Relatorio Papel Reciclado

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Adicionou-se um pouco de corante à mistura. Despejou-se uma determinada quantidade da mistura sobre o molde e sobrepôs-se o outro molde (similares a duas peneiras) por cima, pressionou-se esses moldes para que fosse retirado o excesso de água, depois pressionou-se o molde com papel toalha dos dois lados para retirar o excesso de água.

Figura 1: Prensagem da polpa com os moldes

[pic 2]

Retirou-se o papel do molde cuidadosamente com o auxilio de uma espátula, esse papel foi colocado sobre um papel toalha, foi pesado e deixado secar na estufa.

Após foram cortados 3 pedaços do papel seco em dimensões aproximadas a 1cm², com o intuito de calcular a gramatura do papel. Cada pedaço de papel foi pesado e depois calculou-se a massa pesada em relação a área (g/m²).

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao recolhermos o papel reciclado junto ao papel toalha na estufa, o conjunto foi pesado e foi constatado 2,66g. Como o papel toalha foi pesado anteriormente em 1,28g, logo o papel reciclado produzido pós estufa possui 1,38g.

Figura 2: Papel reciclado após ser retirado da estufa

[pic 3]

A gramatura do papel influencia na qualidade do material impresso. G/M² quer dizer “gramas por metro quadrado” e é a medida que permite identificar a gramatura do papel . Quanto maior o número G/M², mais pesado é o papel. A gramatura interfere diretamente no valor da impressão e na qualidade. É necessário avaliar bem o seu material e o objetivo dele para que ele seja impresso no papel correto. No papel feito em laboratório foram constatados os seguintes valores relacionados a gramatura do papel e podemos observar que os valores são consideravelmente distantes dos ideais para um papel comum (75g/m²) o que pode ser efeito do processo de produção não contar com densidade devida, ou seja, não tivemos controle sobre o grau de ligação das fibras, presença de materiais não fibrosos que preenchem os espaços vazios, e calandragem, além de possíveis erros de precisão em medidas.

Tabela 1: Informações das amostras de papel

Área (m²)

Peso (g)

g/m²

Desvio padrão

Pedaço 1

0,11074

0,0217

0,195

0,004545694

Pedaço 2

0,10573

0,0207

0,1957

Pedaço 3

0,10911

0,0205

0,1875

O papel é composto, quase na sua totalidade, por celulose, componente vegetal extraído da madeira, que possui características higroscópica, a higroscopia é definida como a propriedade que certos materiais possuem em absorver a água proveniente da umidade ambiente.

O teor de umidade do papel afeta as condições do papel e a qualidade da impressão. Se o coeficiente do teor de umidade for muito alto, as margens do papel podem se deformar e ficar onduladas. Além disso, o papel pode enrugar durante a impressão e diminuir a qualidade da impressão, por exemplo, reduzindo a densidade da impressão.

O teor de umidade do papel seco pode ser calculado da seguinte maneira:

X(%) = ((Pinicial - Pfinal) / Pfinal) X 100

Logo, em nosso experimento:

X(%) = ((5,22 - 1,38) / 1,38) X 100 = 278,2%

Assim, conclui-se que o teor de umidade do papel ao ser retirado da estufa é de 278,2%, diferindo em grande escala da umidade ideal dos papéis comuns, cerca de 7%. Isso acontece por a retirada da água da massa ter sido feita com prensagem em telinhas e para a retirada da água utilizarmos papel toalha com baixa capacidade de absorção, enquanto na indústria o processo é feito com prensas com materiais absorventes específicos e com uso de secadores específicos para a evaporação da água do papel.

6. CONCLUSÃO

A reciclagem é um processo fundamental, ela ajuda a manter o equilíbrio ecológico da natureza, uma vez que os objetos sólidos têm longos tempos de decomposição. Como o processo de produção do papel é relativamente simples (para um papel não muito complexo, no caso), é possível realizar um processo de reciclagem com certa facilidade. Através da aula teórica e prática obtivemos uma boa diversidade de experiências o que possibilitou ampliar a consciência sobre as questões relativas ao meio ambiente, já que a educação é o caminho fundamental, o meio único de conduzir a população ao imprescindível grau de sensibilização para proteger e preservar o meio ambiente.

Com a prática foi possível entender que a reciclagem do papel é um muito vantajoso, sendo um processo que ajuda o meio ambiente de diversas maneiras, seja pela redução do volume de lixo, pela redução da quantidade de árvores que serão derrubadas para fazer papel ou pela economia de energia gasta para criar as folhas de papel. Porém em ambientes com poucos recursos, como o laboratório, a qualidade do papel fica comprometida quando comparada com o papel industrial.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GÓMEZ-CORREA, J. A. et al. Condiciones sociales y de salud de los recicladores de Medellín. Revista de Salud Pública, Bogotá, v. 10, n. 5, p. 706-715, 2008.

BARBOSA JUNIOR, J. S. Reciclagem de Papel. 2006. 35 f. Monografia (Especialização em Ciências Ambientais) – Fundação de Ensino Superior de Olinda, Olinda, 2006. Disponível em: http://www.passavante.pro.br/teses/monografia_jose_junior.pdf>. Acesso em: nov. 2016.

NOSSA, V. Disclosure Ambiental: uma análise do conteúdo dos relatórios ambientais de empresas do setor de papel e celulose em nível internacional. 2002. 246 f. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade) – Contabilidade e Atuária, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-21122005-101506/en.php>.