Rochas na construção civil
Por: Evandro.2016 • 30/1/2018 • 2.102 Palavras (9 Páginas) • 379 Visualizações
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O beneficiamento de rochas ornamentais é o processo por qual a rocha passa antes de ser comercializada. São materiais brutos extraídos nas pedreiras em forma de blocos, com dimensões que variam entre 5m³ a 10m³. No processo de beneficiamento ocorre o corte em chapas, por teares e talha-blocos, após será feito o acabamento até sua dimensão final. As rochas ornamentais nada mais são que materiais rochosos naturais submetidos a distintos tipos de beneficiamento ou afeiçoamento, utilizado para exercer uma função estética.
Para a utilização de rochas na construção civil algumas propriedades devem ser apresentadas por elas, bem como o meio físico à que essa rocha foi submetida e as solicitações de uso. O comprometimento da estética e da durabilidade, e, consequentemente implicações de segurança e de ordem econômica são alguns dos problemas que podem vim a ocorrer quando a rocha é mal utilizada.
Propriedades como resistência, durabilidade, trabalhabilidade, estética e seu comportamento nas obras, são avaliadas a partir de outras propriedades, as físicas, químicas e mecânicas, que por sua vez são determinadas por ensaios técnicos.
Na análise de propriedades físicas são levados em consideração a temperatura, umidade, ventos e condições atmosféricas. Essas propriedades são: massa específica, porosidade e absorção de água aparente.
A caracterização de materiais pétreos compreende não só as propriedades físicas, mas também a análise petrográfica, a determinação do coeficiente de dilatação linear, a determinação do valor da compressão uniaxial, ensaios de flexão em três pontos ou módulo de ruptura, a avaliação do índice da resistência ao impacto duro, o percentual de desgaste abrasivo, a determinação do coeficiente de enfraquecimento a partir do gelo/degelo conjugado a resistência à compressão, ensaios de flexão em quatro pontos, a avaliação da propagação de ondas ultrassônicas, o grau de alterabilidade, e a determinação do módulo de elasticidade. (MENEZES et. al., 2005)
Quanto menor a presença de minerais deletérios e do valor dos índices de porosidade, absorção de água, da resistência ao atrito, e do coeficiente de dilatação linear, melhor a rocha será. (MENDES et. al., 2002)
Já a análise petrográfica, permite a identificação de feições que podem constituir fatores negativos ou benéficos ao seu uso. As alterações secundárias e micro fissuramentos, que têm reflexos imediatos na resistência mecânica e química, e consequentemente na durabilidade e estética, são exemplos desses fatores. (MENEZES et. al., 2005)
No ponto de vista tecnológico, é fundamental uma análise da mineralogia, textura e do sistema poroso, este último é o aspecto petrográfico mais significativo, com influência direta na alterabilidade da rocha e no seu comportamento mecânico. (BARROS, 1998).
Muitas rochas estudadas na geologia são utilizadas na construção civil, como a brita (basalto no RS), areia, componentes de mistura cerâmica, pedras de revestimento e matérias-primas da cal e do cimento. E cada rocha possui características importantes, independente da área que é utilizada, e uma dessas características é o formato de cada rocha.
Brita é utilizada em vários locais na construção civil, desde revestimento, estradas e no próprio concreto, por isso seu formato varia bastante desde pequenos grãos a pedras maiores, e essa variação no tamanho da brita, influencia, por exemplo, na resistência, trabalhabilidade, porosidade e número de vazios do concreto, e em fundações o concreto ciclópico vem como meio de diminuir custos do projeto. A ABNT possui uma norma para classificação granulométrica da brita a NBR 7211. Na qual possui as seguintes classificações:
- Rachão: com dimensões entre 100 mm e 150 mm.
- Brita graduada: mistura de tamanhos de zero (0) até máximo especificado com controle de granulometria definida pelo consumidor.
- Brita 0 ou pedrisco: granulometria variando de 4,8 mm a 9,5 mm.
- Brita 1: granulometria variando de 9,5 mm a 19 mm.
- Brita 2: granulometria variando de 19 mm a 25 mm.
- Brita 3: granulometria variando de 25 mm a 50 mm.
- Brita 4: granulometria variando de 50 mm a 76 mm.
- Brita 5: granulometria variando de 76 mm a 100 mm.
- Bica corrida: mistura de tamanhos sem exigência de composição granulométrica com dimensões variando de zero (0) a 50 mm.
- Pó de pedra: fração de finos de britagem, com dimensões variando de zero (0) a 5 mm, com alto teor de finos (máximo de 20%) passantes na malha 200 (0,074 mm).
- Areia de brita: pó de pedra sem partículas abaixo da malha 200 (0,074 mm), sendo a retirada dos finos é feita por lavagem do pó.
Areia também é bastante utilizado na construção civil em revestimentos, pisos e concreto, por isso a forma dele é muito importante na construção, pois a areia varia de grão muitos finos a grãos de 4,75 mm, e essa variação na granulometria influencia em algumas características do concreto como resistência, trabalhabilidade, dureza, porosidade. No mercado o agregado miúdo é encontrado da seguinte maneira:
- Areia grossa – grãos com diâmetro entre 2 a 4mm.
- Areia média – grãos com diâmetro entre 0,42 a 2mm.
- Areia fina – grãos com diâmetro entre 0,05 a 0,42mm.
Em revestimentos as rochas utilizadas são as cerâmicas, os granitos e os basaltos. Suas formas e texturas vão de acordo com o desejado esteticamente, exemplos murros construídos com blocos de basalto.
Portanto, a forma das rochas na construção civil influencia em diversas características do nosso material, como resistência, custos e beleza estética, e é de importância de engenheiros civis e arquitetos saberem usa-las de maneira mais adequada com os seus projetos.
A região do Alto Uruguai tem o solo formado por dois tipos de rochas: Rochas Basálticas e Rochas Areníticas.
As Rochas Basálticas são formadas pela decomposição do basalto que é uma rocha ígnea, ou seja, formada pelo magma vulcânico, de granulação fina e afanítica, quando os cristais não podem ser distinguidos.
Estas são muito utilizadas na construção civil da região.
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