ANALISE COMPARATIVA DE RESÍDUOS ENTRE OS SISTEMAS LIGHT STEEL FRAME E CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL EM ALVENARIA

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O método Light Steel Frame (LFS) consiste em um esqueleto estrutural em aço galvanizado, o qual apresenta vários elementos individuais interligados, esses em conjunto dão forma às edificações e resistem as cargas da mesma. Sua utilização é uma alternativa para diminuir os impactos ao meio ambiente e que implementa baixo custo, rapidez e flexibilidade (FREITAS E CRASTO, 2006; PEDROSO, 2014).

Neste contexto, o objetivo deste estudo é comparar quantidade de resíduos produzidos em dois sistemas, o LFS e a construção convencional, levando-se em consideração a sustentabilidade da construção.

REFERENCIAL

O termo desenvolvimento sustentável surgiu a partir de estudos da Organização das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, como uma resposta para a humanidade perante a crise social e ambiental pela qual o mundo passava a partir da segunda metade do século XX. Cada vez mais adotado pela sociedade e aplicado às mais diversas áreas de conhecimento, o termo sustentabilidade se refere ao desenvolvimento das atividades humanas e ao atendimento às suas necessidades sem comprometer as gerações futuras abrangendo não somente as questões ambientais, mas também sociais e econômicas (CMMAD, 1991).

O desenvolvimento sustentável na construção civil busca soluções que atendam às necessidades dos clientes, suas restrições orçamentárias e o conforto dos usuários, prezando pela racionalidade na utilização de recursos naturais. Neste contexto, o sistema construtivo Steel Frame vem se desenvolvendo, cada vez mais, no mercado brasileiro (PAULA, 2016). Caracterizado por ser um sistema totalmente reciclável, o qual utiliza de produtos sustentáveis, (VIVAN; BURSTRAND,1998).

O sistema construtivo Light Steel Framing também conhecido como construção LSF, estrutura em aço leve ou sistema autoportante em aço de construção a seco, faz parte do sistema CES (Construção Energitérmica Sustentável). É uma denominação empregada internacionalmente para definir o material construtivo que utiliza o aço galvanizado como principal elemento estrutural, gerando elementos de baixo peso (PEDROSO,1994).

O sistema caracteriza-se por um esqueleto estrutural em aço galvanizado e por componentes e subsistemas interligados que viabilizam a execução a seco e de grande rapidez, devido as suas características (GOMES, 2007). Porém o sistema se diferencia dos sistemas hi-tech, pelo fato do esqueleto estrutural não ser visível, assim, assemelhando-se a construção convencional, característica a qual é de agrado do cliente. (CRASTO, 2005).

O seu uso representa uma solução alternativa cada vez mais interessante frente à necessidade de industrialização e racionalização da construção, tendo em vista que o Brasil é um dos maiores produtores de aço, a construção civil ainda é predominantemente artesanal, caracterizada pela baixa produtividade e principalmente pelo grande desperdício de materiais. (TECNE, 2008; HASS E MARTINS, 2011).

Segundo Crasto (2005) e Vivan (2011) o LFS tem como principais vantagens:

- O alto rigor no controle de qualidade uma vez que são produtos industrializados;

- A maior leveza de seus elementos propicia à montagem, manuseio e transporte uma fácil execução;

- Suas estruturas propiciam grande durabilidade e longevidade estrutural;

- Alta precisão dimensional e desempenho estrutural;

- Rapidez na construção, uma vez que há fácil execução das ligações;

- Maior acessibilidade nas instalações elétricas e hidráulicas, quando utilizado em conjunto com o gesso acartonado;

- Grande flexibilidade no projeto arquitetônico;

- Redução na utilização de recursos naturais, por se tratar de uma construção a seco e o aço ser reciclável;

- Menos resíduos;

- Menor valor, principalmente comparado com a construção em alvenaria.

A principal desvantagem é quanto ao seu emprego, uma vez que o fato do mercado ainda apresentar resistência a mudança faz com que determine as demais desvantagens, pois ainda não é encontrado os materiais necessários em grande escala e uma mão de obra limitada (PENAZZI, 2014).

METODOLOGIA

Este artigo será elaborado através de uma pesquisa exploratória. As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. De todos os tipos de pesquisa, estas são as que apresentam menor rigidez no planejamento. Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. Procedimentos de amostragem e técnicas quantitativas de coleta de dados não são costumeiramente aplicados nestas pesquisas (GIL, 2008).

Esta pesquisa foi realizada através de trabalhos científico-acadêmicos. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas (GIL, 2008).

A comparação tem como objetivo identificar um possível método para substituir a construção convencional, levando em consideração as questões ambientais, devido à necessidade atual de métodos mais sustentáveis, apresentando as vantagens das construções estilo Steel Frame em relação às construções convencionais.

RESULTADOS

A alvenaria é datada cerca de 9.000 a 7.000 a.C., quando se tem o início das primeiras civilizações. O início ocorreu devido a necessidade de abrigos, uma vez que os seres humanos pararam de ser nômades e começou a permanecer em um determinado local. No Brasil o sistema em alvenaria ainda é o mais utilizado, porém com maior emprego do nível tecnológico.

Esse sistema é realizado por meio da sobreposição horizontal de pedras naturais, tijolos ou blocos unidos entre si, com ou sem argamassa de ligação, os quais irão formar paredes e muros, o conjunto será rígido e coeso (MARTINS, 2009). A construção convencional tem como principais vantagens e desvantagens:

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