Peça de Teatro: Entrevista a Irmã Lindalva em Salvador

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Boa noite...

- Rosalba, o que aconteceu com sua filha?

No ano de 2006, minha filha acordou com dores que o médico diagnosticou como sendo papeira. Com o passar dos dias, ela foi piorando e não conseguia mais se alimentar, definhando aos poucos. Levei-a a um otorrino que constatou a presença de nódulos nas cordas vocais e solicitou uma radiologia de face e depois uma ultrassonografia do pescoço, após esse e outros exames, contatou-se o que para todos nós foi uma enorme angústia.

- O resultado foi: CISTO DE CONTEUDO ESPESSOEM TOPOGRAFIA DA GLÂNDULA PARÓTIDA À DIREITA E LINFONODOMEGALIA CERVICAL LATERAL E BILATERAL.

Isso mesmo. Alba sentia dores, passava mal, não conseguia estudar, não tínhamos condição de arcar com o tratamento. Ela ficou deformada, inchada com tumores, gânglios até no meio do rosto. Minha filha começou a cheirar a cadáver, um odor insuportável. Eu chorava desesperadamente com medo de perde-la.

- Dona Rosalba, onde entra a Irmã Lindalva nessa história?

Então, somos de família protestante, mas na véspera de Alba fazer a segunda biopsia, eu saí do quarto para que ela não me visse chorando. Eu estava olhando pela janela, quando senti como se alguém me chamasse, ao me virar, meus olhos se fixaram na bolsa de minha filha, como se uma força me impulsionasse, encontrei um santinho e uma medalha da Irmã Lindalva, fiquei paralisada por alguns minutos, olhando a imagem dessa mulher que sorria para mim. Senti que ela falava: se você crer, sua filha será curada e todo esse sofrimento passará. Eu respondi: eu creio, eu creio, eu creio. E ela continuou: sua filha não está só. Depois disso, senti uma paz, uma confiança de que minha filha seria curada.

- Deve ter sido um emoção muito grande?

Sim, no dia seguinte, levei-a para fazer o exame. No começo, ela se contorcia toda, depois notei que ela foi se acalmando, justamente na parte em que deveria sentir mais dor, e eu ficava me perguntando o que teria acontecido. Depois, conversando com ela, Alba me disse que sentia a presença da Irmã Lindalva ali com ela.

- Isso é verdade, Alba?

Sim, senti que ela estava ali, lembrei que tinha pedido antes de sair de casa, para que ela intercedesse por mim e eu me acalmei.

- Dona Rosalba, o que aconteceu depois?

A primeira coisa que Alba pediu ao sair do consultório foi para irmos comer em algum lugar. Ela comeu normalmente, sem sentir dor, o pai dela chorou muito. A médica não se conformando, encaminhou-a ao neurocirurgião e ele confirmou: não há nada para operar, não encontro nada.

- E como você contou as outras pessoas?

Há três semanas atrás, durante três dias, mais ou menos, às quatro horas da manhã, eu despertava com Irmã Lindalva sorrindo para mim, no terceiro dia, fui ao colégio de minha filha Instituto Nossa Senhora da Salette, para conversar com um padre, não encontrando-o, sentei-me ao lado de uma irmã e contei.

- Então, para você, foi um milagre?

Sim, um milagre alcançado por intercessão de Irmã Lindalva Justo de Oliveira.

- Esse milagre, pode levar a canonização da potiguar, mas, embora todos os médicos tenham assinado como sendo milagre, uma única médica não assinou, já que a mesma é protestante e não aceita o fato. Rezemos então pela canonização da Beata Lindalva Justo de Oliveira.

Concluiria com o canto de Irmã Lindalva.