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Resenha de tese: Ser jovem trabalhador

Por:   •  12/11/2018  •  9.608 Palavras (39 Páginas)  •  317 Visualizações

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Destacamos como uma decisão na vida singular de cada jovem está relacionada com as modificações econômicas, políticas, culturais da sociedade em sua totalidade. (pág. 29)

O terceiro capítulo da tese apresenta algumas compreensões teóricas sobre a realidade da sociedade capitalista e suas interferências na vida dos trabalhadores.

No quarto capítulo foi realizada a análise empírica do objeto. Primeiramente apresentando uma análise das esferas jurídicas que legislam sobre juventude, posteriormente apresentados os resultados das entrevistas realizadas com os jovens. Evidenciou também nesse capítulo que legislações para a juventude são elaboradas com base em exigências internacionais que determinam e orientam os países em desenvolvimento a manter a ideia de competitividade.

No quinto e último capítulo, foi ponderado, de maneira detalhada a relação entre o direito ao trabalho e à educação. A apreciação centra-se nos cursos técnico-profissionalizantes dos programas de aprendizagem, no município de Fraiburgo, com base nos relatos dos jovens trabalhadores, que estavam cursando e também aqueles que já haviam terminado.

CAPÍTULO 1

Assim estruturado:

- Concepções de ontologia

- Análise crítica: TRABALHO – EDUCAÇÃO – JOVEM => Conjuntura capitalista.

Inicia o primeiro capítulo salientando como irá se estruturar as análises desse primeiro momento. Iniciando com a concepção de ontologia, para que, posteriormente seja apresentada uma análise reflexiva sobre trabalho, educação e jovem na conjuntura social capitalista.

Compreende como fundamental o conhecimento da complexidade social para melhor compreender a realidade em que nos inserimos. Nesse ponto, apresenta a necessidade de um estudo teórico para a compreensão do fenômeno social.

As classes dominantes se utilizam da análise da história para subsidiar o alargamento de suas ações.

Apresenta citações de Mészáros e Thompson que apresentam explicações sobre como a classe dominante deturpa a compreensão da história, principalmente quando se defronta com momentos de riscos elevados. Possuem o objetivo de "comprovar" que a ordem social se trata de uma ordem natural, supostamente inalterável.

Na concepção de Thompson, a função do do pesquisador é de estruturar sua análise na compreensão de que todo momento histórico (presente) se trata de um resultado de processos anteriores e índice de direção de seus fluxos futuros. Dessa forma, cabe ao pesquisador direcionar sua análise para a compreensão proveitosa da realidade histórico-social.

Na concepção de Marx, não há espaço para casualidade ou sorte fortuita na construção de sua história pelo homem, há circunstâncias que envolve todos os sujeitos incluídos no processo da história.

O instrumento deve ser um instrumento para compreensão do passado, para que com isso seja possibilidade ao homem a transformação social no presente. Thompson afirma que a explicação histórica apenas revela o porque os acontecimentos se processaram de determinada maneira, mas não tem por finalidade dizer de que maneira ela deveria ter sido processada.

A autora coloca como fundamental para o intelectual a consciência na escolha do referencial teórico que fundamenta sua teoria na tentativa de compreensão coerente da sociedade contemporânea.

A escolha com coerência desse referencial possibilita a construção de uma atitude crítica diante das realidade social e do desnudamento da lógica do discurso dominante.

Para compreender o mundo social, segundo Moraes (2007), é necessário indentificar as estruturas em funcionamento que geram os eventos, as aparências e os discursos. O pesquisador tem essa tarefa como primordial.

A compreensão da história através do marxismo permite que se observe o fenômeno social para além da mera aparência, compreendendo o presente como transição entre passado e futuro.

[...] em relação ao futuro são os próprios homens que fazem a sua história; que eles mesmos e o sistema de relações em que vivem com seus semelhantes são produtos da sua própria atividade; que todos os conteúdos e formas do futuro resultam e resultarão do concreto vir-a-ser da humanidade, independentemente do fato de que este processo ocorra com verdadeira ou falsa consciência (LUKÁCS, 2009, p. 219-220).

1.2 ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO NO MODO DE PRODUÇÃO DO CAPITAL

A sociabilidade capitalista apregoa a ideia de que todos todo ser humano tem responsabilidades diante da sociedade, criando a ideia de sociedade humanitária. No entanto, a sociedade industrial explora a força de trabalho, o meio ambiente e por trás de algumas ações mínimas tenta evidenciar a ideia de responsabilidade social. Com os avanços tecnológicos, a indústria necessida de força de trabalho a cada dia mais qualificada e os trabalhadores buscam essa profissionalização para vender sua força de trabalho.

A sociabilidade com essa classe capitalista hegemônica atrelada às políticas governamentais, peça fundamental nesse processo, contribui para a formação de seres humanos úteis para atender o desenvolvimento dessa sociedade. As ideias de funcionamento dessa sociabilidade são internalizadas desde o nascimento em todas as fases da vida do sujeito pela família, escola e religião, etc.

Para Lukács, a educação desempenha, de fato, esse papel de orientar o educando para possibilidades consideradas socialmente importantes. Em todas as etapas da vida a educação funciona assim.

Na atualidade, a educação assume o sentido de tornar o ser humano útil para o processo produtivo. Desenvolvendo forças produtivas, tendo a educação o papel de assumir características que dê conta de atender as exigências do sistema.

Na compreensão de Marx, a educação na sociabilidade capitalista é um meio de subsistência do trabalhador para a reprodução da classe trabalhadora. Não há a possibilidade de que a educação assuma um papel de transformação social sem que antes o processo de produção de determinada sociedade seja transformado. Compreende-se, portanto que, o capital utiliza-se de manobras para sustentar crenças de somente com qualificação o trabalhador pode vir a garantir perspectivas atraentes na busca pelo trabalho.

A autora percebe que, para a classe capitalista, a educação pe estudada e compreendida

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