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Guerras do Alecrim e Mangerona

Por:   •  25/9/2018  •  1.017 Palavras (5 Páginas)  •  284 Visualizações

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- Semicúpio é a personagem que, no contexto desta peça, mais remete para a Comedia dell’arte: esta personagem pressupõe um jogo muito físico do actor – podendo até ter alguns traços em comum com a figura do Arlequim. (Esta necessidade de um jogo físico é comum a todas as personagens, mas mais evidente nesta).

Temas Tratados

Os temas tratados na peça estão relacionados directamente com o retrato social da época, sendo neste âmbito o dinheiro de realce primordial, uma vez que grande parte das relações entre as personagens é baseada nele como, por exemplo:

- Gilvaz, assim como Fuas, é um fidalgo apenas de título, isto é, as suas riquezas não passam de “quintas na semana que ficam entre a quarta e a sexta, que demoram 24 horas a atravessar”. Assim, a sua relação com Semicúpio pode resumir-se a um “faz-me este favor que assim que caçar o dote de D. Clóris serás recompensado”. Não quer isto dizer que não ame Clóris, mas sim que o factor monetário está sempre presente. Gilvaz e Fuas representam uma nobreza sem poder económico;

- Até ao momento que a imagem de D. Tibúrcio é manchada, o tema de conversa mais corrente entre ele e seu tio é o do dote.

Agora, num âmbito somente do retrato social, outra figura visada pela visão subversiva da realidade de António José da Silva é a do médico (satirizado pelo “faz-de-conta” de Semicúpio, D. Gilvaz e D. Fuas aquando da “doença” de D. Tibúrcio).

Conclusão

António José da Silva é um clássico da literatura dramática portuguesa, e como tal é representado com alguma frequência em Portugal. As Guerras do Alecrim e da Manjerona é uma ópera joco-séria que vive dos amores de dois fidalgos por duas donzelas de ranchos carnavalescos rivais (Alecrim e Manjerona) no séc. XVIII, sendo feito um retrato social nesta mesma peça.

Este autor pegou em assuntos de carácter social de forma a torná-los cómicos (risibilidade) para que fosse aceite, dado que, na altura, era proibido escrever sobre assuntos que refletissem a sociedade.

Bibliografia

http://purl.pt/922/1/cronologia.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Jos%C3%A9_da_Silva

SILVA, António José da. Guerras do Alecrim e Manjerona: ópera joco-séria. – Porto: Círculo de Cultura Teatral, teatro Experimental do Porto, imp. 1963.

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