O Relatório Geologia Estrutural
Por: Kleber.Oliveira • 5/7/2018 • 1.236 Palavras (5 Páginas) • 290 Visualizações
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50 MW quando começar a operar e possui vida útil indefinida. (AMBIENTAL S. E., 2011 apud FUENTES, 2013).
No caso do Brasil, segundo Gomes (2009) apud Arboit et al (2013), devido ao fato deste situar-se no centro da placa Sul-Americana, que tem regime térmico estacionário, apresenta basicamente fontes geotérmicas de baixa temperatura, o que limita sua destinação ao uso direto em indústrias, domicílios, na agricultura e também para fins balneários e turísticos.
O Brasil é rico em recursos hídricos e os utiliza como base da sua matriz energética por meio das usinas hidrelétricas. (CASTRO et al, 2009 apud ARBOIT, 2013). De certa forma, a necessidade e os esforços para desenvolver e promover o uso de energia geotérmica, assim como outras formas de energia, fica em segundo plano.
Para o Chile, o autor aponta que, apesar de seu alto potencial para produzir eletricidade, existem dificuldades para poder aproveitar de forma mais ampla esse potencial geotérmico, como a falta de investigações sobre geologia e geofísica. Conforme Fuentes (2013, p. 09), “a tecnologia disponível no Chile para a exploração desse tipo de recurso” e ainda o baixo investimento em usinas de grande escala são outros obstáculos.
O Brasil possui 25 localidades com potencial de exploração da energia geotérmica de baixa temperatura e apenas uma com potencial para produção de energia elétrica, de acordo com Hamza et al (2010) apud Arboit et al (2013), entre as ilhas de Fernando de Noronha e Trindade. Até 2008, segundo ANEEL (2008) apud ARBOIT (2013), não havia usinas de energia geotérmica funcionando, nem de forma experimental no país.
Os estudos de Alexandrino et al (2012) apud Arboit et al (2013) apontam fontes de alta energia (entre 150 ºC e 180 ºC) no estado de Minas Gerais à profundidades de 3 km e 5 km, mas requerem estudos mais aprofundados para uma possível exploração.
Enquanto isso, o Aquífero Guarani, com reservas à temperatura de até 70 ºC, é o principal objeto de estudo dos investimentos e pesquisas atuais nesta área.
Rabelo et al (2002) apud Arboit et al (2013) apontam que a potencialidade geotérmica do Aquífero Guarani pode ser aplicada em abastecimento público, atividades agroindustriais, processos industriais que exijam pré-aquecimento e como atrativo turístico.
Para a aplicação em edifícios e residências, tanto para o aquecimento de ambientes quanto para o de água, é necessária uma bomba de calor que, segundo Livingstone (2010) apud Arboit et al (2013, p. 163) “extrai calor de um local (a fonte de calor) e o torna disponível para outro local (o dissipador de calor), utilizando um sistema mecanizado”. Bombear o calor do subsolo é vantajoso quando comparado a aquecer ambientes ou água pela conversão de energia elétrica em calor, uma vez que uma quantidade menor de eletricidade é utilizada.(LOBO et al, 2004 apud ARBOIT et al, 2013).
Portanto, é elevada a potencialidade do uso em grande escala de águas de baixa energia para uso direto, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Foram relatadas (HAMZA et al, 2005 apud ARBOIT et al, 2013) duas industrias, nos estados de São Paulo e do Paraná, que já utilizaram água geotérmica de baixa temperatura em suas atividades, mas essa ainda não é uma prática comum no país.
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