A LOGÍSTICA COMO UMA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A REDUÇÃO DO NÍVEL DE ESTOQUES E CUSTOS

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A metodologia utilizada através de um estudo de natureza descritiva, com base em Boaventura (2004), tendo como objetivo principal analisar e descrever os elementos da Logística como uma estratégia para reduzir os níveis de estoques. As evidências principais do trabalho acadêmico é estudá-lo e, por fim, estabelecer relações entre os gestores e os elementos da Logística para auxiliar a buscar um nível de desempenho elevado dentro da empresa. Junto com as pesquisas e estudos bibliográficos, é possível ter como base resultados que a metodologia proposta trata os assuntos de estoques e custos em empresas que passam a ter uma preocupação nessas áreas.

A perspectiva da pesquisa é o aprofundamento do conhecimento sobre a área e contribuições da Logística, entendendo como a mesma está ligada ao campo estratégico da organização, podendo dessa forma verificar sua relação com as áreas de estoques de maneira que possa apoiar a estratégia de redução de custos e melhoras no serviço do atendimento aos clientes.

Com a finalidade de explanar os assuntos que deram estrutura a pesquisa, este estudo abordará as principais etapas da Logística e os elementos que a compõe junto com o levantamento de informações sobre custos e estoques para que de maneira eficiente consiga atingir o objetivo de reduzir o nível de estoques e de custos gerados nas organizações. Concluindo-se no final com a demonstração de um conceito ou ferramenta utilizada como apoio para fim do processo redutivo de estoques e custos junto ao estudo de caso tomado como exemplo de aplicação real.

- A Logística em uma abordagem histórica

A palavra Logística pode ser encontrada em diferentes formas de definições e conceitos, vai depender do autor e da época que foi dedicada as suas pesquisas e estudos. A Logística originou-se nas organizações militares. Segundo Lívia, Lúcia e Maria (2010, apud SOUZA, 2002), “a Logística originou-se no século XVIII, no reinado de Luiz XIV, onde existia o posto de Marechal – General de Lógis – responsável pelo suprimento e pelo transporte do material bélico nas batalhas”.

Dessa forma pode-se observar que o sistema logístico nessa época foi desenvolvido para facilitar a suprir as necessidades de abastecimento, transporte e alojamento das tropas, proporcionando que os recursos de precisão estivessem no momento e local certos. Formado esse sistema operacional, o mesmo dava acesso à realização das campanhas militares, contribuindo para que as tropas conquistassem a vitória nos combates.

Segundo Ballou (2012, p. 24):

A Logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável.

O objetivo do serviço logístico é proporcionar função de tempo e posição na transferência de produtos e serviços entre vendedor e comprador. Detalhadamente, o serviço logístico é composto por sete objetivos, denominado de condições corretas para esse serviço, sendo assim, são eles: entregar o produto correto, na quantidade certa, dentro do tempo de entrega solicitado, na condição adequada, para o cliente certo, no local especificado e a um custo satisfatório.

Para Ballou (2006) o serviço logístico está relacionado à geração de receitas e, assim, a base na elaboração de uma estratégia da cadeia de suprimentos são os processos da cadeia que visão gerar certo grau de serviço logístico ao cliente. A função Logística procura oferecer um serviço ao cliente de qualidade superior ao dos concorrentes e de baixo custo. Assim, os serviços logísticos têm grande potencial como objeto de diferenciação de uma organização.

De acordo com Christopher (2007, p. 80):

Os custos associados à satisfação da demanda dos clientes podem ser significativos; mesmo assim, para nossa surpresa, nem sempre são plenamente compreendidos pelas organizações. Uma das razões é que os sistemas tradicionais de contabilidade tendem a enfocar os custos do produto, e não os custos do cliente. Embora os custos da Logística variem de empresa para empresa e de um setor para o outro, estima-se que, ao longo de toda economia norte-americana, o custo total da Logística, como uma porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), esteja em torno de 10%. Em outros países os custos são de magnitude semelhante.

A logística compromete uma grande parte dos custos das empresas, sendo assim, o resultado das tomadas de decisões quanto aos processos da cadeia de suprimentos proporciona diferentes níveis de serviços ao cliente, à organização atinge uma condição de ingressar de forma eficaz em novas áreas de negócios, elevando sua fração no mercado, o que faz aumentar assim os lucros. Dessa forma, a redução de custos é obtida através da estratégia voltada para o enxugamento dos custos variáveis relacionados ao transporte e armazenagem.

Segundo Ballou (2012, p. 207):

O problema de estoques não é o mesmo para diferentes firmas indústrias. Como tendência geral, os estoques têm crescido juntamente com as vendas ao longo dos anos. Os estoques das indústrias são, no seu total, muito maiores do que os de varejo e do atacado, sobrepujando-os em termos de valor monetário na razão aproximada de dois para um. Bens não duráveis, como roupas e alimentos, representam cerca de um terço dos estoques totais nas empresas. Bens duráveis, como automóveis, máquinas de lavar e condicionadores de ar, representam os dois terços restantes. Estoques de bens duráveis apresentam oscilações maiores que os estoques não duráveis, uma vez que sua compra pode ser adiada com mais facilidade.

As organizações concedem importância muito diversificada ao elemento estoque. Esse tipo de ação pode ser percebido pela confrontação das vendas com o capital que se encontra paralisado em estoques, ativo-circulante e ativo total de diferentes companhias.

Quadro 01 – Estoque como porcentagem de vendas e do ativo para seis tipos de organizações.

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Fonte: Ballou (2012, p. 207).

De acordo com o Quadro 01, é possível perceber que as organizações que distribuem alimentos possuem porcentagem elevada de seus ativos estáticos em inventário,