RELATÓRIO DE ESTUDO DE CASO DE FORMAS E ESCORAMENTOS DE MADEIRA

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OBJETIVO

O objetivo deste relatório é aferir eventuais equívocos construtivos e analisar se o uso das formas e escoramentos de madeira na obra em estudo atende às especificações técnicas e econômicas.

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material e métodos

As formas de madeira são difundidas principalmente em obras de pequeno porte, as razões principais do uso desse sistema são a fácil adaptação da forma a qualquer tipo de estrutura e a relativa facilidade em sua fabricação, porém apresenta desvantagens como: pouca durabilidade, baixa produtividade na montagem e desmontagem, execução demorada, pouca resistência nas ligações e emendas e grandes deformações quando submetidas a variadas e bruscas mudanças de temperatura e umidade. (SH FORMAS, ESCORAMENTOS E ANDAIMES, 2008)

Geralmente são usadas chapas de compensado e/ou tábuas de madeira de variadas dimensões para confecção das formas. A escolha da qualidade e da bitola das tábuas interfere no dimensionamento das fôrmas: quanto menor a resistência das tábuas, maior a quantidade de peças para estruturá-las. O tipo de madeira também interfere na qualidade das formas executadas. O SH Formas, Escoramentos e Andaimes (2008) recomenda o uso de pinho, cedrinho, jatobá ou peroba, pois apresentam boa resistência. Outro tipo muito utilizado na construção civil é o Pinus, porém apresenta menor resistência se comparado às demais madeiras.

A madeira utilizada para a confecção das formas e das escoras na obra em estudo é o Pinus (Figura 1) que apresenta resistência à compressão (fc0k) de aproximadamente 40 MPa e resistência ao cisalhamento (fv0k) de aproximadamente 07 MPa. (ABNT NBR 7190:1997)

[pic 1]

Figura 1 – Formas e escoras de madeira Pinus.

Fonte: Arquivo Pessoal/2017

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3.1- Estudo de caso

O estudo de caso foi realizado entre os meses de Agosto e Setembro de 2017 na construção de uma residência na Avenida Jorge Elias Abraão n°83, Bairro São Lucas, em Patrocínio-MG sob a propriedade do Sr. Pedro Felipe Borges.

3.2- Sistemas de formas

Na maioria dos estados brasileiros são utilizadas as formas integralmente feitas de madeira, constituídas de painéis de madeira compensada, tábuas e pontaletes de madeira serrada, ou unicamente com estes dois últimos. Quando bem projetadas e executadas, apresentam excelente resultado técnico e econômico além de já estarem no cotidiano da mão-de-obra existente. (NAZAR, 2007)

O sistema de formas e escoras adotado na obra estudada foi o de formas integralmente feitas de madeira construídas in loco com madeira Pinus pelos carpinteiros e pedreiros. (Figura 2)

[pic 2]

Figura 2 – Local em que as formas de madeira eram feitas pelos pedreiros.

Fonte: Arquivo Pessoal/2017

3.3- Projeto e dimensionamento das estruturas provisórias de formas e escoramentos

A norma brasileira NBR 15696/2009 estabelece os requisitos para os projetos de escoramentos e de formas, não obstante a isso o primeiro aspecto avaliado no estudo de caso foi o fato de não haver projeto de formas e de escoramentos, sendo que estas instalações provisórias não foram dimensionadas, mas confeccionadas a partir da experiência prática de seus executores. (Figura 3)

[pic 3]

Figura 3 – Construção da forma sem projeto específico.

Fonte: Arquivo Pessoal/2017

Bem como qualquer outra estrutura, as formas e escoras também devem ser projetadas, desta forma a NBR 15696/2009 afirma que o projeto de escoramento deve conter os seguintes pontos:

- especificar as cargas admissíveis dos equipamentos utilizados;

- definir clara e exatamente o posicionamento de todos os elementos;

- definir as cargas nas bases de apoio;

- ser detalhado com plantas, cortes, vistas e demais detalhes, de tal forma que não fiquem dúvidas para

A Figura 4 o mostra o uso de escoras de madeira na obra estudada sem terem sido dimensionadas, o que gera desperdício de material e/ou risco de acidentes e danos estruturais.

[pic 4]

Figura 4 – Utilização de escoras de madeira.

Fonte: Arquivo Pessoal/2017

De maneira análoga aos escoramentos, a NBR 15696 também estipula os seguintes pontos para o projeto de formas:

- especificar os materiais utilizados;

- definir clara e exatamente o posicionamento de todos os elementos utilizados;

- mencionar os critérios adotados para o dimensionamento da fôrma, tais como a pressão do concreto, a velocidade de lançamento, altura de concretagem e de vibração, consistência do concreto, metodologia de lançamento etc.;

- ser detalhado com plantas, cortes, vistas e demais detalhes, de tal forma que não fiquem dúvidas para a correta execução da montagem.

Devem ser consideradas todas as cargas permanentes e acidentais para o dimensionamento dessas estruturas provisórias, o cálculo deve ser feito pelo método dos estados-limites e as combinações de carga a serem consideradas devem ser provenientes de construções normais. (ABNT NBR 15696:2009)

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3.4 - Especificações das madeiras

A NBR 15696:2009 considera que as madeiras indicadas para uso em estruturas de formas e escoramentos são as madeiras em bruto e as madeiras industrializadas.

As madeiras em bruto são peças serradas ou