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Serviço Social e velhice: Perspectivas para Promoção da Qualidade de Vida dos Idosos da Universidade Aberta da Terceira Idade

Por:   •  9/2/2018  •  2.046 Palavras (9 Páginas)  •  467 Visualizações

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A família, a sociedade e o Estado tem o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida; assim preconizado como um dos princípios da Politica Nacional do Idoso (PNI); em seu artigo terceiro; e inciso I. Nesse sentido, o exercício profissional do assistente social tem por objetivo assegurar os direitos sociais da pessoa idosa; garantir acessibilidade da pessoa que envelhece; incentivar a participação do idoso; evitar o isolamento social e exclusão do idoso.

A Universidade Aberta da Terceira Idade – UnATI/UEA, é uma Instituição de ensino, direcionado ao público idoso e a pesquisa. É um Centro Especializado na área da educação e saúde que busca qualidade de vida para este público alvo através de campanhas, cursos e oficinas.

Os idosos buscam esses cursos por se sentirem sozinhos em casa, fugindo assim da depressão e solidão, e a Instituição é um refugio para eles. Pois a mesma oferece diversos cursos, e alguns desses idosos no passado tocava e cantava, chegam na UnATI/UEA, os profissionais valorizam eles. Adquirindo sua auto estima, resgatando assim seu passado, e a valorização da família. Com o passar do tempo eles começam a entender qual é realmente o papel da UnATI/UEA, aprendem que o processo do envelhecimento é se alto conhecer, e começa a aceitar de forma natural o envelhecimento.

Por sua vez o assistente social faz a observação dos alunos interno e externo da sala de aula, e também atende as demandas dos profissionais que administram as oficinas e cursos, os docentes percebem quando o aluno escolhe o curso e não gosta. Neste sentido o assistente social precisa intervi para que esse aluno não desista, e não se sinta excluído, inserindo-o em outro curso.

Observa-se a diferença de perfil entre os idosos do Centro de Convivência Magdalena Arce Daou e dos idosos usuários da UnATI/UEA, percebemos que no Centro de Convivência da Família são oferecidos cursos direcionados a Cultura e o Esporte, enquanto que na UnATI/UEA, são oferecidos cursos voltados para Cultura, Esporte, Lazer e Educação.

Nesse sentido, esta pesquisa é de grande relevância pois oferece espaço para o campo de ensino e pesquisa destacando-se pelo papel de agente formador de recursos humanos, configurando-se no campo privilegiado do conhecimento e de intervenção social.

IV – REFERÊNCIAL TEÓRICO

É de extrema relevância a abordagem deste tema que trata da questão do idoso em seus mais diversos contextos principalmente o entendimento a cerca do processo de envelhecimento, onde os autores apresentam as várias formas de compreensão deste processo, devido ser um fenômeno para a sociedade em tempos: econômico, cultural, lazer, saúde, previdência, assistência, dentre outros.

O aumento de número de idosos no Brasil começa a dar lugar a uma realidade diferente e traz a consciência de que a velhice existe, é uma questão social que pede uma atenção muito grande. O envelhecimento social da população traz uma modificação no status do velho e no relacionamento dele com outras pessoas em função de: crise de identidade, mudança de papeis, aposentadoria, perdas diversas e diminuição dos contatos sociais Zimerman (2000).

Zimerman (2000) explica que: O velho é uma pessoa que tem uma história que acumulou experiência de vida e adquiriu maior tranquilidade e profundidade. O velho é mais lento do que o jovem, não consegue percorrer determinada distancia com a mesma velocidade de antes, mas com certeza tem condições de vencê-la.

Na concepção de Moragas (2010) apresenta alguns conceitos e definições do processo de envelhecimento e pontua que a velhice, mesmo sendo considerado um processo inerente à vida humana, e por vezes apontada como uma realidade isolada, como um acontecimento que só afeta uma parte da população. Este seguimento muitas vezes é separado do resto da sociedade e assim revela uma negatividade do ato de envelhecer com foco no envelhecimento o trabalho desenvolvido pelo Serviço Social junto a esta demanda e a atuação do assistente social traz um grande desafio sócio ocupacional para a profissão.

Neste sentido, Moragas (2010) explica que é preciso conhecer a idade cronológica mais também as condições psíquicas, econômicas e sociais da pessoa, para que o conceito resultante represente a totalidade e não somente aquela dimensão que impressione mais o observador. Para isso é necessária uma visão ampliada deste segmento, capaz de superar preconceitos e atitudes negativas em relação a velhice que se considere a idade não como algo determinante das possibilidades vitais de uma pessoa, mas como uma variável acrescida ás que condicionam sua situação.

É importante salientar que a longevidade era um privilegio dos mais abastados até o século XIX. Os idosos pobres não estão na historia, nem na literatura. Ao se falar dos velhos, fala-se principalmente dos homens; as mulheres por terem sido inferiorizadas ao longo da historia não estão em evidência nos registros mais antigos sobre o envelhecimento humano, Beauvoir (1970/1990).

Para possibilitar uma visão diferenciada acerca do idoso e da velhice, a educação surge como oportunidade de ação, tanto para a sociedade conhecer e aprender a respeitar o idoso, como para o idoso ter novas condiçõesde abrir-se para o mundo, conhecendo seus direitos e vivenciando novas experiências. A educação tem um papel politico fundamental, ela deve desempenhar um papel eminentemente democrático, ser um lugar de encontro, de permanente troca de experiências. Gadotti (1984).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o envelhecimento populacional como uma história de sucesso das politicas de saúde publicas e sociais e portanto, a maior conquista, e triunfo da humanidade no ultimo século. O envelhecimento, não é problema, e sim, vitória. Problema será se as nações desenvolvidas ou em desenvolvimentos não elaborarem e executarem politicas e programas para promoverem o envelhecimento digno e sustentável e que contemple as necessidades do grupo etário das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Berzins, (2003)

Existem diferentes modos de envelhecer, as diferenças na inserção no processo de produção e reprodução social e diferença de gênero que influenciam diretamente as formas materiais e simbólicas que interferem no envelhecimento de cada individuo.

O processo de mudança desejada representa um longo caminho a ser percorrido, no entanto se o primeiro passo não for dado, nunca se efetivará a transformação almejada.

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