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Lagoa de extabilização de suinos

Por:   •  29/3/2018  •  5.806 Palavras (24 Páginas)  •  306 Visualizações

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Revisão bibliográfica

Produção de dejetos de suínos

A suinocultura, com a modernização dos sistemas de confinamento, gera como efluente um resíduo com elevadas concentrações orgânicas, resultante dos excrementos sólidos e líquidos dos animais. A quantidade de excrementos produzida por dia e o teor de umidade variam de acordo com o desenvolvimento corporal dos suínos, o tipo de alimentação, a quantidade de água ingerida e a estação do ano (Silva, 1973). Além disso, o aumento dos resíduos estão ligados à quantia de água adicionada na higienização das baias (Andreadakis, 1992).

Em 1974, Loehr argumenta que a produção diária de estrume úmido está na faixa de 6% do peso vivo do animal, com 75% de umidade, ou seja, produção de 2,7 kg de estrume por dia por suíno de 45 kg. Conrad e Mayrose (1971) encontraram produção de estrume de suínos em crescimento e terminação variando de 5 a 8% do peso vivo por dia, da qual 10 a 15% era matéria seca. Usando média de 6,5% de resíduo e 12,5% de matéria seca por suíno de 45 kg, o estrume e a matéria seca produzidos foram de 2,9 kg e 0,36 kg, respectivamente. Segundo Taiganides (1977), a produção de resíduos de suínos pode ser admitida como sendo diretamente proporcional ao peso vivo do animal. Porém, há uma grande variabilidade nos dados publicados em relação às quantias de excrementos produzidas para todos os tipos de animais. No caso de suínos, a produção de estrume é de 5,1% do seu peso vivo, com uma variação de 20%.

Tabela 1 - Produção média diária de dejetos nas diferentes fases dos suínos.

Categoria

Animal

Peso médio

(kg)

Dejetos produzidos

(kg/dia)

Creche

Crescimento

Terminação

Gestação

Porcas + leitões

Cachaço

16

30

68

125

170

100

1,1

1,9

4,5

4,1

15,0

5,0

Fonte: Merkel (1981)

Em 1983, Overcash et al, através de pesquisas efetuadas sobre carga de resíduo bruto gerada por diferentes ciclos de suínos, elaboraram a Tabela 2.2, a qual indica a DBO5 per capita por suíno em função de sua categoria.

Tabela 2 - DBO5 per capita nas diferentes fases dos suínos.

Categoria

Animal

Peso animal

(kg)

DBO5

(kg/animal/dia)

DBO5

(kg/dia/kg animal)

Creche

Crescimento

Terminação

Gestação

Porcas + leitões

Cachaço

16

30

68

125

170

160

0,03

0,06

0,14

0,18

0,34

0,18

0,00200

0,00200

0,00200

0,00145

0,00200

0,00114

Fonte: Overcash et al (1983), p. 201

Principais indicadores de poluentes

a) avaliação da poluição orgânica

Entre os vários parâmetros indicadores de poluição, a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e a Demanda Química de Oxigênio (DQO) apresentam-se como dos mais importantes parâmetros que classificam a poluição de uma água residuária em fraca, média e forte.

A DBO está associada à fração biodegradável dos compostos orgânicos carbonáceos. Portanto, retrata a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar, através de processos biológicos, a matéria orgânica presente nos dejetos. É uma indicação indireta do carbono orgânico biodegradável. O teste padrão realizado em laboratório é feito em 5 dias (DBO5), através de diluições e incubação das amostras a 20 0C, sem a presença da luz. Com esgotos domésticos, esse tempo de 5 dias implica em cerca de 70 a 80 % de degradação da matéria carbonácea.

A DQO representa a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar quimicamente as matérias orgânica e inorgânica oxidáveis de uma água, ou seja, é a quantidade de oxigênio consumida por diversos compostos sem a intervenção de microorganismos. É uma indicação indireta do teor do carbono orgânico através do consumo do oxigênio no processo de oxidação da matéria orgânica presente na água. O teste é realizado através do uso de oxidante forte, o dicromato de potássio, em meio ácido e temperatura elevada, durante duas horas.

O Oxigênio Dissolvido (OD) apresenta-se como um bom indicador de poluição, sua concentração é de 9 mg/l, para água limpa a 20 0C e ao nível do mar. Em meio onde a matéria orgânica é

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