África – Séculos VIII ao XV
Por: Salezio.Francisco • 18/10/2018 • 2.599 Palavras (11 Páginas) • 307 Visualizações
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A África do Sul, o Marrocos, o Egito, a Tunísia, a Argélia e a Líbia possuem os melhores indicadores de desenvolvimento econômico. Atualmente, os principais desafios do continente africanos são erradicação da fome, as epidemias, como a AIDS, o analfabetismo - em torno de 40% da população e os conflitos armados, em geral por questões étnicas e religiosas. As religiões mais praticadas são o Islamismo (40%) e a católica romana (15%).
O Antigo Egito é a civilização mais conhecida da África. Por dois milênios os egípcios foram senhores de extensas áreas e as suas obras sobrevivem até hoje e são um verdadeiro orgulho da humanidade
Todavia, qualquer pensamento que se elabore sobre o imenso continente africano deve ser precedido do conhecimento sobre a importância histórica que a região representa para a humanidade: os seus grandes reinos africanos e a sua diversidade cultural.
Foi no continente africano que a Arqueologia registrou a descoberta dos mais antigos fósseis de hominídeos, australopitecos e homens de Neandertal.
A África liga o homem a sua própria origem.
Na História africana, o primeiro contato com os seus reinos foi realizado pelos árabes, no século VII, que estabeleceram fortes laços comerciais no continente e levaram uma nova religião: o islamismo. Os costumes religiosos africanos devotavam, principalmente, aos elementos naturais a sua fé. O comércio foi sendo intensificado e a relação dispunha os escravos, o marfim e a noz cola trocados pelos tecidos árabes, as pérolas e o cobre. Nessa fase, a África experimentou um período de prosperidade, destacando três grandes reinos: Songhai, Ghana e Mali. Songhai assumiu o califado do Sudão; Ghana, possuidora de minas de ouro, organizou-se politicamente e administrativamente, elaborando um sofisticado sistema tributário, pecuário, agrícola; Mali, comparado aos outros dois, foi o mais extenso territorialmente, e no século XIV, controlava as rotas do comércio transaariano – costa sul-norte.
A partir do século XIX, missionários europeus e também dos EUA iniciaram no continente africano um processo de evangelização. Destacava-se, nas missões na região dos lagos, o ensino à população livre de confecção dos produtos de exploração, pois eram abolicionistas e defensores do trabalho assalariado, alinhados com as diretrizes do Congresso de Viena - conferência diplomática, em Viena, na Áustria (1814-1815). Em comum, a evangelização protestante como a católica tinha o objetivo da conversão dos africanos ao cristianismo e cooptação à cultura estadunidense e europeia, apontando a separação do secular e espiritual, oposta à crença africana.
- O ISLAMISMO
A palavra Islã significa submissão a Deus. Significa dizer que aquele que acredita no Deus o único e se submete a ele é um islâmico. Esta religião herdou este elemento do Deus único da tradição Judaica e também na tradição Cristã. Assim, aquele Deus único que criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, criou o paraíso e todos os outros desdobramentos que estão presentes na Bíblia é o mesmo Deus único cultuado pelos judeus e pelos cristãos, e é o mesmo Deus dos islâmicos. A única diferença é que os islâmicos ao se referirem a Deus utilizam a palavra Allah que é Deus em árabe. Allah não é nome próprio é Deus em árabe.
O Islamismo tem uma diferença muito importante em relação ao judaísmo e ao cristianismo. Tanto o judaísmo, quanto cristianismo são religiões messiânicas, e quer dizer que nessas religiões se acredita na ideia que Deus enviará um Salvador. No caso do judaísmo esse Messias ainda não veio e no caso do cristianismo esse Messias é Jesus de Nazaré. O nome mais relevante dessa religião, o Profeta Mohammed não é o messias dos islâmicos é o intermediário da palavra de Deus com os homens, que recebeu as revelações a partir mensageiro, o anjo Gabriel.
Todos os personagens do antigo testamento são respeitados e reverenciados pelos islâmicos. No caso do novo testamento, os islâmicos acreditam que Jesus de Nazaré também foi um profeta e também trouxe a mensagem de Deus.
As pessoas que se uniram se organizaram e ficaram próximas de Mohammed, acabaram conhecidas como crentes aqueles que acreditam no Profeta e no Deus único, são referidos em árabe como os muçulmanos.
O islã se desenvolveu quando o Profeta Mohammed começou a fazer pregações em um dos centros mais importantes da Arábia Saudita que era a cidade de Meca. Era um grande centro comercial que também acabava atraindo vários peregrinos, por conta de uma grande pedra negra, a chamada kaaba.
Quando Maomé começou a fazer as suas pregações, acabou criando uma série de atritos com os mercadores que viviam ali em Meca, exatamente porque eles também trabalhavam com produtos ligados as outras práticas religiosas pré-islâmicas. Os mercadores se organizaram e expulsaram Maomé da cidade de Meca. Esse episódio é chamado de Hégira: a fuga de Maomé de Meca para Medina - ano I do calendário islâmico e o ano 622 do calendário cristão.
Mohammed ficou alguns anos em Medina, organizou um exército, voltou para a cidade de Meca, conseguiu derrotar os mercadores que o haviam expulsado alguns anos antes, e destruiu vários símbolos das outras religiões, mas ele preservou a Kaaba, a grande pedra negra, porque obviamente ele achava importante que as pessoas continuassem peregrinando para a cidade de Meca e assim ele poderia fazer as suas pregações.
Quando o Maomé morreu, surgiu a questão do sucessor, pois ele não deixara muito claro quem o seria. Ocorreu a disputa entre vários grupos para saber quem é que iria continuar liderando a religião e desses vários grupos dois se destacaram. Um dos líderes que se dizia sucessor de Mohammed era seu primo, aliás, casado com sua filha Fátima, que se chamava Ali.
Ali dizia que para ser sucessor de Maomé era muito importante ter um laço de parentesco, ter o seu sangue. As pessoas que estavam em torno de Ali, acreditavam que os membros da família de Maomé tinham uma ligação direta e diferente com Deus. Aqueles que acreditavam que Ali era o legítimo sucessor de Maomé ficaram conhecidos exatamente pelo nome de seguidores de Ali – os xiitas.
Outros pensarão em afinidade com o sogro de Maomé - Abu Bakr. Ele defendia que para ser o sucessor do Profeta, não precisava ser parente de sangue, precisava ser um homem honrado correto e honesto.
Como vários personagens da Bíblia estão ali com a sua história contada - a história do Davi, Noé,
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