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GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE DEJETOS SUÍNOS

Por:   •  24/7/2018  •  5.034 Palavras (21 Páginas)  •  318 Visualizações

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1.4 OBJETIVOS

1.4.1 OBJETIVO PRINCIPAL

Analisar a importância da energia elétrica gerada dos dejetos suínos em propriedades rurais.

1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Avaliar a eficiência do sistema de tratamento biológico anaeróbio na redução e estabilização da matéria orgânica biodegradável de dejetos de suínos.

- Caracterizar a condição da produção e destinação de dejetos suínos.

- Estimar o potencial de metano e energia.

- Estimar a quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio disponível nos dejetos suínos.

- JUSTIFICATIVA

A importância desta pesquisa pode ser compreendida através da atual expansão da suinocultura que tem como principal característica a concentração de animais por área, visando atender o consumo interno e externo de carne, produtos e derivados. No que diz respeito ao âmbito acadêmico, o nosso problema de pesquisa, mencionado mais acima, é o preenchimento de uma lacuna teórica a partir de uma questão problema que já foi formulado por outros investigadores, mas não solucionada. Os resultados desta pesquisa constituem subsídios teóricos e efetivos para que a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) conquiste espaço no mercado competitivo, ampliando as perspectivas de exportação da produção sem causar maiores impactos à natureza.

- REFERÊNCIAL TEÓRICO

A necessidade de atender a demanda energética nas diversas áreas causando o mínimo de impacto seja ele social ou ambiental, faz surgir a busca e exploração de fontes energéticas alternativas, o Governo Federal busca iniciativas para renovar as fontes energéticas, e a biomassa constitui-se em uma das fontes alternativa para a produção de energia elétrica, visando evitar ou amenizar os apagões que atingem as diversas regiões do Brasil. As novas fontes de energia podem ser produzidas a partir da biomassa ou bioenergia que é produzida por meio da combustão, gaseificação, fermentação ou produção de substâncias líquidas, a partir de material vegetal, entre eles diversos tipos de árvores (lenhas e carvão vegetal), alguns óleos vegetais (amendoim, girassol, soja e dendê), resíduos agrícolas, agroindustriais e urbanos.

Os dejetos suínos sempre foram causadores de grandes fontes de poluição, porém é necessário destacar que esta poluição pode ser transformada em fontes de riqueza. Uma granja de porcos, além de produzir a carne e outros derivados, pode constituir-se em excelente produtora de energia, tanto para si, como para terceiros. Importante destacar que esse tipo de energia é limpa, ou seja, não produz poluição, não se esgota e o mais importante que é renovável. Essa busca pelas fontes renováveis de energia elétrica está crescendo rapidamente em todo o mundo.

Quando se pronuncia a palavra “porco” transmite-se umas ideias negativas nas pessoas, passando o sinônimo de sujo e sem higiene. Apesar dos esforços da suinocultura industrial no Brasil (que possui reconhecidos padrões de qualidade) em modificar a imagem do animal, é fato que os suínos geram uma quantidade enorme de dejetos, problema amplificado pela sua produção altamente intensiva. Se não tratados adequadamente, a disposição destes dejetos no ambiente causa a poluição de rios e lagos, o que por sua vez acarreta a diminuição da qualidade da água para consumo humano, disseminação de doenças, mortandade de peixes, com outros efeitos vindos em cascata.

No sul do Brasil várias cooperativas estão incentivando os suinocultores a investirem em biodigestores para transformar os dejetos de suínos, um sério problema ambiental na região, em energia. Os biodigestores podem gerar uma renda adicional aos produtores rurais com a negociação de créditos de carbono. Cada metro cúbico de dejeto suíno gera um quilowatt de energia. Os agricultores podem receber uma renda extra por meio das cooperativas agrícolas sobre a venda de crédito de carbono ao mercado internacional devido a redução da emissão de gases de efeito estufa, como o gás carbônico e o metano.

- AGRONEGÓCIO

Segundo Toresan (2006) e Zylbersztajn (2000), a primeira definição de agronegócio partiu de dois professores de Harvard, que foram os pais do conceito (agribusiness): John H. Davis e Ray Goldberg. Usando as técnicas matriciais de insumo-produto, observaram que havia um novo sistema diferente do antigo, em gênero e espécie, o agribusiness, que seria o conjunto das operações de produção e distribuição de insumos e novas tecnologias agrícolas, da produção, do armazenamento, do transporte, do processamento e distribuição dos produtos agrícolas e seus derivados.

“Agronegócio é um conceito que se iniciou na década de 1980, e, para alguns autores, é um ponto de vista para a construção de uma ideologia de mudança do sistema latifundiárias da agricultura capitalista (FERNANDES, 2005)”. A palavra agronegócio é forma moderna, agregando informação aos produtos e processos, ou, em outras palavras, agregar valor. Pois, esta nova organização integra informação, e informação é tecnologia. Assim, a informação permite ao agricultor agregar valor aos seus produtos.

O nosso agribusiness é considerado tipicamente um provedor de matérias primas para empresas que adicionam valor no âmbito internacional. A proposta do agronegócio é focada nos fornecedores de bens e serviços para os produtores rurais, os processadores, os transformadores e distribuidores e todos os envolvidos na geração e fluxo dos produtos de origem agrícola até o consumidor final da cadeia. Outra característica do agronegócio é que ele proporcionará, a curto e médio prazo, grandes resultados, devido à troca de conhecimentos e teorias.

Para Rufino (1999):

O agronegócio se refere a produtos rurais com alta tecnologia que se utilizam das técnicas de produção intensiva, como a mecanização da terra e o uso de fertilizantes aumentando consideravelmente a produtividade. Contudo, não se deve pensar que o agronegócio é algo apenas para os grandes produtores rurais. Deve haver a participação dos agricultores altamente competitivos até os agricultores familiares. A principal diferença está na escala de produção, e os pequenos só sobreviverão caso participem ativamente do processo de cooperação entre diversos atores que formam a

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