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Paralelo entre Auguste Comte e Emile Durkheim

Por:   •  11/4/2018  •  1.058 Palavras (5 Páginas)  •  373 Visualizações

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coletiva, nos dando orientações em termos de moral e comportamento nessa vida em sociedade. A todas essas informações ele chamou fatos sociais, apontando-os como verdadeiros objetos da sociologia.

O princípio da sociologia para Durkheim era estudar os fatos sociais como coisas. Ele relatava que a vida social pode ser analisada da mesma maneira que os objetos ou fenômenos da natureza. Para ele, a sociologia devia se preocupar intelectualmente com o estudo de fatos sociais, que são aspectos da vida social que constroem nossas ações, e como exemplo temos o estado da economia e também a influência da religião. Segundo Durkheim, os fatos sociais são os nossos modos de agir e pensar externos aos indivíduos, e supõe que eles tem sua própria realidade à margem da vida das percepções de pessoas individuais. Ele procurava acreditar que o sociólogo precisa ter certa distância de seu objeto de estudo, mantendo-se isento de sentimentos como paixão, desejo ou preconceito.

Em seu livro Le Suicide (1897; O suicídio), tentou mostrar que as causas do suicídio têm fundamento social e não individual. Sua teoria embasa-se inclusive em observações do âmbito religioso, uma vez que ele percebe que o índice de suicídio entre protestantes é maior do que entre o católicos, independente da região do suicida. Assim, surge uma possível teoria de que há então um menor controle sobre os fieis, controle social que para ele é também o papel da igreja e da religião. Dessa forma ele busca demonstrar como a causa dos índices de suicídio podem ser sociais. Descreveu três tipos de suicídio: o egoísta, em que o indivíduo se afasta dos seres humanos; o anômico, originário, por parte do suicida, da crença de que todo um mundo social, com seus valores, normas e regras, desmorona-se em torno de si; e o altruísta, por lealdade a uma causa.

Assim como a maior parte dos pensadores da sociologia, Durkheim se preocupava com as mudanças que transformavam a sociedade em sua época. Se interessava pela solidariedade social e moral. Ele contrastou dois tipo de solidariedade: a mecânica e a orgânica, e as relacionou com a divisão do trabalho. Durkheim argumentava que a especialização e divisão de tarefas e a crescente diferenciação social levava a uma nova ordem, caracterizando a solidariedade orgânica. A solidariedade mecânica baseia-se no consenso e na similaridade de crenças. As relações de reciprocidade econômica passaram a substituir as crenças compartilhadas para criar o consenso social. Assim, podemos afirmar que a solidariedade social para Durkheim se daria pela consciência coletiva, pois essa seria responsável pela coesão entre as pessoas.

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