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Melhoramento genetico de suinos

Por:   •  12/12/2017  •  5.082 Palavras (21 Páginas)  •  342 Visualizações

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No melhoramento genético de suínos, o mercado pode ser classificado em produtor, processador e consumidor. Para o produtor, as características desejáveis são taxa de crescimento, eficiência na conversão alimentar e número de suínos comercializados por porca/ano; já para o mercado processador (frigoríficos ou empresas de alimentos), quantidade de carne na carcaça e qualidade da carne (no caso de embutidos, defumados, etc.); e para o mercado consumidor, qualidade da carne (in natura, processada, defumada, etc.).

Objetivos gerais:

- Melhorar a qualidade da carne de suínos oferecida ao mercado;

- Aumentar o mix de mercado (nacional e para exportação) dos produtos derivados da carne suína, através utilização racional dos recursos genéticos e ambientais;

- Difundir ao longo de toda a cadeia produtiva os conhecimentos e soluções tecnológicas;

- Contribuir para a permanência de pequenos e médios rebanhos no mercado de carne de suínos de qualidade;

- Consolidar a inserção do país no mercado internacional;

Objetivos específicos:

- Desenvolver melhores técnicas que permitam o melhor aproveitamento dos recursos genéticos de suínos, diversificando dessa forma a oferta de cortes de carne in natura e de produtos semiprontos;

- Otimização de estratégias de alimentação e manejo de suínos, delineando estratégias de prevenção e controle das principais doenças que acometem os suínos;

- Elevar a qualidade da carne produzida, visando maior segurança alimentar da população, maior rentabilidade da cadeia produtiva em geral, e do produtor em particular;

- Desenvolver modelos de sistemas de produção, aumentando da eficiência bioeconômica, respeitando as boas práticas de produção e de bem-estar animal, conservando o ambiente;

- Elevar a eficiência dos segmentos da cadeia produtiva de suínos, especialmente do sistema de produção, da indústria de processamento e da distribuição;

- Buscar alternativas para o desenvolvimento de sistemas de rastreamento, com vistas na certificação da carne de suínos.

SUINOS - HISTÓRICO E RAÇAS

Caracterização do gênero Sus

Classificação taxonômica do gênero Sus

REINO : Animalia

FILO : Chordata

SUBFILO : Vertebrata

CLASSE : Mamalia

ORDEM : Artiodactyla

SUBORDEM : Suiforme

SUPERFAMÍLIA : Suidae

FAMÍLIA : Suidae

Gêneros : Sus

Espécies : Sus scrofa Linnaeus17582 (javali)

Sus barbatus Müller 18382 (suíno barbudo)

Sus verrucosus Müller 18402 (suíno asiático)

Sus cebelensis Müller 18402 (suíno)

Sus salvanis Hodganson 18472 (suíno pequeno)

Fontes: BOSMAL et al. (1991); OKUMURA et al. (2004).

Os suínos (Sus domesticus) apareceram na terra há mais de 40 milhões de anos. A sua domesticação,remonta há mais de 8.000 anos atrás. A espécie evoluiu a partir do javali selvagem, há quem acredite que descendem do Sus scrofa Linnaeus 1758, espécie comum na Eurásia (conjunto de terras dos continentes europeu e asiático) (FERREIRA, 2004) e presente no noroeste da África (ALVIM et al., 2006), e também há quem acredite que sua origem é o Sus vittatus, que vivia na Ásia.

Segundo Cavalcanti (2000), os primeiros suínos do Brasil vieram da Península Ibérica na época do descobrimento. Daí por diante foram sofrendo influências de diversos fatores, agruparam-se independentemente e, com o passar dos séculos, formaram as raças locais ou naturalizadas. Dentre as raças naturalizadas de suínos criadas no país podemos citar o Piau, Nilo, Pirapetinga, Tatu, Canastra, Canastrão, Caruncho, Moura, Monteiro, Pereira, Canastra, Canastrão e o fenótipo Casco de Mula (Mariante et al., 2003a). Essas raças foram exploradas por muito tempo pela população, mas no início do século XX , a necessidade de aumentar a produção no Brasil, como aconteceu na Europa, fez com que se desse início ao “melhoramento genético” dessas raças primitivas por meio da importação de raças exóticas, do tipo carne, que foram utilizadas em cruzamentos absorventes sobre as raças naturalizadas.

Suino Tipo Banha

Morfologicamente, o suíno tipo banha tem uma distribuição harmônica entre as partes anterior e posterior. Tem “enrugamento de pele”, característica que permite a expansão subcutânea para farta deposição de tecido adiposo. A característica de capacidade para deposição de gordura foi buscada prioritariamente até o século XVIII, momento em que foi substituída pela qualidade da carcaça, no que se refere o músculo. Tem baixo Ganho Médio Diário de Peso, uma péssima Conversão Alimentar e baixa qualidade de carcaça.

Suino Tipo Carne

Teve seu melhoramento voltado à qualidade da carcaça. A morfologia desse animal está centrada no grande volume corporal nas regiões de cortes nobres (pernil e lombo). Tem excelentes performances produtiva e reprodutiva. Após a I Guerra Mundial, a indústria bélica Norte Americana e Européia entrou em crise e buscou alternativas de sobrevivência. O principal caminho encontrado foi expandir as fronteiras agrícolas com o uso de recursos mecânicos e químicos. Isso determinou uma grande oferta de cereais que, através de dietas específicas, maximizaram o potencial genético de suínos que vinham sendo melhorados desde o final do século XIX. Essa seqüência de produção e transformação possibilitou a consolidação de eficazes sistemas agroindustriais.

RAÇAS NACIONAIS

[pic 3]PiauCaracterísticas da raça: perfil retilíneo ou subcôncavo, focinho de comprimento mediano, pouca papada, orelhas tipo ibérico, pele escura, com cerdas lisas, abundantes e uniformemente distribuídas.

Origem: A

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