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A CONSTRUÇÃO CIVIL: DEGRADAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Por:   •  25/12/2018  •  6.888 Palavras (28 Páginas)  •  445 Visualizações

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Civil no Brasil, foram dados no período colonial com a construção de fortificações e igrejas.

Seu auge foi na década de 1940, no governo de Getúlio Vargas, quando o setor foi considerado um dos mais avançados da época e o Brasil, um grande detentor de tecnologia do concreto armado.

Na década de 70, durante o regime militar, predominou-se o financiamento no setor visando diminuir o déficit de moradia, e as construtoras passaram a construir somente prédios.

Nos anos de 1990, houve a melhoria na qualidade do produto final resultado de uma melhor qualificação de mão de obra.

Enfim, em 2000, surgem maiores informações sobre os impactos ambientais causados e é intensificada a preocupação na preservação do meio ambiente.

5. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Conforme conceito de Sjöstrom (1996), desenvolvimento sustentável pode ser definido como uma forma de desenvolvimento econômico que emprega os recursos naturais e o meio ambiente não apenas e beneficio do presente, mas também das gerações futuras. Tornar nossas formas de desenvolvimento econômico sustentáveis deixou de ser uma bandeira de ecologistas sonhadores para ser um conceito importante na comunidade de nações. A certificação ambiental retratada na série normas ISO 14000 e que já está em implementação no Brasil é a parte mais visível desta mudança.

O CIB (lnternational Council for Building Research and Documentation) colocou entre suas prioridades de pesquisa e desenvolvimento o desenvolvimento sustentável. A European Construction Industry Federation possui agenda específica para o tema. (INDUSTRY & ENVIRONMENT, 1996)

A Civil Engineering Research Foundation (CERF) entidade dedicada a promover a modernização da construção civil dos Estados Unidos, de acordo com Bernstein (1996), realizou uma pesquisa entre 1500 construtores, projetistas e pesquisadores de todo o mundo visando detectar quais as tendências consideradas fundamentais para o futuro do setor, em cuja pesquisa a questão ambiental foi considerada a segunda mais importante tendência para o futuro conforme mostra a figura 01. Embasada nestes resultados a entidade definiu 38 diferentes propostas de pesquisa.

O conceito, a percepção, o entendimento e a aceitação da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável ainda são relativamente pouco conhecidos e só recentemente disseminados. Costanza et al. (2005),traça um paralelo entre os atuais problemas globais, a exemplo de pandemias – AIDS, aquecimento global, consumo de energia, colapso financeiro atual, terrorismo internacional -, e a sustentabilidade, com observação de que, no passado, os dirigentes socioeconômicos eram locais ou regionais, enquanto que na atualidade estamos todos interconectados globalmente, questionando se a presente civilização global se amoldará e sobreviverá com o elevado acúmulo de problemas interligados. Tal reflexão requer um conhecimento novo e mais integrado de como as pessoas interagem umas com as outras, com os recursos, com as outras espécies e com o meio ambiente.

Gera e suscita dúvidas se é possível ainda achar descrentes e desinformados sobre o assunto. Portanto, seria admissível inquirir se sustentabilidade é utopia ou realidade?

Entre o possível e o utópico, Bonilla (2007), parte do conceito registrado no dicionário de que utopia é aquilo que é impossível, considerando o sentido comum das pessoas. Entretanto, argumenta que é possível redefinir o conceito para aquilo que é impossível em um determinado contexto e ressalta que objetos criados pelo homem, sem exceção, foram de início ideias utópicas que se transformaram depois em realidades concretas.

Ao ser inquirido sobre o que é sustentável, Veiga (2008), apresenta três padrões basilares de respostas de outros autores: os que acreditam não existir dilema entre conservação ambiental e crescimento econômico e que imaginam possível combinar essa dupla exigência, embora não exista ênfase científica alguma sobre as condições em que tal conciliação possa ocorrer, os ultra otimistas de que o crescimento econômico só danificaria o meio ambiente até determina o patamar de riqueza, dado pela renda per capita e que, a partir de determinado momento, haveria uma tendência de inversão que levaria a melhorar a qualidade ambiental; por fim, o que se poderia chamar de caminho do meio, que harmoniza objetivos sociais, ambientais e econômicos.

No inerente à sustentabilidade, Brunacci &Philippi Jr (2005) em referência à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Humano, ocorrida em Estocolmo em 1972, proclamam que (Declaração nº 1) “O homem é, a um tempo, resultado e artífice do meio que o circunda , o qual lhe dá o sustento material e o brinda com a oportunidade de desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente”.

6. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A palavra “sustentabilidade” é, sem dúvida, uma das mais faladas e comentadas neste novo milênio e, não por acaso, esse conceito tem invadido as mais diversas áreas do conhecimento e setores da economia. Na construção civil, a partir da utilização de novos materiais que gerem o menor impacto possível ao meio ambiente e contribuam para o conforto térmico ou a redução do consumo de energia, não é diferente, e há inúmeros exemplos de novos materiais e tecnologias com essa finalidade.

Uma das inovações resultantes de pesquisa são os Materiais de Mudança de Fase (PCM, na sigla em inglês), ou materiais termo-ativos, que atuam no isolamento térmico e armazenamento de energia, por meio da utilização de parafinas microencapsuladas que podem ser dispersas em rebocos de revestimento, a fim de garantir o conforto térmico e reduzir o consumo de energia nas edificações. Isso é possível a partir do acúmulo energético da fusão das parafinas. Para Vanessa Gomes, professora da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), essa tecnologia, atualmente, apresenta ganhos ambientais e econômicos. “Ela começou muito cara, mas já há pesquisas que conseguem baratear os custos”, aponta.

Outro exemplo de como a sustentabilidade pode trazer benefícios ao meio ambiente urbano e a seus habitantes são as coberturas verdes, construções em que as tradicionais coberturas de telhas são substituídas por vegetação. Esse tipo de construção proporciona o combate às ilhas de calor urbano, absorvendo gases do efeito estufa emitidos

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