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Projeto de estradas

Por:   •  28/3/2018  •  1.426 Palavras (6 Páginas)  •  356 Visualizações

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Há ainda, as variações desses volumes, cujo as mais importantes ocorrem de maneira cíclica e em função do tempo, são consideradas variações anuais, mensais, semanais, diárias e horárias. Cada uma visa obter informações com relação a períodos com maior e menor fluxo de veículos.

Anualmente pode haver crescimento do fluxo em detrimento do crescimento econômico da região em que estrada está inserida, sazonalmente há as férias escolares que fazem o fluxo aumentar nos meses de junho e dezembro. Semanalmente pode-se verificar que há uma diminuição do volume de tráfego urbano nos fins de semana e pode-se identificar uma variação desse volume durante o dia diretamente influenciado pelos horários de pico.

Outro fator importante para condicionar o projeto é a velocidade, existe a velocidade diretriz e a velocidade de operação. A primeira é a velocidade máxima para o qual a estrada foi projetada e é utilizada no dimensionamento dos elementos geométricos da mesma, o que por sua vez, tem influência direta sobre o custo de construção. A segunda depende das condições de tráfego e é sempre menor que a velocidade de projeto.

O número máximo de carros que podem passar por determinado trecho define a capacidade de uma via de tráfego e é baseado em diversas condições ideais, físicas e de tráfego a serem consideradas. Algumas dessas condições são a largura da via, existência de acostamento, altura livre, rampa máxima de 2%, entre outros. No entanto, para se medir a qualidade de operação de uma via criou-se o conceito de níveis de serviço.

O nível de serviço de uma via é definido pelo escoamento de veículos em função de sua capacidade, os níveis vão de A, a melhor condição, a F, a pior condição de todas (congestionamento).

As estradas de rodagem são ainda classificadas levando em consideração características como a proximidade de aglomerados urbanos, sua função, jurisdição e a classificação técnica ou classe do projeto.

Resumindo, as rodovias podem ser urbanas ou rurais, em relação a sua proximidade a cidades com mais de 200.000 habitantes. Arteriais, coletoras e locais, levando em consideração as características de mobilidade e acesso das vias. Podem também ser classificadas como federal, estadual, municipal ou privada quando se trata do órgão responsável pela estrada.

Por último existe a classificação técnica, que leva em consideração o tráfego que a rodovia irá possuir no 10º ano após sua inauguração, vai da classe 0 a classe IV, possuindo a primeira o mais elevado padrão técnico (vias expressas) e a última os padrões mais baixos (baixos volumes de tráfego).

Os 3 últimos capítulos abordam as características técnicas, o projeto geométrico e o serviço de terraplanagem, trazendo as fórmulas utilizadas para definição dos valores que serão adotados na execução do projeto da via.

As características técnicas da via são o raio mínimo, superlargura, superelevação, distancia de visibilidade de parada e ultrapassagem e rampas máximas e mínimas. A aplicação correta das formulas é de suma importância para garantir a segurança da via pois a adoção de valores errados no projeto pode ocasionar em erros de execução que consequentemente afetaram os futuros usuários.

O dimensionamento das características geométricas de uma estrada consta no projeto geométrico. Nele estão contidos os cálculos para a execução das curvas de concordância horizontal simples, com transição e compostas. Cada tipo de curva tem uma aplicação e possuem elementos próprios de acordo com sua finalidade.

Já no projeto geométrico vertical é tratado o lançamento do greide que está diretamente ligado as rampas máximas e mínimas do projeto, ela segue a parábola resultante da equação Y = k.X2. Seu lançamento deve obedecer uma série de critérios como condições de visibilidade, harmonização entre projeto geométrico horizontal e vertical dentro outros.

Por último é tratado o serviço de terraplanagem que é essencial para que ocorra o serviço de corte e aterro do local por onde a via irá passar, bem como seus acostamentos. A depender das condições topográficas do terreno, haverá seções de corte, aterro ou mistas. A representação gráfica desse serviço é feita através de um corte transversal da via a cada 20 m.

O livro abrange um conhecimento vasto na área de engenharia de estradas e pode servir como consulta para a execução de um projeto geométrico. No entanto, os capítulos III, IV e V parecem ser os mais importantes para a disciplina de engenharia de tráfego pois no que diz respeito as fases de reconhecimento, exploração e cálculos para a execução das estradas são mais específicos da disciplina de estradas e pavimentação. O conteúdo do livro permitiu uma inter-relação entre vários aspectos cotidianos que após a leitura da obra passam a ser vistos com um olhar mais técnico.

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