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Trabalho na Concepção de Locke - Marx

Por:   •  9/12/2017  •  996 Palavras (4 Páginas)  •  372 Visualizações

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Será que, na atualidade, em razão da regulamentação do trabalho, com a constituição de direitos sociais e para os trabalhadores pode-se considerar que Locke estava certo e a presença do Estado veio mesmo como pacto para garantir o direito de todos?

Será que o trabalho é realmente uma via de acesso à propriedade e à consequente satisfação das necessidades básicas dos seres humanos? Ou será que a alienação ficou foi maior?

Percebe-se que com a globalização, o desamparo do trabalhador é ainda maior já que o trabalho, além de não assegurar de verdade o direito à propriedade (o trabalhador tem muita dificuldade para ter acesso a ela), há uma instabilidade grande no reconhecimento e na garantia dessa propriedade.

No mundo das Holdings, uma grande empresa hoje não pertence mais a um homem, de forma clara, como era na época de Marx. São conglomerados que pertencem a bancos e demais investidores e fica diluído saber quem é o dono mesmo daquilo.

Ademais, mudam de lugar e de forma de produção muito mais rápido. Uma empresa de autopeças pode estar hoje no Paraná e se aparecer condições melhores, amanhã pode estar em Pernambuco, deixando pra trás todo o seu corpo de empregados.

Por fim, é notório que houve redução das horas de trabalho, mas o ritmo de produção se tornou muito mais intenso com a tecnologia, ou seja, o trabalhador talvez acabe até sendo mais explorado no final das contas. O interessante é que aconteceu algo que nem Marx seria capaz de prever. Até o Estado ficou obsoleto do capital. Hoje são multinacionais, Instituições de vários Estados diferentes.

O Estado, na verdade, perdeu a importância. Quem manda no mundo e na estruturação da sociedade são conglomerados transnacionais. Então Locke e Marx ficam superados, porém, o Estado no centro como detentor do poder.

Referências

MARX, K. O Capital, Livro I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos escolhidos. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Os Pensadores).

MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. O manifesto do partido comunista - 1848. São Paulo: Martin Claret, 2005.

WEFFORT, Francisco. Os clássicos da política. São Paulo, Ática, 1989.

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