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HISTÓRICO DA MULHER NA SOCIEDADE

Por:   •  3/4/2018  •  2.009 Palavras (9 Páginas)  •  409 Visualizações

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80% das mulheres são professoras, cabeleireiras, manicures, funcionárias públicas ou da área da saúde, ou trabalhadoras domésticas – com maior contingente.

Papéis de gênero

Segundo definições de Anthony Giddens:

Sexo: define as diferenças anatômicas e fisiológicas que definem os corpos masculino e feminino;

Gênero: diz respeito às diferenças psicológicas, sociais e culturais entre homens e mulheres. O gênero está ligado a noções socialmente construídas de masculinidade e feminilidade e não é necessariamente um produto direto do sexo biológico de um indivíduo.

Construção social de gênero

O conceito de gênero é socialmente construído e culturalmente mantido, através da chamada socialização de gênero.

Ainda segundo Giddens, as desigualdades entre homem e mulher se devem ao fato de que “são socializados em papéis diferentes”, resultando a identidade de gênero “principalmente” de influências sociais.

A discrepância de oportunidades ofertadas a homens e mulheres é gerada pela construção cultural dos gêneros.

Construção de gênero e mundo do trabalho

Necessariamente, a análise da situação da presença feminina no mundo do trabalho passa por uma revisão das funções sociais da mulher e suas raízes, que se encontram na construção da figura feminina ao longo da vida, dentro de uma sociedade patriarcal – criada pelos homens para os homens.

A mulher não tem, portanto, um destino biológico. Ela é formada dentro de uma cultura que define qual o seu papel no seio da sociedade.

“Não se nasce mulher, torna-se mulher”, BEAUVOIR, Simone.

Construção da feminilidade ao longo da vida

Não sendo intrinsecamente ligada ao sexo, a construção de gênero se dá por meio de diversos instrumentos de normatização sociais, que tentam encaixar todos os indivíduos em seu sistema binário – masculino/feminino –, desde a tenra infância, como pode ser observado em diversos ambientes e situações, como:

Lojas infantis, que fabricam roupas e acessórios prioritariamente em rosa e azul, cada uma destinada a um gênero;

No costume de furar as orelhas das meninas ainda bebês, para que se reconheça seu gênero, ainda que isso não devesse ter relevância nesta fase da vida;

Lojas e comerciais de brinquedos. As lojas apresentam, geralmente, uma clara divisão entre as áreas “para meninos” – cor azul, carrinhos, armas, jogos de lógica e construção, e outros artigos que estimulam comportamentos agressivos e o raciocínio – e “para meninas” – onde dominam os tons de rosa, bonecas, cozinhas, vassouras e toda sorte de brinquedos que simulem a realização de afazeres domésticos e cuidados com filhos;

***Inserir comerciais – “para meninas”: https://www.youtube.com/watch?v=2iw3TYktecQ; “para meninos”: https://www.youtube.com/watch?v=4e0DBrRs7XM https://www.youtube.com/watch?v=v_zVDJizgX8 porq a viúva negra não tá aqui?!?!***

Na adolescência, quando começa surgir certa pressão para que as meninas se adequem aos padrões de beleza impostos e se resguardem sexualmente; enquanto, dos meninos, é esperado que iniciem a vida sexual;

Na vida adulta, com a constante vigilância sobre a vida sexual da mulher, forte imposição do padrão de beleza e de que ela se case e tenha filhos;

No mercado de trabalho, onde ocorre setorização forçada do contingente de mulheres, conforme exposto anteriormente;

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Reflexões finais

O que é ser mulher?

Qual a origem deste conceito?

Qual a origem dos comportamentos femininos nos indivíduos?

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Acho que dá pra aproveitar muito disso:

O que é feminismo?

Feminismo é um movimento social e político que tem como objetivo conquistar o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres e que existe desde o século XIX.

Feminismo não é o contrário de machismo?

Não. Enquanto o feminismo busca construir condições de igualdade entre os gêneros, o machismo é o comportamento que coloca o homem em posição de superioridade com relação à mulher.

E por que, em vez de feminismo ou machismo, não falamos de humanismo?

Porque humanismo é um sistema filosófico de pensamento, não um movimento social ou político. O humanismo se refere à valorização do pensamento e da produção humana, em oposição à ideia de um ser sobrenatural que comanda o mundo.

Mas se as mulheres já podem votar, já podem ir para o mercado de trabalho, os direitos já não são iguais? O que mais as feministas querem?

As feministas querem, por exemplo, o fim da violência de gênero – no Brasil, a cada 12 segundos uma mulher é violentada, de acordo com uma pesquisa da Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal, a cada 10 minutos, uma mulher é estuprada, de acordo com o Mapa da Violência, e a cada 90 minutos uma mulher é assassinada, de acordo com o IPEA. Todas essas violências estão relacionadas à questão de gênero – são casos que durante muito tempo foram chamados de “passionais”, são casos que acontecem dentro de casa, no seio familiar, e que se diferem da violência que atingem os homens, que morrem por diversos motivos, mas nunca por serem homens.

Mais: no Brasil as mulheres ainda ganham em média 30% a menos do que os homens para exercer a mesma função, de acordo com uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Mulheres também são maioria no trabalho doméstico, acumulando funções dentro e fora de casa. São as maiores vítimas de assédio sexual no trabalho, normalmente cometido por homens em situação de hierarquia superior. Enfim, por vários motivos, ainda há muito o que conquistar em termos

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