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Entrevistas com Expatriados e Repatriados

Por:   •  28/9/2018  •  1.506 Palavras (7 Páginas)  •  273 Visualizações

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Outra característica importante de ressaltar é a relação interpessoal que é necessário ter no Brasil, diferentemente de Nova York que é bem menor, como já foi ressaltado no exemplo do almoço.

Repatriado

- Dados do Executivo

A entrevista com repatriado foi realizada com a Gerente de Recursos Humanos da Unilever, Bárbara Silveira no dia 15 de maio.

A funcionária é solteira e possui 34 anos, formada em administração pela universidade estadual UNESP. Após graduada resolveu prestar trainee na empresa Unilever. Bárbara entrou na empresa em 2005 como trainee da área de RH na função de Business Partner (área que faz o relacionamento de RH com seus clientes, fornecendo suporte aos problemas de uma determinada área da Unilever), no qual essa função proporciona uma rotatividade entre diversas áreas de atendimento.

Durante o seu período de trainee Bárbara se mudou para Valinhos, interior de São Paulo para atender a área de manufatura. Após os três anos como trainee, Bárbara foi promovida a gerente e foi indicada a realizar a função de Business Partner para a área de finanças em Nova Iorque durante o período de um ano, sendo essa a sua primeira expatriação. Logo após esse período, foi expatriada para a Suíça para atender a área de Supply Chain, por um período de três anos. Desde o início da sua carreira, ela passou por diversas mudanças territoriais, em que retornou ao Brasil em 2013 para atender a área de marketing.

- Perfil da Missão do Expatriado

A sua primeira experiência de trabalho internacional ocorreu para Nova Iorque, sendo uma notícia que a deixou surpresa, mas altamente feliz. O processo de expatriação sempre é algo difícil de lidar, mas por se tratar de um lugar “comum” a adaptação foi mais fácil. Devido a própria personalidade dela em não se apegar a cultura brasileira, Bárbara disse que sofreu pouco para se adaptar, um fator que a ajudou muito foi a grande quantidade de estrangeiros em Nova Iorque. Devido ao fato de ser uma cidade muito globalizada o choque cultural não foi tão intenso e existiam muitas outras pessoas na mesma situação, logo ela não se sentia isolada.

O modo de trabalho do Business Partner possui uma vantagem muito grande em termos de adaptação, pois apesar de estar lidando com pessoas, problemas e culturas diferentes os processos de trabalho na área de RH são os mesmos para o mundo inteiro dentro da Unilever, algo que ajudou muito para se adaptar na rotina de trabalho.

- Análise das Diferenças Culturais na Missão Internacional

Com relação à expatriação para a Suíça, Bárbara conta que foi a sua melhor experiência de vida, mas também a mais desafiadora. Se mudar para um país onde as pessoas mantem uma distancia pessoal realmente grande foi difícil, principalmente pelo tempo que ela morou lá. Ela disse que existiam também muitas pessoas dentro da empresa de outros lugares do mundo, mas era diferente de Nova Iorque, as pessoas se tornavam mais fechadas lá. A língua foi um fator desafiador, pois apesar de dentro da empresa todos falarem inglês, em muitos lugares onde ia se falava um alemão modificado. Barbara contou que um momento crítico da sua viagem foi quando apresentou uma crise de apendicite e precisou ser levada ao hospital para operar. Ela conta que teve muito medo, pois não entendia as expressões médicas e foi bastante difícil estar longe da família em momentos como esse.

Apesar das dificuldades, Barbara disse que por conta do tempo que ficou expatriada se acostumou muito bem ao ambiente. A facilidade em viajar e conhecer novos lugares ajudou a diminuir a saudade dos familiares e amigos.

- Conclusão

Em vista a repatriação ao Brasil foi algo difícil de se acostumar. Barbara conta que quando descobriu que iria voltar para o Brasil para trabalhar em São Paulo ficou assustadíssima. O padrão de vida que levava na Suíça era muito superior ao padrão que teria no Brasil, no qual um dos principais fatores que a preocupavam era a violência. Bárbara comprou um apartamento muito próximo ao prédio da Unilever para se deslocar o mínimo possível pela cidade, mesmo ela confessando que não gostava muito do bairro. Fazendo uma comparação com a adaptação que teve que fazer quando foi para a Suíça e a adaptação ao retornar ao Brasil, a segunda sem duvidas foi o mais difícil, por incrível que pareça. O principal fator que ela gostaria de voltar era pela família e amigos e a relação de amizade que o brasileiro possui nas relações pessoais, mas assumiu que preferia levar todos para a Europa do que ter que voltar. Ela citou que é difícil se acostumar com a rotina ruim de São Paulo, principalmente depois de vivenciar uma rotina quase perfeita em termos de funcionamento da cidade, mas que apesar das mudanças esta contente ao retornar ao Brasil.

Questionada se voltaria a viajar

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