Considerações sobre o Ecletismo na Europa

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A expansão da produção industrial acabou por influenciar também a arquitetura, introduzindo o ferro em elementos construtivos, que, segundo o autor, ignoram a relação entre utilidade e beleza e são completamente estranhos às formas e às proporções características dos estilos e das ordens arquitetônicas. Realmente, a introdução desse material nas reproduções de objetos antigos cria um distanciamento ainda maior, além do que já foi citado. No entanto, a busca por maior qualidade histórica passou a crescer e passou a exigir dos profissionais estudos arqueológicos totalmente novos e, como diz Luciano, “um novo modo de fazer história”. Inclusive foi nesse período que se iniciou uma consciência da necessidade de proteção dos monumentos antigos. Graças a exigências como essas, atualmente tem-se conhecimento arquitetônico tão grande da antiguidade, ainda que todos os dias sejam descobertas novas informações.

Como não poderia deixar de ser, com problemas jamais enfrentados pela cidade, o urbanismo desenvolveu-se de forma complementar ao historicismo arquitetônico. Neste período, o urbanismo tratou de dois principais temas: a intervenção na cidade preexistente de forma a melhorar as questões de higiene e de melhor deslocamento, alargando ruas, destacando os monumentos já existentes, criando grandes bulevares; e a determinação morfológica do crescimento da cidade, principalmente sobre os principais bairros e no que diz respeito à hierarquia estrutural, mas que no final das contas não se ateve a todas as regras, criando cidades vivas.

Patetta conclui dizendo que, apesar do que a cultura eclética construiu pareça inaceitável, é a última parte da cidade de valor indiscutível, e por isso deve-se estudá-la para poder formular novas ideias e defendê-la das agressivas especulações imobiliárias que podem querer destruir este patrimônio.