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A FEBRE AFTOSA

Por:   •  29/3/2018  •  2.822 Palavras (12 Páginas)  •  511 Visualizações

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Essa doença atinge diretamente a economia brasileira, pois para o comércio de alimentos de origem animal é de suma importância o bem estar da saúde do animal, então podemos dizer que a febre aftosa pode desestabilizar a economia do país caso haja algum foco e que não seja tomado medidas imediatas, é um assunto muito delicado quando descoberto, pois além de comprometer rebanhos inteiros ela é um risco a saúde humana mesmo com poucos registros.

A febre Aftosa é uma enfermidade infectocontagiosas aguda com potencial de transmissibilidade extremamente alto entre os animais susceptíveis, podendo, em cerca de uma semana ou menos, acometer a totalidade dos componentes de um rebanho afetado (PIRES, 2010).

Produzida por um vírus da família Picornavirus, gênero Aphtovirus, que acomete animais biungulados domésticos e selvagens, como bovinos, suínos, bubalinos, ovinos e caprinos. É caracterizada por vesículas, também denominadas aftas, erosões e úlceras na mucosa oral, epitélio lingual, nasal, mamário, além de lesões características na região coronária dos cascos e nos espaços interdigitais. O agente etiológico esta agrupado em sete tipos diferentes, classificados como A, O, C, SAT-1, SAT-2, SAT-3 e Asia-1; sendo que os três primeiros apresentam ampla disseminação (HELLMEISTER, 2005).

Uma das principais características da febre aftosa é a força do vírus, já que ele pode resistir por muitos tempo na medula óssea do animal, mesmo após a sua morte.

No Brasil temos registros de grandes prejuízos causados pela febre aftosa principalmente como a queda na produtividade e perda de mercados, além das barreiras sanitárias aplicadas pelos países importadores de carne visando o bem estar doa animal para concretizar as negociações, além claro dos custos públicos e privados de prevenção com campanhas, conscientizações, controle e erradicação e indenização quando necessário o sacrifício dos rebanhos.

O status de área livre de febre aftosa sem vacinação tornou – se o principal objetivo a ser conquistados pelos estados, conforme regras do OIE, por isso traz uma maior confiança do comprador em relação ao produto que compra.

- DESENVOLVIMENTO

- HISTÓRIA

Segundo Pires (2010) a febre aftosa era conhecida na Antiguidade, sendo descrita em bovinos por Columela e Claudius Vegetus antes da era cristã, no Império Romano, mais precisamente na Itália, e, na Grécia, o grande filósofo Aristóteles acreditava na contagiosidade da enfermidade.

O vírus causador da febre aftosa foi descoberto no século XVI na Italia e mais tarde se espalhou pelo mundo a partir de um gado Europeu, chegando a América do Sul por volta de 1890.

Os primeiros focos da febre aftosa encontrado no Brasil foram por volta de 1895 e, até a década de 80, foi considerada uma doença endêmica. A partir de 1970, a preocupação com a qualidade das vacinas utilizadas e o controle das áreas infectadas pelo estudo do transito de animais, comparado à ocorrência de focos, permitiram avançar no combate à doença. O período de 1980 a 1988 foi marcado pela redução dos focos, por meio de programas para erradicação em nível regional e também por meio das estruturas de produção, fatores considerados determinantes no combate a doença (TEIXEIRA, 2008).

O inicio das campanhas voltadas ao combate de febre aftosa foram na década de 60, essa campanha ficou marcada pela parceria do Banco do Brasil, onde quem aderisse a campanha teria uma linha de crédito disponibilizada pelo banco, e isso tornou – se uma grande atrativo.

Na década de 70 teve inicio medidas para a erradicação da doença e foram implantadas as bases de vigilância veterinária.

A movimentação de bovinos e as características das regiões mostraram que a doença era influenciada e isso ajudou na década de 80 no combate da Febre Aftosa.

Na década de 90, os estudos basearam-se quase que exclusivamente em formas de produção pecuária como determinantes em Febre Aftosa. O trânsito de animais foi caracterizado como um dos maiores disseminadores. Essa caracterização mostrou-se muito importante, pois ajudou na compreensão do espaço agropecuário e no meio de distribuição espacial da doença.

Nos anos 2000 e 2001, a febre aftosa voltou às manchetes dos jornais de todos os continentes devido ao foco descoberto no Rio Grande do Sul, e milhares de animais foram sacrificados e isso se tornou noticia mundial deixando uma marca na memória da população.

A reintrodução do vírus em países e regiões reconhecidas como livres ocasionou elevados prejuízos econômicos e sociais, como no Japão e Taiwan, livres da doença há quase 100 anos, vários países da Comunidade Europeia, livres há 10 anos, Argentina, Uruguai, Circuito Pecuário Sul do Brasil já reconhecido como livres, fez com que a comunidade científica e todas as classes sociais se preocupassem com o assunto (PITUCO, 2006).

- ETIOLOGIA

O Agente da febre aftosa é um dos menores vírus dentre os patogênicos para os animais e para o homem.

O vírus causador da doença foi classificado na família Picornaviridae, e é do gênero aphtovirus, seu diâmetro varia de 25 a 30 nm.

A febre aftosa é acusada por pelo menos 7 tipos de vírus diferentes e podem ser transmitidos pelo ar, agua e alimentos.

Resistência a agentes físicos e químicos:

Temperatura:

Preservado por refrigeração e congelamento e progressivamente inativado por temperaturas superiores a 50°C

pH:

Inativado a pH 9,0

Desinfetantes:

Inativado por hidróxido de sódio (2%), carbonato de sódio (4%), e ácido cítrico (0,2%). Resistente aos iodóforos, aos compostos quaternários de amônio, hipoclorito e fenol, especialmente na presença de matéria orgânica

Sobrevivência:

Sobrevive nos gânglios linfáticos e na medula óssea com pH neutro, mas se destrói nos músculos a pH

Tabela 1: Resistência a agentes físicos e químicos

Fonte: Revista Cientifica Veterinária

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