Os três ensaios da psicanálise
Por: Hugo.bassi • 4/11/2017 • 1.436 Palavras (6 Páginas) • 639 Visualizações
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As principais características da vida sexual das crianças é que as pulsões sexuais são auto eróticas e parciais em relação à finalidade de reprodução da espécie, que concede primazia à zona genital. Por isso Freud descreveu as fases de desenvolvimento da organização pré-genital, onde o conceito só foi introduzido aos Três ensaios em 1915, pois não imaginava a existência de uma organização anterior à puberdade.
Freud então dividiu a vida sexual de um sujeito em duas fases onde o início da sexualidade é bifásico, a primeira onde a excitação é responsável em manter a ligação do sujeito ao objeto infantil, ou seja, edipiano e que é interrompido durante o período da latência, a segunda fase por sua vez se refere a puberdade, onde só tem lugar na medida em que as escolhas dos objetos da infância revelam-se inutilizáveis.
As fases não representam exatamente etapas, mais sim uma ligação do sujeito com objetos na infância na primeira etapa e a eliminação dessa excitação na segunda fase o que significa uma renúncia aos objetos da infância. Fica evidente que uma fase não é uma etapa a ser superada porque a passar por uma fase não significa que o sujeito que irá abandonar fase anterior, pois haveria sempre um mecanismo de regressão onde o sujeito voltará a recorrer uma antiga posição libidinal a qual já poderia ter renunciado.
Freud descreve a primeira fase mostrando como os elementos da sexualidade do sujeito vão se colocando ao longo do seu desenvolvimento. A primeira fase é a oral, que é caracterizada pelo prazer que há na ingestão de alimentos e a excitação mucosa dos lábios. O objetivo sexual consiste na incorporação dos objetos, cujo modelo, sob a forma da identificação, desempenhará um papel fundamental na vida psíquica do sujeito.
A segunda fase é caracterizada com a organização sádico-anal. Esta fase é descrita pela influência da zona do ânus e pela relação de objeto ativo e passivo que ainda não podem ser definidos como feminino e masculino.
A terceira fase é denominada de fálica, onde nesta fase a criança já reconhece apenas um órgão, ou seja, o masculino. Já os órgãos femininos parecem jamais ser descobertos. A diferença se dá entre os fálicos e os castrados. Neste sentido, diz Freud, o que está presente, não é uma primazia dos órgãos genitais, mas uma primazia do falo.
Assim é estabelecida por Freud a diferença entre falo e pênis, sendo caráter principal da organização genital infantil, o fato de que para ambos os sexos só é levado em consideração apenas um órgão genital, o masculino. Dessa forma ele afirma que a sexualidade infantil e a sexualidade adulta se diferem, não se referindo a subordinação das pulsões parciais à reprodução nem ao surgimento da puberdade da escolha do objeto sexual, mas sim ao fato de que a sexualidade infantil é regida pela ordem fálica.
Com a chegada da puberdade se inicia a segunda fase que é descrita no último ensaio. As pulsões sexuais, até então auto eróticas e parciais, encontram um objeto sexual em função da combinação das pulsões parciais sob o primado da zona genital. A pulsão sexual passa a ficar subordinada à função reprodutora. Uma vida sexual normalmente se dá através da exata convergência das correntes afetivas e sensuais na direção do objeto e do objetivo.
Portanto a psicanálise não é considerada uma psicologia da infância diante da má concepção do estatuto infantil da sexualidade freudiana, considerando que o adulto desde a perspectiva do seu passado infantil. O fundamento da sexualidade freudiana é a pulsão e não instinto, essa é a razão que a sexualidade própria tem ao saber psicanalítico infantil.
FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA[pic 1][pic 2]
CURSO DE PSICOLOGIA
Mirla Rasec Almeida da Silva
Taiane de Almeida Rios
OS TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE
Trabalho apresentado à disciplina de Teorias e Sistemas em Psicologia III do Curso de Psicologia 4° período matutino, da Faculdade Adventista da Bahia, como parte das atividades exigidas para aprovação, orientado pelo professor Graciliano Martins.
CACHOEIRA/BA
2015
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