ANALISE DA SITUAÇÃO DA VACINAÇAO CONTRA FEBRE AFTOSA NO MUNICIPIO DE ITAQUI-RS.
Por: Salezio.Francisco • 1/5/2018 • 1.725 Palavras (7 Páginas) • 415 Visualizações
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As estimativas indicam que, nos próximos 20 anos, a demanda mundial por proteína animal bovina, suína e ovina duplicará. A América do Sul, especialmente o Brasil, poderá beneficiar-se desta situação e tornar-se líder mundial em exportação, porém necessita obter o status de livre de febre aftosa (NARANJO & COSIVI, 2013).
Rio Grande do Sul está classificado como livre de FA com vacinação. São duas as campanhas anuais previstas em Lei que são realizadas pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SEAPI), nos meses de maio e novembro. É obrigatória a vacinação contra a febre Aftosa, de todos os bovídeos sensíveis à doença, independentemente de sexo ou idade, a vacina utilizada é trivalente de fixador oleoso, na dose de 5mL é a recomendada nos períodos já determinados (maio e novembro) em conformidade com a situação epidemiológica de cada área (SEAPA, 1998). Sendo obrigatória a vacinação no Rio Grande do Sul, o referido levantamento teve por objetivo avaliar a evolução do processo de vacinação em bovinos no município de Itaqui-RS.
Materiais e Métodos
Este trabalho foi realizado a partir de um banco de dados de vacinação de rebanho bovino contra FA, que possui aproximadamente 190.000 bovinos. Os dados foram obtidos através de consulta no Sistema de Defesa Agropecuário/SEAPI com a colaboração da Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) do município de Itaqui, Rio Grande do Sul, Brasil, região limítrofes com a Argentina. Recentemente esta região foi considerada como a área com o risco mais elevado para a introdução do vírus no RS. A IDA é uma unidade de atenção veterinária da SEAPI do Rio Grande do Sul que atua por delegação de atividade de prevenção e controle exigidos e regulamentados pelo Ministério da Agricultura. Período analisado no estudo foi de 2010 a 2015 nas campanhas realizadas no mês de maio, que abrange toda a população bovídea.
Resultados e discussões
A Tabela 1 evidencia os principais dados relacionados às etapas de vacinação geral, no período de 2010 a 2015 na etapa do mês de maio onde todos bovídeos são imunizados. Além do crescente número de animais, destaca-se o elevado índice vacinal obtido, ficando acima da meta estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que é de 90% dos bovídeos existentes no município.
Tabela 1- Dados gerais da vacinação contra FA no município de Itaqui-RS, no período de
2010 a 2015.
Data da etapa
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Etapa Geral de Vacinação
Propriedades com bovinos
765
792
813
774
645
636
População Bovina
189.918
192.795
188.499
190.580
191.297
187.906
Pop. Bovina vacinada
175.260
189.177
184.330
186.255
190.221
186.490
Índice Vacinal Bovino (%)
92,28
98,12
97,79
97,73
99,44
99,24
Doses Doadas pelo Estado
2.371
2.614
2.700
7.970
5.680
4.300
Produtores Inadimplentes
208
186
179
153
38
52
É possível observar o que a população bovina não apresenta grande variação ano a ano, e que o índice vacinal aumentou significativamente neste período, devido a vários fatores como: divulgação, conscientização dos criadores através, da extensão rural realizada visando aproximar o criador da IDA. O número de propriedades com bovinos cresceu ate 2012, após diminuiu gradativamente em função da competitividade com a lavoura de soja e arroz, que continua sendo mais vantajosa que a pecuária. Porem percebe-se que a população bovina não sofre grande variação em função de que se cria mais ou o mesmo numero de animais em uma área menor o que indica maior tecnificação do setor.
O número de doses doadas aos produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) varia ano a ano sendo em 2010 e 2011 doadas a produtores com ate 50 cabeças, de 2012 a 2014 para produtores com ate 100, já em 2015 para apenas 30 cabeças, esse fator varia conforme a politica adotada pelo governo e a situação financeira que se encontra. A vacinação contra FA é a medida que traz grandes benefícios à saúde dos animais e à toda população, deixam evidente a importância das ações de conscientização, especialmente através palestras e trabalhos de extensão rural e vigilância sanitária, e somado a isso o controle do trânsito de animais susceptíveis, de produtos de origem animal, agrícolas e do trânsito de pessoas e mercadorias, resultam em fortalecimento do setor. (ANDRADE JÚNIOR et al., 2008).
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