JUDÔ : “EDUCAÇÃO, FILOSOFIA E ESPORTE.”
Por: Jose.Nascimento • 8/4/2018 • 1.579 Palavras (7 Páginas) • 363 Visualizações
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Neste sentido o judô, proporcionando situações onde são exigidos autocontrole e a reflexão, torna-se um modelo cuja preocupação não se assenta nos modelos relacionais vividos nas atividades de jogos e esportes competitivos dentro do espaço escolar, onde a valorização excessiva no ato de vencer o outro em detrimento da valorização do ambiente lúdico-criativo reproduz a prática cotidiana. No projeto o ambiente lúdico-criativo apresenta um modelo que direciona as intencionalidades dos jogadores para outros tipos de reconhecimento e valorização da sua prática corporal.
No dojô, a criança aprende a conhecer-se, a discernir os seus defeitos e as suas qualidades. Aprende, sobretudo a disciplina e o gosto pelo esforço. Aprende a estimar os companheiros, a progredir com eles; encontra um escape para a sua energia, e sua turbulência e a sua agressividade. (ROBERT, 1976, p.488).
Esta análise bibliográfica inicial identifica alguns aspectos iniciais do problema, o judô é sabidamente benéfico, foi criado enquanto esporte, e educação, seja física ou filosófica. Sendo assim transita nestes dois universos, dentro da escola e fora dela, na educação formal, e não formal, resta-nos saber que o Dojô Harai Goshi, como local de prática e treinamento se constitui em todos os aspectos em um espaço de educação não formal e de que maneira se enquadraria em um modelo de educação formal, segundo o eixo orientativo da teoria de Maria da Gloria Gohn, no que diz respeito aos conceitos de educação formal e não formal.
3- OBJETIVOS DA PESQUISA
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3.1 OBJETIVO GERAL
Compreender como o ensino e a prática dos aspectos lúdicos, pedagógicos e filosóficos do judô, dentro do projeto”Harai Goshi” ofertado pela Associação Harai Goshi e pela Federação Goiana de Judô (FEGOJU), constituem uma praxis educacional e social transformadora e como local de prática e treinamento se constitui em todos os aspectos em um espaço de educação não formal e de que maneira se enquadraria em um modelo de educação formal.
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3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Delimitar dentro do ensino e prática do judô no projeto “Harai Goshi” quais são os principais aspectos pedagógicos, lúdicos e filosóficos compõem a base educacional do esporte.
- Descobrir qual é o propósito das atividades que os praticantes de judô desenvolvem durante o processo de formação judoístico.
- Evidenciar qual o significado da prática judoística na formação social humanizadora.
- Entender qual o significado das relações sociais estabelecidas pelas crianças e jovens praticantes do judô no “Projeto Harai Goshi”.
- Entender como este espaço de vivência desta prática (dojô), se insere em um contexto não formal de educação e também formal.
- Compreender como a intencionalidade da mudança de comportamento se estabelece dentro da prática judoística cotidiana.
4- JUSTIFICATIVA
No dojô, a criança aprende a conhecer-se, a discernir os seus defeitos e as suas qualidades. Aprende, sobretudo a disciplina e o gosto pelo esforço. Aprende a estimar os companheiros, a progredir com eles; encontra um escape para a sua energia, e sua turbulência e a sua agressividade. (ROBERT, 1976, p.488).
A praxis filosófica do judô, sua disciplina, seus elementos lúdicos e pedagógicos, se constituem em um ambiente de educação não formal? Essa praxis pode mudar a condição de violência escolar através da mudança de intencionalidades dos atletas? Como contribui para formação do ser social? A importância dessas perguntas é proporcional ao alcance de suas respostas. No contexto da violência escolar e vulnerabilidade juvenil vivenciada pelas crianças e jovens da região noroeste da capital goiana, a descoberta destas respostas podem se associar a diminuição dos índices aferidos pelo IMB, o início de novos projetos e a saída do projeto de sua incubação inicial para alcançar outros pontos de vulnerabilidade e violência na grande Goiânia e em todo estado de Goiás. Além, claro de um estudo mais aprofundado e sistemático de um novo projeto para talvez, uma pós-graduação.
5- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A presente pesquisa será desenvolvida inicialmente por levantamento bibliográfico relacionado ao tema em questão, análise documental e observação participante.
Em relação aos documentos, primeiramente analisaremos os documentos disponíveis acerca do Projeto “Harai Goshi”, ofertado pela Federação Goiana de Judô e pela Associação Harai Goshi. Em um segundo momento realizaremos entrevistas semi-estruturadas com profissionais envolvidos na execução do projeto bem como aos alunos participantes.
Quanto a observação participante, quando se deseja relacionar alguns fenômenos sociais e codidianos vivenciados por seus atores sociais, torna-se necessário examinar a realidade com proximidade, “de perto e de dentro”, se possível fazendo parte dela. Magnani(2002) traz a relação existente entre investigador e o seu universo de pesquisa em um mesmo plano, de modo a possibilitar, muitas vezes, a revelação de faces obscurecidas quando enquadrados por procedimentos metodológicos menos flexíveis.
Para Oliveira (2006), a pesquisa etnográfica é sustentada por elementos como o saber olhar, ouvir e escrever, que se complementam de forma a transformarem o confronto de informações entre pesquisado versus pesquisador, em um verdadeiro "encontro etnográfico"(OLIVEIRA, 2006, p. 24). Ao considerar atos tão característicos da etnografia, o autor enfatiza a complexibilidade existente entre a mediação cuidadosa das relações que se estabelecem com o campo de pesquisa e a escrita filtrada e minuciosa que deve traduzir essa convivência que, de acordo com Winkin (1998), faz da etnografia ao mesmo tempo disciplina científica e criação artística.
Ressaltamos um dos instrumentos que viabiliza o acontecimento etnográfico, a observação participante. Assim, tal procedimento torna possível investigar uma realidade a partir da convivência e interação com a mesma, fazendo da utilização do corpo não apenas um objeto, mas "instrumento de investigação e vetor do conhecimento"(WACQUANT, 2002, p. 12).
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