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Relatório de obsrvação

Por:   •  1/11/2018  •  1.994 Palavras (8 Páginas)  •  295 Visualizações

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Com a mudança da nossa temática para o comportamento das pessoas em trânsito, duas das integrantes do grupo realizaram suas observações, no centro de São Paulo, sendo uma na praça da Sé e a outra na região da Vinte e Cinco de Março, onde há um trânsito diferenciado de pessoas. Estes corriam de uma lado para o outro, carros no meio das pessoas na ruas, inclusive dos camelôs que trabalham naquele local, policiais a todo momento observando, e o que mais chamou atenção foram os moradores de rua, concentrados em grande escala.

Realmente é impressionante a quantidade de pessoas em um mesmo local, com uma diversidade enorme de etnias, como podemos notar o Brasil é um pais diversificado, em costumes, hábitos, valores.

Outra intregrante do grupo realizou a observação nas avenidas do bairro de Osasco e notou que no horário da manhã, a maioria dos motoristas usavam óculos escuros, mas poucos usavam o quebra sol do carro, e neste horário há muita claridade, aumentando os reflexos na direção do motorista. Nesta avenida há uma escola e não há faróis para os pedestres. Há uma comunidade com muitas crianças que frequentam a escola, então a observadora percebeu que 85% dos motoristas paravam para as crianças e pais atravessarem.

Já, no período noturno, as pessoas estavam mais alvoroçadas, estressadas, cansadas, com pressa de chegar em casa, não dando mais aquela importância para o pedestre, é como se estivessem somente eles nas ruas; os motoqueiros passavam buzinando como se os motoristas não os estivessem vendo pelo retrovisor ou até mesmo ouvindo o barulho da moto, considerando que estes também poderiam estar com pressa e querendo espaço para passar pelo corredor. As pessoas no período de retorno das suas casas são completamente diferentes nas atitudes comparado a ida, quando acabam de acordar.

Em todas as observações realizadas constatamos impressões em comum, vivenciamos dificuldades e facilidades semelhantes. Entre as impressões em comum constatamos tristemente que a falta de comunicação entre as pessoas, em todos os temas abordados é grande e que o uso de celulares tem contribuindo muito para isso, entre as dificuldades. Inicialmente ficamos sem saber o que observar mais depois de um tempo que estávamos com o primeiro tema, sentimos um barreira que foi dissolvida através de nossas conversas e também com a decisão de mudança de tema, entre as facilidades, descobrimos que nossa troca de experiências poderia e deu muito suporte para nossas mudanças de perspectiva referente a observação realizada na semana.

Algo que chamou a atenção de algumas das integrantes, foi a questão de humanidade, civilidade e solidariedade. Houve uma situação em que se observou que em nossa sociedade existe uma solidariedade seletiva. Ao observar um pequeno acidente envolvendo dois motociclistas, a observadora notou que ninguém parou para ajudar. Se perguntou, “se fosse um carro acidentado, quantas pessoas iriam parar para ajudar? Provavelmente alguns” .

Nos deparamos com linha tênue entre o observar neutro e o observar com os nossos conteúdos internos, e como a profissão que escolhemos exige de nós. Ela exige uma entrega de corpo e alma, só assim conseguiremos abandonar os nossos filtros julgadores construídos durante toda a nossa vida para enxergarmos o outro da forma que ele se apresenta. É uma entrega gradual, um exercício que praticaremos cada vez mais e desejamos praticar pra podermos realizar um bom atendimento dos nossos futuros pacientes.

Contribuição da experiência para nossa formação

Com esse estágio de núcleo básico, percebemos um aguçamento na compreensão da sensibilidade, na qual nos vem à tona o que está acontecendo muitas vezes em nós internamente, cognitivamente ou emocionalmente. Esse olhar mais apurado, com a consciência mais crítica, é de extrema importância para a nossa formação como psicólogos. Também é de grande valia saber lidar com nossos limites, ter um autoconhecimento, ou seja, saber até que ponto se pode chegar em saber lidar com determinadas situações, pois mesmo querendo essa profissão, sabemos o quanto é dificíl o dia a dia, o cotidiano.

A busca por desenvolvimento profissional tem seu valor, mas há uma necessidade de um elemento crucial, que é o desenvolvimento pessoal, somente assim ambas as partes conseguem manter o equlíbrio.

Concluimos que a experiência do cotidiano, do trabalhar juntos, é uma das maneiras mais fantásticas de conhecer a realidade. Passamos a enxergar os outros e a nós mesmos percebemos que nossos sentimentos e julgamentos precipitados podem nos trair, pois muitas vezes nos deparamos com sentimentos que são nossos e chegamos a nos corrigir instantaneamente diante da natureza desse trabalho que estamos realizando. Isso nos ajudará a não julgar nossos pacientes e seus familiares, nem mesmo os nossos colegas de profissão.

Constatamos o quanto o ambiente e o fenômeno podem nos influenciar como observadores. Há uma inevitavél semelhança entre as experiências vividas por cada uma e as atitudes que observamos ou ouvimos em sala de aula, ou seja, é importante não se deixar levar pelo meio, distorcer a realidade através de filtros. Com isso compreendemos o quanto é importante mantermos um olhar neutro, eliminar esses preconceitos, visões que são pressupostos, identificamos a necessidade de enxergar a realidade com os olhos dos outros.

Destacamos também a contribuição das discussões realizadas em aula, se só entre nosso grupo de observação sentimos as diferenças e soubemos aproveitar, com o “grande grupo” que é a sala sentimos isso de forma mais intensa. No momento da aula ouvimos experiências de temas diferenciados, como por exemplo, o relato de uma colega da sala, que estava no metrô e por estar muito cheio não conseguiu entrar no vagão, aguardando o próximo bem na beirada da plataforma junto a outras pessoas, as quais pediam para que as pessoas que estavam atrás dessem mais espaço, mas lamentavelmente ninguém se mexeu, esse relato mexeu muito com todos. Saíamos sempre da sala pensativas e conversávamos sobre os relatos apresentados, isso colaborou para uma maior abertura de percepção, vimos o quanto podemos ser tocadas por algo que nem está relacionado conosco, que não é fácil para ninguém observar e que todos possuem uma história própria para contar relacionado ao tema e ao que viram na observação da semana.

Considerações finais.

(O que levamos dessa experiência).

Umas das maiores experiências

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