Resenha sobre La Sagrada Famiglia

...

a modernidade necessária para encontrar essa atitude. Em Barcelona, na chácara Miralles Gaudí adota uma atitude distinta, abandonando os estilos históricos e utilizando uma forma absolutamente livre: a sinusóide O Park Güell é o maior exemplar dessa nova atitude, distinta, nova, particular que caracteriza sua maturidade como arquiteto. Momento em que a sua contribuição original para o Modernismo Catalão começa a desabrochar.

Gaudí se destaca pela sua atenção à natureza e à importância que atribuía às formas geométricas. Em relação ao Templo da Sagrada Família, considerará sua mudança como se fosse uma intervenção, como se a cripta neogótica fosse gótica e houvesse a necessidade de uma intervenção mais atual. Quando assimila esses conceitos de Viollet-le-Duc, Gaudí é jovem e racionaliza esses conceitos para colocá-los em prática.

No projeto do Templo da Sagrada Família, Gaudí tem uma concepção muito ambiciosa, provocando um alto custo e lentidão na execução das obras. Durante uma crise econômica que forçou a suspensão do trabalho em 1914, procurou contribuir pessoalmente para o custeio da obra. Acompanhar tão de perto a obra da Sagrada Família estimulou o arquiteto a repensar todos os aspectos da cultura artística e tecnológica que tinha assimilado. O seu objetivo era preparar uma continuação racional da igreja, que para ele estaria concluída dentro de duzentos anos.

Gaudí morre em 1926, com setenta e quatro anos. Teve êxito ao explorar a arquitetura no âmbito ecológico e em seus profundos significados. Sua contribuição, envolve a arquitetura do edifício individualmente e sua relação com a paisagem. Há também em sua obra, uma sacralidade intensamente carnal.