classe atual que é a C.

A Classe C é composta, hoje, por 91,8 milhões de brasileiros. Para a FGV, uma família é considerada de classe média (classe C) quando tem renda mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.591. Em agosto de 2008 o mesmo Centro de Políticas Sociais da FGV já havia alertado para este fenômeno quando lançou o estudo "A Nova Classe Média". Desde 2002, a probabilidade de ascender da classe C para a classe A nunca foi tão alta, e a de cair para a classe E nunca foi tão baixa. O novo critério do Brasil classificava como classe C, em 2005, 43% dos brasileiros. A classe média emergente continuou em expansão, desde então, nas seis principais metrópoles do país e passou a representar 53,8% da população em dezembro de 2008. Em outras palavras, o Brasil se tornou um país de classe média, similar aos EUA.

- CARACTERÍSTICAS DA CLASSE MÉDIA

A Classe C é exigente com relação aos produtos que consome e tem consciência de que não pode errar na compra, por não possuir uma segunda oportunidade de aquisição. Outra característica dessa classe é uma maior importância para a escolaridade, porém, não possui hábito de leitura e são absolutamente pragmáticos. Assim, valores universais e regras gerais são colocados sob suspeição com facilidade, a não ser que vinculadas aos valores religiosos. Por leem pouco e não buscarem por informação, não são facilmente convencidos pelas manchetes de jornais. Sendo assim, ela hoje transita entre certo liberalismo comportamental e conservadorismo político.

Um espírito de investimento na ascensão e consumo que interfere na redução da taxa de fecundidade, em queda vertiginosa no nosso país. A média de filhos por mulher chegou a 1,8. Também, assim como nos EUA, os membros da nova classe média tendem a casar mais tarde.

Além de todos estes fenômenos de comportamento, temos toda possibilidade de aquecimento do mercado imobiliário, da linha branca de consumo durável, de aumento da esperança de vida em nosso país. E uma evidente queda de prestígio de qualquer trabalho manual, embora com valorização mediana dos estudos, o que pode gerar uma contradição em relação às expectativas futuras da nova classe média.

Não foi o Bolsa Família o principal responsável pela recente mobilidade social positiva e sim o aumento do salário mínimo. Mas, não há dúvidas, que tal ascensão em breve espaço de tempo alimenta tal risco de geração de uma espécie de neopopulismo, em bases muito distintas dos anos 50 e 60. Porque o populismo daquele período ocorreu a partir da emergência das classes urbanas, das multidões urbanas. Mas agora, temos a emergência de uma classe média ávida pelo consumo mais qualificado e, neste sentido, poderíamos ter em nossos representantes governamentais a objetivação da garantia deste novo consumo, da esperança, da segurança e da mobilidade social.

- DEFINIÇÃO PERCENTUAL DA CLASSE MÉDIA

Atualmente há mais de 42 milhões de brasileiros ascenderam à nova classe média na última década na qual metade dos cartões de crédito pertence à nova classe média, sendo sua renda anual, dos integrantes dessa classe, de R$ 328 bilhões.

Em média, 68% dos jovens da nova classe média estudaram mais que seus pais; 41% da renda da nova classe média vem do trabalho da mulher, contra apenas 25% da Elite, representando cerca de 48% da renda nacional. De cada R$100,00 que uma família da classe A gasta, R$25,00 vêm do trabalho da mulher; na classe C, esse número sobe para R$41,00.

Dentre os vigentes, 6 a cada 10 pessoas que acessam a internet são da nova classe média e possuem rede WiFi em sua residência.

A região sul é a que apresenta maior concentração da nova classe média, com 64% da população e o Nordeste lidera no crescimento da nova classe média, onde a cada 10 pessoas que melhoraram de vida, 3 são dessa região. As cidades do interior crescem mais que as regiões metropolitanas dos Estados.

A nova classe média gasta mais com serviços do que consumo. Em 2002, de cada R$100,00, R$49,50 eram gastos em serviços, atualmente já passa dos R$65,00. As classes A e B compram mais produtos de baixo preço do que as classes C e D, uma vez que, na hora de consumir, eles apelam para qualidade e o retorno do produto. E também o impacto gerado pela classe C no setor aeroportuário é maior que qualquer Copa do Mundo, sendo que 62% da nova classe C prefere comprar produtos brasileiros, contra 25% da elite.

- PERFIS DE CONSUMO

Primeiro, há 14,7 milhões, 19% do total, chamados de promissores, que são jovens com média de idade de 22,2 anos, mais propensos a gastar em beleza, veículos, educação, entretenimento, itens para casa e tecnologia, e que gastaram R$ 230,8 bilhões por ano. Segundo, há os batalhadores, cerca de 39% do total, que compreende 30,3 milhões de pessoas, com idade média de 40,4 anos, que procuram a casa própria, o carro e o estudo dos filhos e gastaram R$ 388,9 bilhões por ano. Em terceiro vêm os experientes, com 20,5 milhões de pessoas com idade média de 65,8 anos, 41% são viúvos, que querem continuar no mercado de trabalho para não perder renda e gastaram R$ 274 bilhões. E há os empreendedores, que são 16% do total ou 11,6 milhões de pessoas que se destacam pela maior renda individual, idade média de 43 anos, com gastos de R$ 276 bilhões por ano, mais do que as categorias de promissores e experientes e que mais investiram em educação, eletroeletrônicos,

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