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O ESTUDO DO RIBEIRÃO DAS PEDRAS

Por:   •  14/12/2018  •  4.555 Palavras (19 Páginas)  •  324 Visualizações

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Urbanização é o fenômeno que resulta no aumento da população nas cidades comparado a população que vive nos campos. Na metade do século XX, o Brasil passou por um processo de industrialização, gerando um grande número de deslocamentos da população rural em direção à área urbana.

Como consequência da urbanização desordenada que atinge os municípios despreparados para atender as necessidades básicas dos migrantes, foram causados diversos problemas sociais e ambientais. Dos quais destacamos alguns pontos críticos como o desemprego, a criminalidade, a favelização, poluição do ar, a redução da área permeável através do uso inadequado do solo, a impermeabilização da superfície com asfaltamento, depósito de lixo em locais impróprios, contaminação dos lençóis freáticos, causando inundações pela falta de infraestrutura.

A ocupação desorganizada do espaço geográfico é um grande influente para as inundações causadas nos dias atuais. Os rios têm dois tipos de leito, um principal que é por onde a água corre e um complementar que é preenchido nos períodos de chuva. Com a apropriação dessas áreas, sem haver nenhum planejamento e estudo dos rios, córregos ou ribeirões residentes nesses locais, deixando o ambiente próximo mais propenso a enchentes. Além disso, com as construções dominando o meio em que vive, são removidas todas as vegetações ao redor dos rios, podendo intensificar o processo, uma vez que as vegetações ajudariam a reter parte dos sentimentos que vão para os rios.

A análise acima deixa clara a necessidade da população para que o poder público municipal adote medidas plausíveis com finalidades corretivas e controle dos impactos, de forma que venham a atender um modelo sobre drenagem urbana, que visa ter algo similar ao ciclo hidrológico natural, permitindo amortecer de forma gradativamente as vazões de cheias e uma infiltração de solo.

Para o presente trabalho, foi adotada como estudo de caso a bacia hidrográfica do córrego Ribeirão das Pedras, uma importante sub-bacia do Ribeirão das Anhumas, no Município de Campinas, Estado de São Paulo. Localizada na zona urbana.

Através de pesquisas bibliográficas acerca do tema, levantamentos de campo da área da bacia, além de consultas a moradores da Região, proporcionou uma avaliação desta área da cidade de Campinas no âmbito da drenagem urbana.

Sendo assim, este trabalho permite a identificação e análise de alguns impactos sofridos pelas ações do homem, tendo como objetivo obter dados sobre a referida bacia, podendo incentivar novas pesquisas na região e em outras bacias com características similares, levando sugestões de benefícios à população.

1.1. Objetivo Geral

Avaliar o estado atual do córrego Ribeirão das Pedras em toda sua extensão, analisando a qualidade da água e as redes de esgoto que são jogadas no córrego.

1.2. Objetivo Específico

Realizar uma visita técnica em alguns pontos do córrego para coletar dados.

Bem como pesquisar sobre suas características a fim de relatar os impactos ambientais nesta região devido o processo de urbanização.

1.3 Metodologia

Partimos de dados coletados através de pesquisas bibliográficas realizadas na internet e no conhecimento adquirido em sala de aula, nas disciplinas de Método de Pesquisa e de Hidráulica e Hidrologia Aplicada.

Para atender ao objetivo do trabalho e explicar o assunto pesquisado, foi realizado uma pesquisa de campo. Com a ajuda de uma vara de madeira e uma trena, mediu-se a profundidade e a largura do canal.

1.4 Justificativa

Este trabalho mostra ser de extrema importância, pois através de uma análise detalhada do Ribeirão das Pedras, podem ser desenvolvidos meios de intervenção nas ações do ser humano com o meio ambiente e meio ambiente com o ser humano. Trazendo harmonia dentro do contexto estudado.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definição e caracterização de processos hidrológicos

Atualmente com a globalização da economia, o crescimento populacional nas grandes metrópoles está desestruturado. Além da grande concentração de pessoas, é possível observar uma aglomeração de pobreza e muitos problemas sociais.

Devido os avanços tecnológicos, o índice de desemprego tem aumentado e, a principal consequência desse processo é a desigualdade de terras a qual faz com que as pessoas passem a morar em áreas de perigo, como margens de rios, aumentando assim, os impactos causados pela natureza, ou seja, os desastres naturais.

Os rios são formados por um leito menor, onde a água corre durante a maior parte do tempo, e um maior que é inundado em períodos de cheias, ocupando casas próximas ao local, vilas e até cidades.

Figura 1: características dos leitos de um rio.

[pic 4]

Fonte: uaigente.com.br/o-problema-das-enchentes/ (COLOCAR DATA DO ULTIMO ACESSO)

Os volumes desses rios aumentam devido à grande quantidade de lixos descartados de forma incorreta, que acabam entupindo bueiros que são os responsáveis por conter essa água que eleva o nível do rio.

Áreas de instabilidade, onde ocorrem muito calor e a entrada de frentes frias, provocam chuvas intensas seguidas de inundações, enchentes e alagamentos. Todos estes eventos da natureza ocorrem de formas diferentes.

As enchentes ou cheias são definidas pela elevação do nível d’água no canal de drenagem devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima do canal, sem ultrapassá-la. Ao contrário da Inundação que representa o transbordamento das águas de um curso d’água, atingindo a planície.

No livro “Águas de Chuva – Engenharia das Águas Pluviais nas Cidades”, o autor nos dá a seguinte definição:

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[...] rios e riachos sempre tem enchentes periódicas. Só ocorrem inundações quando a área natural de passagem da enchente de um rio foi ocupada para conter uma avenida (avenida de fundo de vale) ou foi ocupada por prédios. Assim poder-se-á dizer que todo curso d’água tem enchente. Quando inunda é porque a urbanização falhou (BOTELHO,

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